Capítulo 37 - Danger

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       —Não faça nada Nara. – Olivia alerta com os dentes cerrados.

       —A uma maneira. Saiam daqui. Será perigoso. – Aviso dando um passo ao lado, notando as cabeças daqueles que se aproximaram. Não demorou muito para que meu celebro bolasse um plano e identificar os pós e contras de agir ou não.

    Aqueles dois grupos estavam bem próximos ao gás, estavam com tanto medo dele que nem se deram o trabalho de atirarem uns nos outros, mas eu sabia que quando chegassem até onde o meu grupo estava, um troca de tiros iria ser feita, o único problema é que todos estaríamos próximo de mais do gás quando isso acontecesse.

       —Rafael, não a deixe ir. – Olivia lança um olhar de raiva para Rafael. Ele olha para mim, o encaro sem expressão porém me sentindo confiante. Ele então nega com a cabeça. – O que! Como pode?! Vai dar tudo errado. – Ele se desespera.

       —Disse para saírem. – Falo e passo por eles subindo o morro, passo ao lado de Alvaro com a cabeça baixa e uma mochila em suas costas.

       —Nara Não! Não! – Olivia grita, os outros então a impedem de me segurar.

   Olivia só não queria que eu desobedecesse mais uma vez, por que eu sim era capaz de fazer isso. Rafael disse que não se importaria com minhas ações ou minha vida, demostrou bem o que tinha dito. Já era tarde de mais para voltar atrás, com as pernas um pouco fracas subo e paro no topo da colina. Com um revolver preso a cocha, suspiro, o pego em mãos e então disparo em direção a um dos grupos, ele se assustam, atinjo dois de um dos grupos.

   Ele então me notam, erguem suas armas em minha direção, e antes que atirassem, desço a colina correndo, tiros são disparados, passo pelo meu grupo que se assustam e então começam a se distanciar para passarem por despercebidos. Tiros são trocados com os inimigos do outro lado, causando o caos que eu tinha planejado. 

   Corro em direção a placa vermelha com o nome Danger. Aperto os lábios, olho para trás um instante, tinha uma ameaça em pé a colina, ele me nota, um tiro alto ecoa, ele acerta o chão ao meu lado. Corro mais rápido, em direção a estrada erguida ao lado da placa Danger, quando me dou conta corria rente a parede que foi ficando maior em mira ao túnel no final de todo aquele campo.

   Corria praticamente grudada na parede, torcendo para que estivesse em um pequeno espaço livre de bombas. Outro tiro é disparado. Olho para trás de uma forma rápida, o gás tinha passado pela colina, o grupo corria do dele alguns caíram bolando pela descida enquanto se empurravam desesperados, corro mais rápido ainda, mais tiros são disparados, uma bomba explode indicando que alguém tinha chego no campo. Vejo ao longe outra placa vermelha, talvez fosse aquele o fim do campo minado. Corro mais rápido, perco o equilíbrio por um segundo, vou um centímetro para o lado, volto com os olhos arregalados para o mesmo ponto e me distancio alguns centímetros de onde escuto um Bip.

   Uma bomba atrás de mim explode, o impacto bate em minhas costas, sou lançada para frente. Caio de barriga sentindo dor por todo o corpo, meus braços ardem com machucados profundos. Me arrasto passando pela placa vermelha.

   Observei então com os olhos arregalados as explosões que foram acontecendo um seguidos dos outros, alguns tentaram escapar de uma mais foram pegos por outra, me arrasto para trás mais uma vez. Uma ultima bomba explode no começo do campo minado essa foi mais forte que as outras. Tampo os ouvidos sentindo um ar quente me acertar ao rosto junto com poeira e pedacinhos pequenos no que compunha as bombas. 

   O campo foi totalmente destruído, me levanto rapidamente, na minha frente tinha um campo que antes coberto de areia, agora era coberto de um material preto com cheiro forte, aos poucos a fumaça preta foi sumindo se misturando com o ar. Do outro lado o gás cobria a colina onde reconheço o meu grupo, escuto um grito vindo de Olivia que dando um passo afrente se surpreende com algo.

   Todos os outros se aproximam, vejo Kla colocar as mãos na cabeça, Rafael se abaixa ao lado cobrindo o rosto com as mãos. Enrugo a testa confusa com o que estava acontecendo. Com a respiração ofegante corro pelo mesmo ponto, passando ao lado de tudo afetado pelas bombas. Olivia grita mais uma vez Paloma a abraça, Steffie ao lado de um corpo chorava. Um corpo. Arregalo os olhos.

       —Não. – Pronuncio para mim mesma enquanto me aproximava em passos apressados para o grupo arredor de um corpo. – Não não, não pode ser. – Negava com a cabeça, me aproximo e paro os passos. Todos estavam ao arredor, menos Álvaro. Estavam ao arredor de Álvaro. – Não! – Grito e me abaixo ao lado de Alvaro.

   Sua roupa estava chamuscada, seu rosto queimado e quase irreconhecível, seus braços estavam com queimaduras graves, um lado de seu rosto estava mais afetado que o outro.

       —Não Alvaro Não! - Grito encolhendo meus ombros com o rosto já molhado de choro. Meu corpo treme, soluço e travo o maxilar. 

       —Por favor. – Escuto ele dizer com um voz fraca e baixa.

       —O que? – Falo com a testa enrugada.

       —Por favor. – Ele repete.

       —Temos que ajuda-lo. – Falo e me levanto olhando em volta. – Temos que ajuda-lo! – Grito para o outros.

   Rafael se levanta com os olhos vermelhos, ele tira o revolver de sua cintura.

       —O que vai fazer! Você esta louco!? – Grito.

       —Não podemos fazer nada por ele Nara! – Ele grita.

       —Não! – Grito quando ele destrava o gatilho, Álvaro fecha seus olhos com a respiração pesada. – Não! – Grito. Um som de tiro é disparado. Suspiro com os olhos arregalados. Olho para baixo, Álvaro não respirava mais.

   Meu corpo estremece, olho para Rafael com uma mistura Horrível de sentimentos. Ele guarda o revolver e se afasta. Soluço e tampo a boca para abafar o choro. Me curvo me sentindo fraca talvez prestes a desmaiar. Olho para o lado, todos me olhavam com pesar, ou era com raiva de mim?

       —Isso foi culpa Sua! – Olivia grita aparecendo ao meu lado, sinto em seguida sua mão acertar a lateral do meu rosto. Viro o rosto bruscamente. – Ele esta morto por culpa Sua! – Ela me empurra.

       —Culpa minha. – Repito olhando para baixo. – Culpa minha.

   Era tudo culpa minha, olho para Alvaro.

       —Culpa minha. – Fala baixinho para que só eu pudesse ouvir. – Eu não queria.

       —Você não sabe o quanto esta sendo difícil olhar para sua cara Nara. – Ela dizia a minha frente com o rosto vermelho de raiva e os olhos lacrimejados. – Olhe! Olhe o que fez! – Ela fraqueja sua voz. – Não era para ele estar morto! – Ela avança em minha direção mais uma vez agarrando meus ombros. Suspiro não tendo reação, Kla aparece e a envolve com seus braços a segurando. – Culpa sua ! Sua!

   Meu corpo extreme-se.

       —Some daqui Nara! Suma antes que eu mesma mate você! Olhe o que fez! Olhe o que fez! –Gritava repentinamente enquanto se debatia tentando se soltar de Kla.

       —Se acalme! – Rafael grita acima de todos os sons.

       —Eu não quero que ela fique com agente. – Olivia diz com raiva. – Todos viram! Alguém mais quer morrer por culpa da Nara? – Diz meu nome com completo nojo.

   O que eu tinha feito? Pensava, eu tinha feito aquilo tudo? Eu tinha matado Álvaro.

       —Suma daqui Nara! – Ela grita se alterando mais uma vez.

   Olho para todos os outros, eles me olhavam de uma forma sim para que eu me sentisse culpada, e estava funcionando, dou então um passo para trás. Nenhum deles parecia ir contra o que Olivia dizia.

       —Eu estava... Eu tentei... Me desculpem eu Não... – Dizia com os olhos embaçados. Respiro ofegante sentindo meu rosto cada vez mais molhado. Deixo o choro escapar sem querer por um segundo. Limpo as lagrimas e olho para o rosto de cada um. – Me desculpem.

   Viro de costas para eles. Corro em direção ao túnel do outro lado, com meus olhos embaçados, com meu corpo estremecendo, e com aquele sentimento de culpa.


***

Eita vixii...

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