Capítulo 2

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Boa leitura! Espero que curtam! Beijossss

CAPÍTULO 2

Luiza

Uma amiga me disse certa vez que após o término de um namoro, cada dia que passa é um passo contrário à cova que você dá. Hoje tenho isso como verdade! Acordei um pouco melhor. Um pouco menos neurótica. Tudo bem... Olhei o meu telefone pra ver se havia alguma chamada, mensagem ou sinal de fogo... Enfim, não havia nada. Só mensagem da Ju pra saber se eu não me joguei da Terceira Ponte. Respondi que estava viva e fui tomar o café da manhã.

Começo a perceber as vantagens. Eu tinha um sábado todo só pra mim! Poderia fazer o que quisesse, mas parecia que eu não tinha muitos planos... É! Não estava preparada pra isso... Nunca estamos. Poderia existir um aviso prévio para o término de namoro, porque aí pelo menos já deixaríamos agendada uma viagem pra época, já matricularíamos num curso que estamos doidas pra fazer e não fazemos porque namoramos e não queremos deixar de passar o final de semana com o namorado... Isso seria bom! O aviso prévio diminuiria bem a dor de quem é deixado. Porque quem é deixado que sofre. O outro tem vários planos quando te mete o pé. Planos que já não incluem você.

Termino o café da manhã e vejo que são nove horas. Dá pra andar de bicicleta no parque. Lembro que a Ju estará lá... Ah, e o tal divorciado carente também. Arrepio! Credo! Nem me arrisco. Vai que caio nessa de novo. E o pior é que caí! Caí uma, duas, três vezes na mesma armadilha.

O telefone toca. Num sábado de manhã, amiga casada ligando... Aconteceu alguma coisa. É a Paty! Sabe aquela amiga que te entende apenas com um olhar? Você não precisa dizer nada... Pois é! É ela!

– Oi, amiga! Está tudo bem? – Atendo.

– Tudo bem! Fora a saudade da minha amiga! Vamos almoçar juntas hoje? – Ela me convida.

Logo penso: almoço na casa da Paty é excelente, mas eu não estou com paciência pra ser agradável com a sogra, a irmã, a cunhada, enfim... Não mesmo. O bom é que pra ela não preciso mentir.

– Amiga, estou meio desanimada. Devo ficar em casa mesmo.

– Nada disso, vamos almoçar naquele barzinho que tem a feijoada que você adora! – Ela diz animada.

– Achei que o almoço fosse na sua casa...

– Não! Deixei a Aninha com a minha sogra e o Paulo está numa reunião com um pessoal de fora. Vamos logo. Te encontro às 12 horas!

Respondo que sim! Claro! Excelente! Maravilhoso! Mesmo sabendo que as "12 horas" da Paty são na verdade 14 horas. Mas vale a pena esperar, porque é sempre muito bom! Ela me entende como ninguém!

Coloco uma roupa linda pra ver se me sinto melhor. Chamo um táxi. Chego às 12h30 no bar e, pra minha enorme surpresa, a Paty já está aqui! Ela me abraça e diz:

– Amiga linda, que saudade, como eu queria te ver, sinto muito a sua falta... Você é uma pessoa maravilhosa, sabia?

Já desconfiada, pergunto.

– Quem te contou que o Fábio terminou comigo? Pra você estar assim... Você me viu semana passada! – Falo, espantada com o seu exagero.

Ela responde com ar de preocupação:

– A Fernanda! – Faz uma pausa, me encarando. – Por que você não me contou? Por que não me ligou? Sou a sua melhor amiga! Pelo menos acho que sou, né? – Ela diz muito brava.

– Amiga... Você estava com o marido e a filha doentes... Já tinha bastante problema pra resolver, não precisava de mais um! Foi só por isso. – Tento me explicar... Sem muito sucesso.

Amar Vale a PenaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora