Capítulo 2 - Fechando contrato

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Sustentar o olhar não fora difícil para Lavina, principalmente por demonstrar pouca vontade em aceitar um contrato mágico. Do pouco que sabia sobre a magia, a última coisa que desejava era ficar atrelada á um humano sem motivo.

E para deixar claro que estava sendo séria, manteve-se em silêncio ao devorar outro pedaço de carne vermelha. Sua teimosia jamais deveria ser estendida á fome.

— Muito bem, é justo — Dissera ele por fim, unindo os dedos sobre seu colo — És uma criatura, e levando em conta a situação da qual a encontrei, torna-se justo a sua desconfiança em mim.

Lavina bufou escolhendo outro pedaço para devorar.

Por outro lado, Zayne espreitava os olhos para ela.

— Sei que não é dessa região, então presumo que deva desconhecer o clã Durgen.

Segurando a carne com o garfo, Lavina nem o olhava, mas movera a ponta da orelha.

— É um clã de criaturas, como você, que reside a cidade de Iamadora.

Ela mastigou o pedaço da carne arqueando a sobrancelha, finalmente direcionando o olhar para Zayne. O rapaz manteve-se em silêncio, esperando pacientemente que ela engolisse para falar.

— Está me dizendo, que um grupo de demônios está morando na cidade de humanos?

— Sim — Zayne maneou a cabeça, deixando abaixo do queixo seus indicadores –—Constantemente eles atacam os humanos, sejam mágicos ou não.

Passando a língua entre os dentes, a criatura se encostara na cadeira desistindo de ignorar o rapaz. Mantinha o cenho cerrado como se raciocinasse algo estranho.

— Nós evitamos os humanos, pois são uma ameaça á nós. Como um bando seria capaz de viver na cidade?

— Trata-se da primeira criatura que chegou na cidade — Zayne continuou, fitando a mesa. — Tudo o que sabemos á seu respeito, envolve a capacidade de criar demônios e roubar a magia dos humanos quando se alimenta deles.

— Uau, queria — Lavina sorria, ganhando um olhar reprovador de Zayne — Não me julgue, continue apenas.

O rapaz suspirou e tornara a falar.

— Ele fora capaz de escapar das armadilhas que feiticeiros poderosos criaram. Chegou ao ponto de viver em uma mansão na saída da cidade, a chamamos de mansão Blackmore.

— Se sabe onde mora, então por que não incendiaram o local?

— Ora ora, é só pensar. Se a criatura é capaz de roubar magia dos humanos, e também consegue criar sua própria prole...

— Ele seria capaz de passar a magia para as crias — Terminou Lavina, concordando com a cabeça — Ou seja, não faz a mínima ideia de como atingi-lo.

Zayne baixara a cabeça levemente, sem deixar de sorrir. Lavina suspirou e ajeitara os cabelos vermelhos os prendendo enquanto olhara em volta da sala de jantar. Chegara a torcer os lábios em um bico sutil, antes de soltar um sussurrar.

— Por acaso quer que eu me infiltre no clã e descubra? Afinal, deseja saber algo.

— Não minha cara, meus planos com você são outros — Zayne levantou-se a chamando com a cabeça, logo saindo da sala de jantar — Tenho noção de que as crias de Khel são mais fracas que ele, afinal ninguém iria criar algo mais poderoso que a si próprio.

Lavina se levantou da cadeira e seguira o feiticeiro, que ia em direção das escadarias. Continuou á suas costas até chegarem em uma sala repleta de bagunça e estantes de livros abarrotados.

Oráculo de Zayne - Feiticeiro Branco {amostra}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora