Biografia

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Simone Lucie Ernestine Marie Bertrand de Beauvoir nasceu em Paris, França, no dia 9 de janeiro de 1908. Morreu dia 14/04/1986 (aos 78 anos). Foi escritora, filósofa, intelectual, ativista e professora. Integrante do movimento existencialista francês. Beauvoir foi considerada uma das maiores teóricas do feminismo moderno. 

Foi também estudante de filosofia na Universidade de Sorbonne. Ali, conheceu Jean-Paul Sartre, parceiro intelectual e com quem teve um relacionamento aberto toda a vida (cerca de 50 anos). 

Ou seja, ambos não eram adeptos da monogamia e, portanto, tiveram outros parceiros sexuais ao longo da vida. Assim, nenhum deles chegou a casar ou ter filhos.

 Assim, nenhum deles chegou a casar ou ter filhos

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INFÂNCIA E FORMAÇÃO

Simone Lucie Ernestine de Marie Bertrand de Beauvoir, conhecida como Simone de Beauvoir, nasceu em Paris, França, no dia 9 de janeiro de 1908. Filha de um advogado e leitor compulsivo, desde a adolescência já pensava em ser escritora.

Entre 1913 e 1925, estudou no Institute Adeline Désir, uma escola católica para meninas. Em 1925, Simone de Beauvoir ingressou no curso de matemática do Instituto Católico de Paris e no curso de literatura e línguas no Institute Saint-Marie.

Em seguida, Simone de Beauvoir estudou Filosofia na Universidade de Sorbonne, onde entrou em contato com outros jovens intelectuais como René Maheu e Jean-Paul Sartre, com quem manteve um longo e polêmico relacionamento. Em 1929 concluiu o curso de Filosofia.

Em 1931, com 23 anos, Simone de Beauvoir foi nomeada professora de Filosofia na Universidade de Marseille, onde permaneceu até 1932. Em seguida foi transferida para Ruen. Em 1936, retornou à Paris como professora de Filosofia do Lycée Molière.

PRIMEIRO ROMANCE

Em 1943, Simone de Beauvoir publicou seu primeiro romance, "A Convidada", onde abordou os dilemas existenciais de liberdade de uma mulher de trinta anos, que se vê com ciúme, raiva e frustrações com a chegada de uma jovem estudante que se hospeda em sua casa ameaçando desestruturar a vida de um casal.

Entre 1943 e 1944, período da ocupação nazista, Simone de Beauvoir trabalhou na Rádio Vichy, como porta voz da propaganda Nacional Socialista.

FEMINISMO

Em 1949, Simone de Beauvoir publicou "O Segundo Sexo", o principal livro da escritora, que representou uma desconstrução para os padrões impostos pela sociedade e pela igreja da época.

A obra alcançou repercussão internacional e marcou toda uma geração interessada, como a autora, na abolição das questões ligadas à opressão feminina em busca da independência da mulher diante da sociedade.

Escrita em dois volumes, o primeiro representa a parte filosófica do pensamento da autora, em que ela apresenta importantes reflexões sobre o existencialismo e o contexto social da época – que trata de maneira desigual os papéis do homem e da mulher.

Na segunda parte Simone traz a célebre frase que explicita a ideia fundamental da filósofa existencialista, segundo a qual a existência precede a essência: "ninguém nasce mulher: torna-se mulher"

OBRAS DE SIMONE DE BEAUVOIR
• A Convidada (1943)
• O Saque dos Outros (1945)
• ​Todos os Homens são Mortais (1946)
• A Ética da Ambiguidade (1947)
• O Segundo Sexo (1949)
• Os Mandarins (1954)
• Memórias de Uma Moça Bem Comportada (1958)
• A Força da Idade (1960)
• A Força das Coisas (1963)
• Uma Morte Muito Suave (1964)
• A Mulher Destruída (1967)
• A Velhice (1970)
• Quando o Espiritual Domina (1979)
• Tudo Dito e Feito (1972)
• Cerimônia do Adeus (1981)

[...]

CAIU NO ENEM!

(ENEM-2015) Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino. | BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.

Na década de 1960, a proposição de Simone de Beauvoir contribuiu para estruturar um movimento social que teve como marca o(a)

a) ação do Poder Judiciário para criminalizar a violência sexual.
b) pressão do Poder Legislativo para impedir a dupla jornada de trabalho.|
c) organização de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero.
d) oposição de grupos religiosos para impedir os casamentos homoafetivos.
e) estabelecimento de políticas governamentais para promover ações afirmativas.

Alternativa c: organização de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero.

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