FERRO

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In case you didn't know
Baby I'm crazy bout you
And I would be lying if I said
That I could live this life without you
Even though I don't tell you all the time
You had my heart a long long time ago
In case you didn't know

You've got all of me
I belong to you
Yeah you're my everything

In Case You Didn't Know - Brett Young

Ferro, essa foi a primeira coisa que eu vi quando Carlos desacelerou o carro em frente aos grandes e imponentes portões de ferro.

-Bem vinda a minha casa. - ele falou procurando o controle dos portões pelo carro - Ela foi do meu avô e ele deixou de herança pra minha mãe e ela deixou pra mim. Eu não consegui me desfazer dela, mas admito, ela é grande demais pra mim.

-Parece ser mesmo. - falei olhando do portão e me assustando com o tamanho da construção. 

-Tem mais quartos do que dias da semana. - falou. 

-O que? 

-São 8 quartos, mas eu entendo, o família do meu avô era grande, acho que isso aqui nunca ficou vazio, bom não até meu avô morrer. - falou - Eu acho que já te contei isso mas minha mãe meio que foi excluída da família e depois que meu avô morreu não soubemos nada de ninguém. 

-Minha família encheria isso tudo fácil. - falei me lembrando do quão grande e barulhento eram as reuniões de família. 

-Pode convidar eles se quiser. - ele falou estacionando o carro e descendo dele. 

-Quando eu me mudei pra cá eu disse que os convidaria pra me visitarem no dia em que eu e minha filha estivéssemos bem, com minha confecção sendo uma grife, e com nossa própria casa, e bom nós não temos nada disso. - falei dando os ombros. 

-Se eu ainda for o padrinho de Hope vocês podem e devem considerar essa casa de vocês também. 

-Claro que você ainda é. - falei pensando em como eu tinha sido rude com ele a ponto dele pensar em não ser mais o padrinho da minha filha. - Carlos. 

-Sim. - falou se voltando pra mim. 

-Eu preciso te pedir desculpas. - falou. 

-Não precisa não. - falou - Eu já esqueci o que aconteceu. 

-Não deveria. - falei - Eu fui rude. 

-Foi, mas já passou. - falou - E eu não quero mais falar disso. 

-Certo, mas um dia você vai aceitar falar sobre isso comigo. - falei. 

-Desde que não seja pra você me pedir desculpas, por mim tudo bem. - falou - Agora eu primeiro quero pedir que você não fique brava comigo. 

-Você falando assim já estou ficando. - falei sorrindo. 

-É sério Mariana. - falou - Eu fiz uma coisa quando eu ainda estava chateado com você. 

-Você jogou dardos em uma foto minha? - questionei. 

-Não. - falou sério - Eu amo sua filha, e você já deve saber disso e eu só ficava imaginando formas de ter vocês aqui comigo, e eu não sabia se um dia eu conseguiria trazer vocês pra cá. 

-O que você fez Carlos? - perguntei já com medo da sua sua resposta. 

-Vem comigo. - falou estendendo a mão pra eu pegar. 

Eu segurei sua mão. Eu mentiria se dissesse que senti choque na minha mão, que as borboletas voaram dentro do meu estômago quando ele segurou minha mão, mas não foi nada disso que eu senti, eu só senti como se aquele fosse o meu lugar, eu percebi que nossas mãos se encaixavam muito bem, e se ele falasse pra mim que era um assassino eu acho que não ligaria. 

HopeWhere stories live. Discover now