10. Negócios parte II

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Suspirando, ela se resignou a combater sua atração por Serkan e admitiu que talvez ela tivesse uma queda por ele, se Miran Conte não era capaz de provocar nela nenhum traço de desejo sexual, ela estava muito encrencada.

- Acho que você vai gostar tanto do meu marido quanto eu.- disse ela.

Ele entendeu o recado e aceitou com elegância suas implicações.

- Veremos. Quanto a nós, seremos amigos, não?

Ela sorriu.

- Sim. Amigos.

- Deixe-me acompanhá-la de volta ao salão de jantar para tomarmos um drinque; quero saber tudo sobre você.

Ela aceitou o braço dele e deixou-se conduzir de volta ao salão.

- Sabe, Miran, eu acho que conheço a mulher perfeita para você. Uma grande amiga minha pode ser o seu par ideal.

- Você se subestima, signora. - ele deu uma piscadela marota. - Ainda estou de luto pela sua perda.

Ela riu, entrando no salão com Miran, e então se viu frente a frente com seu marido que os interceptou. Serkan assomava sobre ela com um ar intimidante. Eda abriu a boca para falar, mas ele a puxou em um abraço e ela precisou de alguns instantes para ser capaz de formular as palavras:

- Olá, querido. Estava aqui conversando com o signore Conte. Acho que vocês ainda não foram
oficialmente apresentados.

Os homens se avaliaram mutuamente como se estivessem prestes a iniciar uma rinha de galo. Serkan foi o primeiro a ceder - seu movimento tinha mais a ver com o bem dos negócios do que com testosterona - e estendeu a mão.

- Como vai, Miran? Vejo que conheceu minha esposa.

Miran apertou a mão de Serkan, enquanto Eda estudava, intrigada, a expressão no rosto do marido. Ela estava louca, ou ele havia de fato pedido a ela que entretivesse Conte com sua conversa fascinante? Não havia insinuado que queria o máximo de informação possível?

Pois agora parecia irritado, como se ela o tivesse traído. O cheiro limpo de sabonete e limão se desprendia da pele dele, e seus dedos se espalmaram na cintura dela, acomodando-se na curva de sua barriga. Ela reprimiu um arrepio ao imaginar a mão dele deslizando só mais alguns centímetros para baixo, ao pensar na sensação dos dedos dele penetrando-a fundo, levando-a a lugares que ela ansiava por visitar e temia ao mesmo tempo.

Voltou sua concentração para a conversa.

- Meus parabéns, Serkan. Eda contou que vocês são recém-casados. Deve ter sido difícil se convencer a vir a um evento de negócios.

- Em absoluto. - ele inclinou a cabeça, e ela perdeu o ar quando o nariz dele encostou em sua orelha e seus lábios roçaram o lóbulo.

Os mamilos dela ficaram rígidos e sensíveis, e ela torceu para que a estrutura do sutiã fosse capaz de esconder as evidências da traição de seu corpo. Miran observou o gesto com interesse mal disfarçado.

- Richard parece achar que você é o homem perfeito para o trabalho. Talvez possamos marcar uma reunião para discutir algumas de suas ideias.

- Obrigado. Ligarei para sua secretária para marcarmos uma data. - ela percebeu a simplicidade
evidente no tom dele e sabia que Miran também havia percebido.

Serkan não gostava de determinados joguinhos corporativos e queria mostrar que não era arrogante demais para pegar o telefone e ligar ele mesmo para marcar um compromisso.

- Muito bem. - Miran plantou um beijo na palma da mão dela. - Foi um prazer conhecê-la, Eda. - o sotaque italiano dele parecia acariciar o nome dela. - Vou dar um jantar para um grupo de amigos próximos daqui a duas semanas e ficaria contente com a sua presença.

Um acordo irresistível [Edser] ✅Where stories live. Discover now