Capitulo Único

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Notas Iniciais:

Minha pequena (muito pequena mesmo!) contribuição para um infeliz Taxian Jun sem Chu Wanning, na sua primeira vida.

Para quem não leu a obra original, pode conter spoilers.



"Tô com saudade de tu, meu desejo

Tô com saudade do beijo e do mel

Do teu olhar carinhoso

Do teu abraço gostoso

De passear no teu céu..."

Muito tempo se passou e o vazio ainda está lá dentro. Quem fala que o tempo diminui a dor por certo nunca amou ou nunca perdeu alguém. Ele ainda não entendia o que ainda esperava e nem por que a partida dessa pessoa doía tanto que se fosse um machucado físico, por certo sangraria.

Ele ainda não descobriu aonde podia reencontrá-lo, mas ainda esperava. Era isso que chamavam de esperança? O dia-a-dia tão vazio, a solidão misturada ao ódio do abandono, até entender e a ficha cair que era uma partida sem volta.

Ele ainda lembra o dia do acontecido, uma dor imensa invadindo seu ser, tão forte que apenas a solidão agora presente consegue fazer frente. 

Já faz tempo, mas ele ainda não conseguiu achar sua paz. Um pedido mudo ecoando em um lamento doloroso de "Volta, eu não aguento mais"

Na loucura de alma, ele ainda corria tentando encontrá-lo. Tentando buscá-lo. Uma procura incessante e uma ilusão de que foi apenas um sonho ruim.

Esse sentimento de aflição (Amor?) realmente um dia pode se acabar? Ou é apenas questão de tempo, e que ele pacientemente precisa esperar... mesmo que o único desejo de quem ainda tem uma longa existência para viver... seja apenas vê-lo uma última vez.

Por que foi tão de repente? Alguém como ele... deveria ser imortal...

Era errado estar sem essa pessoa... sem o seu abraço de paz... sem o conforto do seu pedaço do céu.

Ele sabia que não conseguiria ver o que era a vida sem ele.  Ele era o seu motivo. O último que lhe sobrara.

Queria apenas segurar sua mão silenciosamente por um instante.... um pouco mais.

Ele não entendia por que ele finalmente desistiu. Ele só queria ouvir sua voz  mais uma vez... Ele não tinha lágrimas para tocar o chão.... mas sabia que a partida era cruel, por que era um eterno fim.

Não adiantou dizer "Não vá"

Mas é uma loucura que não passa... Quando você vai parar de fazer parar com essa brincadeira e resolver voltar? Quanto você ainda quer me ver chorar? Você não vê de onde está que eu preciso de você para respirar?

Estava tão carente de senti-la em seus braços e simplesmente esquecer o tempo... de ver olhos negros afiados que poderiam transmitir desejos de morte, mas também trazer a luz...

A solidão perdurando e abraçando alguém como ele, tão quebrado que chegava a ser menos do que a metade... a terra seca desejando a chuva.

Ninguém mais conhece essa bagunça que eu sou, o que eu posso sentir, o que eu posso ser... mas essa pessoa... ela era a única que conseguiria entender... a única que ainda tentava resgatá-lo da escuridão... pessoa que  foi embora sem antes ensiná-lo a viver sem ela...

Ele só queria... que se um dia voltassem a se encontrar... essa pessoa nunca mais virasse o olhar... que essa pessoa o olhasse... e o amasse.

Ela não via... que só ela poderia mudar o final dessa história? E fazer quem sabe o seu coração anestesiado... sofrido... acabado...e... morto... bater de novo?  

Chu Wanning, você não percebe... que sem você (Sem seu amor)... eu estou....

Morrendo aos poucos.




Notas Finais:

Eu estava ouvindo a música do KLB "Ainda vou te encontrar" e "Estou morrendo aos poucos" e acabei me lembrando de Taxian Jun e saiu isso. Simples, mas com um toque de emoção. Há uma frase de referência à canção "Eu sem você" da Paula Fernandes. O poema é um trecho da música "Gostoso demais" , composição de Dominguinhos / Nando Cordel e interpretado pela diva Maria Bethânia.

Ainda vou te encontrar...Where stories live. Discover now