Capítulo 14

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DIZEM QUE PARA VISLUMBRAR O FUTURO, a gente tem que olhar para trás

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DIZEM QUE PARA VISLUMBRAR O FUTURO, a gente tem que olhar para trás. Eu achava isso uma besteira. Mas hoje eu sei, não dá para fugir do passado, por quê é ele que nos fazem ser quem somos hoje.

— Me fale para onde está me levando — falo para Dom, que estava dirigindo seu Dodge Charge por longos minutos.

— Dizem que pegar a estrada ajuda a esfriar a cabeça. — concordo com o Dom. Sim era um bom jeito de pensar.

— O que é exatamente que você está tentando me mostrar?

— Aquilo. — diz apontando para um lugar específico, onde estava lotado de carros. — Bem vinda a corrida de guerra.

— Você sempre vinha aqui? — perguntei sorrindo, era bom saber mais um pouco do passado de Dom. Me deixa um pouco mais conectada a ele.

— Se vinha?... eu inventei. — disse com um olhar convencido.

Era fantástico, corredores competindo, mulheres dançando, motos fazendo acrobacias. Então me veio a cabeça de competir, irei correr pela primeira vez depois de muito tempo.

— Fica abaixo de nove mil rotações, o moleque vai fritar os pistões antes dos cem metros. — diz Dom, eu encaro meu concorrente e de fato ele não parecia ter muita experiência.

— Você sabe que não é bem meu estilo não é. Prefiro correr ou morrer. — repito a frase que ele disse para Brian no avião.

— Que tal só correr hoje. — ele diz me beijando e depois se afastando.

— MAIS AÍ NÃO TEM GRAÇA. — grito para o mesmo ao mesmo tempo em que mando um beijo no ar para ele, que sorri de canto.

Segundos depois uma mulher se aproxima com um lenço, sua roupa era extremamente curta. Mas para falar a verdade eu não me importava. Ela sinalizou para que o outro competidor se aproximasse e assim foi feito, ela fez o mesmo comigo, aos poucos eu me aproximava da linha indicada.

— Está pronto? — perguntou para o meu adversário que pisou no acelerador em concordância. — Sei que você está. — disse apontando para mim.

Aperto o volante em meus dedos, e quando ela abaixa as fitas eu piso no acelerador. E saio em disparada, troco a maxa e piso no acelerador, vejo o carro adversário passando na frente, novamente troco a maxa, meus olhos estavam vidrados no medidor de velocidade, que a todo momento indicava que eu estava aumentando considerávelmente a velocidade. Quando o velocímetro bateu 100 os pistões do adversário quebraram. E assim eu passei a linha de chegada.

Estaciono o carro, e saio do mesmo, segundos depois muitas pessoas se aglomeraram em volta, eu comprimentava o máximo que podia. Mas uma em especial se aproximou de mim.

—  Não é você que matou a Letty?

Sim a notícia havia se espalhado é muitos amigos de Letty passaram a me odiar e querer minha cabeça.

A imagen de quando Letty se soltou de minha mão voltou como um flash em minha mente. Era como se eu tivesse em transe. Em um mundo que não era meu. Sinto alguém me pegando por trás e eu desfiro um soco em sua cara. Eu não conseguia olhar para ninguém, vejo o olhar de Dom preocupado ele tenta vir até mim, mas eu sou mais rápida e entro no carro. E saio de lá sem olhar para trás.

(...)

Eu olhava aquela lápide inerte a situação. Letícia Ortiz. Era o que dizia. Sinto passos em minha direção, eu sabia que era ele.

— Eu juro que tentei ajuda-la. Prometi a você que ela estaria de volta para a família! — falo para ele. — Mas eu falhei.

— Preste a atenção. — diz segurando meu rosto com suas mãos. — Você fez tudo que estava em seu alcance.

— Pare. — sussurrei me afastando de seu toque.  — Eu tentei Dom, tentei seguir em frente. Juro que tentei, entretanto a culpa não me deixa dormir. Não me permite respirar. O que você sente quando me olha? Raiva? Desgosto? Amor?

Dom não respondeu. Seus olhos emitiam angústia, a tristeza. Mas era a realidade.

— Você sabe o que sente quando olha para mim. Cada momento bonito que viveram, eu destruí tudo. Eu vejo nos seus olhos, eu não posso ocupar o lugar dela. Eu não tenho nada.

— Tem a mim.

—  Não Dom, eu não lhe tive por completo. Pos em seus pensamentos está a Letty. Eu tenho que colocar meus pensamentos em ordem, ser quem eu sou. — acaricio o seu rosto e o beijo, um beijo de despedida. — Fique bem Dom.

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Relentless Love - Dominic TorettoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora