The Contract - Fillie

Capítulo 10

Finn

Eu havia ficado totalmente fora de órbita e somente após ouvir a porta bater com força me permiti digerir o que havia acabado de acontecer. Respiro fundo e fecho os olhos tentando manter a calma à todo custo. Não éramos um casal de verdade e podíamos fazer o que quisséssemos. Ontem mesmo eu havia saído, ela também podia e eu não devia me importar...certo?!"

Errado!

Me levanto rapidamente, não demorando sair de casa às pressas. O tempo se passa em um piscar de olhos, e mesmo já tendo à procurado em diversas baladas, não havia encontrado nenhum sinal de Millie. Já estava desistindo e voltando para casa até ver algo que chamou minha atenção. Um homem tentava colocar uma mulher dentro do carro à força enquanto seu corpo  mole e fraco tentava inutilmente resistir. E após encarar aquela cena só bastou um minuto para que eu percebesse quem era aquela mulher...

Era a minha mulher!

Totalmente descontrolado desço do táxi rapidamente e corro até o lugar, não demorando a puxar seu corpo para mim. Olho em seus olhos e sinto meu sangue ferver de raiva. Ela havia sido drogada! Observo o homem à minha frente tentar entrar no carro para fugir, mas antes que pudesse fazer isso o puxo socando seu rosto com toda a minha força. Eu não conseguia parar, a ira havia se apossado de mim.  Eu o socava descontroladamente, e só me levando ao vê-lo desacordado, não demorando a amparar o corpo recém desmaiado de Millie em meu braços. A preocupação esmagava meu peito me fazendo carrega-la rapidamente até o táxi que ainda nos esperava. Os minutos pareciam ter voado e quando mesmo percebi já estava entrando em casa com minha esposa no colo.

Narradora

O moreno caminha até seu quarto e deposita o corpo de Millie em sua cama, não demorando a tirar seus saltos e acariciar seu rosto sereno enquanto sussurrava suavemente em seu ouvido.

- Você está segura agora! Vou cuidar de você, Millie...Eu prometo!

[...]

Millie

Abro os olhos lentamente e sinto uma forte pontada em minha cabeça me obrigar a fecha-los de novo. Minha cabeça parecia que iria explodir a qualquer momento, e após alguns minutos volto a abrir os olhos lentamente, me surpreendo ao perceber que não estava no meu quarto, mas sim no quarto do...Finn!
Eu não conseguia me lembrar de nada do que havia acontecido ontem e antes que pudesse levantar da cama observo Finn sair do banheiro só de toalha.

Droga, será que havia acontecido algo entre nós?

Volto minha atenção para o moreno que parecia ainda não ter percebido que eu estava acordada e não demoro a vê-lo virar de costas, me surpreendo com a visão que tinha dali. Suas costas largas e definidas estavam totalmente tomadas por uma enorme tatuagem, me permitindo admirar o grande lobo desenhado em sua pele. O vejo se virar novamente e fecho os olhos fingindo estar dormindo. Por algum motivo me sentia envergonhada por estar em sua cama, e  com toda a certeza não queria ter que encará-lo agora. Ouço uma porta ser fechada e logo abro os olhos vendo que o quarto estava novamente vazio. Aproveito a oportunidade e me levanto andando rapidamente até a porta, me arrependendo logo em seguida. Havia levantado muito rápido, o que tinha causado uma pontada ainda mais forte em minha cabeça, fazendo meu corpo desabar . Já previa a dor da queda, mas antes que chegasse ao chão sinto braços fortes me segurarem causando um arrepio intenso em meu corpo ao ouvir a única voz capaz de me deixava desnorteada.

- Opa! Cuidado!

Narradora

 O moreno a leva de volta para cama e se ajoelha em sua frente.

- Como se sente?

- Com dor de cabeça!

Millie sussurra seriamente e não demora a ver Finn lhe entregar um comprimido para dor. Um silêncio agonizante se instala entre ambos, mas rapidamente o mesmo é rompido pela voz da morena.

-  O-o que aconteceu ontem?

 A jovem observa os punhos de Wolfhard se fecharem com força e seu maxilar travar.

- Não se preocupe com isso, eu cheguei à tempo!

Finn se levanta e começa a andar de um lado para o outro.

- À tempo de quê, Finn?

Millie questiona nervosa.

- DE IMPEDIR QUE AQUELE DESGRAÇADO TE ABUSASSE!

- C-Como assim?

- Eu também não sei direito! Ele deve ter drogado sua bebida sem você perceber, acredite em mim, isso sempre acontece nesse tipo de festa! Eu te procurei em vários lugares até te achar, quando eu cheguei ele-ele estava tentando te colocar a força no carro...Você não conseguia nem ficar em pé, foi por pouco, mas acabei com a raça daquele desgraç...

Finn falava tentando manter a calma ao lembrar do ódio que havia sentindo ao ver alguém tentando fazer mal a morena novamente, mas antes que pudesse terminar é surpreendido por um abraço apertado da jovem.

- O-obrigada...por cuidar de mim!

Finn sorri levemente, não demorando a envolver a cintura fina da esposa com força, correspondendo ao abraço da mesma.

- Acho que é isso que os maridos fazem...

Millie fecha os olhos e sorri aproveitando aquele momento. Quando havia assinado aquele contrato a morena imaginava que seria difícil conviver com alguém como Finn, mas durante aquele abraço a jovem podia perceber o quanto o moreno podia ser bondoso. Ele realmente se preocupava com ela, e isso foi o suficiente para fazer seu coração disparar. Naquele exato segundo ambos perceberam que algo estava mudando por mais que ainda não soubessem o que era. Parecia ser somente uma faísca que nascia em seus corações, mas que logo daria lugar a uma intensa chama que ambos não conseguiriam conter.

Dias Depois

Millie

Alguns dias já haviam se passado e já estávamos de volta à cidade. Estava morrendo de saudade da Sadie, e após um reencontro cheio de lágrimas e abraços conversamos até durante horas. Ela me contava o quanto estava animada com a faculdade, me fazendo perceber que realmente havia feito a coisa certa. Minha irmã está bem, e é isso que importa. Minha relação com Finn melhorava aos poucos. Ainda discutimos as vezes por algum motivo bobo, mas a cada dia a mudança entre nós se tornava notável. Por certas vezes me pegava o observando, não podia negar que ele era lindo e o quanto me atraía. Também sentia seu olhar sobre mim, mas tentava me lembrar todos os dias porquê estávamos aqui. Éramos unidos somento por um contrato e não poderia passar daquilo. Logo o ano passaria e tudo voltaria ao normal.

Bom...era isso o que eu esperava!