"Dizem que quando se odeia alguém, todo esse sentimento de ódio se transforma em uma paixão feroz na cama. " Ele esboça um sorriso malicioso no rosto e minha vontade é de lhe dar outro tapa, dessa vez forte o suficiente para ele cair e esfolar o seu lindo rosto na calçada.

"Vai se fuder. Se tentar se aproximar de novo, por qualquer motivo que seja, eu juro que vou at;e um delegacia e faço um boletim de ocorrência por você quase ter me estuprado." Ameaço, mas a risada sarcástica do Vinnie é o que tenho como resposta.

"Eu tenho uma espécie de atestado de vários psicólogos comproando que eu tenho compulsão sexual. Caso você ou qualquer filho da puta fizer um boletim de ocorrência por estupro, eu não serei preso por possuir e poder provar que eu tenho a compulsão. Além disso o meu pai é rico como o caralho, saio da cadeia em menos de duas horas." Vinnie explica e tenta se aproximar de mim.

"Já que seu querido pai tem tanto dinheiro assim, por que não pega mais dez mil libras e contrata prostitutas para foder com você de novo? Já não fez isso antes mesmo? Seu pai não tem como te expulsar de lugar nenhum dessa vez, vai em frente!" Dito isso dou as costas e saio andando, sem olhar para trás e sem ter medo algum do Vinnie me seguir, falei com tanta clareza que tenho mais do que certeza que minhas palavras o atingiram da forma que eu gostaria.

Acelero meus passos quando as primeiras gotas de chuva começam a cair, vou em direção a uma rua mais movimentada e felizmente encontro um táxi vazio bem a tempo antes da garoa ficar mais forte. O motorista do táxi fita os olhos em mim atráves do retrovisor, talvez esteja olhando como estou nervosa, o que est;a bem clara graças às minhas bochechas avermelhadas, só fico assim depois que choro ou depois de brigar com alguém.

O táxi parou em frente a minha casa, paguei somente 6 dólares e entrei correndo da chuva. Assim que abri a porta me deparei com muitas vozes a falar ao mesmo tempo, todas femininas. Tento passar despercebida e subir para o meu quarto, mas antes que eu possa alcançar o final das escadas escuto a voz da minha mãe a me chamar. Decido que é melhor ouvir o que ela tem a dizer e me livrar logo, caso não faça isso ela irá me encher até que eu peguei no sono.

Minha mãe me puxa até a cozinha de onde vinham as vozes, mas todas as mulheres ficarm em silêncio assim que me vêem parada ali. Não são tanats como eu imaginei, apenas minha tia e mais duas outras, uma delas reconheço sendo a mãe do Troy, a Karen, já a outra eu não faço a menor ideia de quem seja.

"Ju, que bom que voltou." Minha tia diz sorrindo. "Já deve conhecer a Karen, sua vizinha. Essa é a Liz, uma amiga minha que se tornou psicóloga depois de descobrir que o filho tinha compulsão sexual, assim como você." Comprimento todas com um aperto de mão e retiro o meu casaco, visto que ainda estava com ele, o pendurei na cadeira da cozinha e voltei minha atenção à elas.

"O que elas estão fazendo aqui?" Questiono para a minha mãe.


"Elas vão te ajudar, filha, todo mundo está aqui para te ajudar." Minha mãe responde. Argh, mais uma vez isso. Não quero ajuda, isso me faz pensar que sou muito problemática, quando na verdade só sou viciade em sexo.

"Não quero nenhuma porra de ajuda." Resmungo e cruzo os braços. Karen arregala os olhos devido ao meu linguajar, mas a Liz já deve estar acostumada, por isso não ficou nem um pouco surpresa. "Foi uma perda de tempo chamá-las, eu mal quis ajuda da minha própia tia, quanto menos vou querer ser ajudada por duas desconhecidas. "

"Não sou desconhecida, você me conhece há 4 anos,Ju." Karen diz, tentando ser simpática. Reviro os olhos solto um ar pesado.

"Eu conheço o seu filho, o Troy. Ele é meu único amigo e acho que pode me ajudar." Digo rude. Não ligo para o que elas pensam sobre mim, deveriam achar que só porque sou viciada eu sou rude e grosseira, então vou deixá-las com essa opinião.

"Jules, transar com o Troy não vai te ajudar." A tia Mary diz, emd eixando ainda mais brava.

"O que? Só porque disse que ele pode me ajudar eu não estava falando de sexo!" Exclamo. "Ele é meu único amigo, não faria isso com o Troy, estragaria a única amizade que eu tenho!" Rosno, encarando os olhos verdes dela.

"Tudo bem, Ju, me desculpa-" Ela começo, mas eu interrompo.


"Não quero mais conversar com ninguém, a não ser o Ethan, vou pro quarto." Aviso bufando. "Mande abraços para o Troy por mim." Peço a Karen antes de pegar uma maçã na fruteira e o me casaco, em seguida subo correndo as escadas para o meu quarto.

Tranco a porta assim que entro e me jogo na cama. Fico a encarar o teto de pintura branca enquanto penso em tudo o que aconteceu hoje, a conversa com a minha tia, a discussão com o Vinnie e o incidente de agora, cada dia, semana e mês que se passa sinto com que minha vida ficasse cada fez pior. Cada dia o vício cresce, as fantasias só aumentam e o desejo pelo prazer só cresce, todo dia passa a ficar mais difícil resistir, mas mesmo assim parece que ajuda psicologica não vai resolver em nada, preciso aprender a lidar com o vício e superar sozinha.


Sozinha. É como me sinto agora, sem ninguém com quem eu possa falar, desabafar de verdade sem ser criticada, mas não existe ninguém no momento com que eu possa fazer isso, nem mesmo o Troy, nem mesmo o Ethan, ninguém.

Levanto-me da cama e pego o notebook sobre a escrivaninha, sento-me na janela com o aparelho sobre o colo e o abro, mas dessa vez não busco por fotos de garotos nem sites de pornografia, apenas acesso o YouTube e seleciono uma playlist de músicas que eu gosto enquanto vejo o sol se por e tento esquecer todos os meus problemas.

𝑶𝒃𝒔𝒆𝒔𝒔𝒊𝒐𝒏 | Vinnie HackerWhere stories live. Discover now