CAPITULO 2 - CAÍDA DO CÉU, LITERALMENTE

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Dead Man prossegue:
- Você merece um Oscar garoto, outra pessoa na sua pele talvez tivesse enlouquecido.
Justin olha pro celular pra disfarçar.
- Não respondeu a minha pergunta.
- Calma rapaz! Eu não sou uma alma penada que veio te atormentar!
- Claro que não. Você é só o espírito de um trapezista mulherengo assassinado preso entre o plano físico e o metafísico.
Nessa hora, a chuva fica mais forte. Eram quase seis da tarde.
- Tá, não precisa me lembrar...
- Oh Gasparzinho... Me explica porque tá no banco de trás do meu carro, ou então...
- Tá bom, tá bom!
Justin liga o carro, e pluga um pendrive na entrada USB, saindo da faculdade ao som de “Move by yourself”.
- Hum... Donavon Frakenreiter, tem bom gosto moleque!
A música vai tocando, enquanto vivo e morto conversam.
- Sou só eu que tô com a impressão de que você tá enrolando? E quer vir pro banco da frente?
- Tá, tá certo. – Dead Man vem para o banco da frente.
- Você sabe o que tá acontecendo no mundo metafísico, não sabe?
- Foi mal, não tenho assistido o jornal “além-túmulo notícias” ultimamente.
- Há uma ameaça das grandes perturbando a balança do equilíbrio cósmico.
- E porque eu deveria estar preocupado? Não existem forças pra combater a causa dos distúrbios?
- Pois é, aí é que mora o problema.
- Como assim?
- As forças que deveriam promover o equilíbrio estão em absoluto silêncio há muito tempo, e não se sabe porque.
- Então é por isso que...
- Sim, é por isso que sua ex-namorada narcisista tentou te esfaquear semana passada, e sua professora gostosona estava com segundas intenções, apesar de você fingir que não sabia.
- Mas a Deborah na verdade já havia tentado fazer uma daquelas simpatias de revista Wicca baratas, e acabou atraindo um espírito maligno que a possuiu. Fora o fato de que ela já era propensa a ser recipiente de um ser das trevas.
- Certo Einstein, mas e quanto a sua professora?
- Prossiga.
- Ela na verdade estava com desejos reprimidos, escondidos no fundo da alma dela, um espírito mau só precisou se aproveitar dessa fraqueza e turbinou essa vontade. E vá por mim, ela não gostou de ter sido rejeitada.
- Quando você diz “ela” você...
- Sim, eu falo da entidade que a possuiu. Na verdade isso vai aumentar de frequência a medida que o tempo passa. Eu já enfrentei algo assim uma vez.
- Fala do confronto com o demônio com nome de vilão da Marvel?
- Na mosca. Mas a diferença está nos agentes causadores.
- Como assim?
De repente, um clarão irrompe no céu chuvoso, e não eram os relâmpagos.
- Eh... Justin...
- Sim, eu sei, eu também tô vendo!
Nesse momento, um tipo de portal se abre, uma figura não identificada aparece cruzando o portal, como se tivesse sido arremessada, mas se recompõe em pleno ar, desferindo raios roxos cuja explosão ilumina o céu chuvoso da Califórnia. Ela parecia estar sendo perseguida por...
- Demônios?
- O que foi que eu te disse?
Mais ataques de energia roxa são vistos no céu, algumas pessoas nas calçadas apontavam assustadas para o céu, vendo quatro criaturas horrendas com chifres enrolados e três pares de olhos amarelos atacando a pessoa que cruzou o portal dimensional, e quando um relâmpago cruza o céu, revela de forma breve a silhueta dela, a qual parecia ser uma entidade de cabelos compridos e com olhos roxos brilhantes. Depois de acertar dois demônios com golpes poderosos e mais outro com uma explosão de energia à queima roupa bem no rosto, ela acaba sendo acertada pelo quarto demônio, que a nocauteia, fazendo-a cair num beco ali próximo; Justin estaciona o carro em cima da calçada, e corre para o local da queda junto com Dead Man. Quando os dois chegam, eles vêem a pessoa caída de bruços em cima de um monte de sacos de lixo, aparentemente inconsciente; havia dois demônios na frente, e dois acima, um voando e outro grudado na parede de tijolos do beco chuvoso. Justin e Dead Man espiam pelo canto da parede, conversando em voz baixa.
- E agora, o que a gente faz?
- Deve haver um motivo para estarem perseguindo quem quer que seja esse ser. – diz Justin.
- E você não quer saber porque?
- Curiosamente... Sim.
- Mas eles não são demônios comuns.
- Descobriu isso sozinho?
- Eu tô falando sério garoto! Eu já vi esses demônios e eles não eram desse jeito!
- Tá me dizendo que eles receberam um tipo de upgrade?
Nesse momento eles ouvem uma voz gutural e que arrepiaria qualquer um:
- QUEM ESTÁ AÍ!?
- Droga... E agora o que a gente faz?
- É simples Gasparzinho, lutamos.
- Ficou maluco!? Não ouviu o que eu disse?
- Ouvi sim. Distrai os dois de cima, eu cuido dos de baixo.
- Pelos céus, tô achando que vou me arrepender.
- Do que tem tanto medo? Você tá morto mesmo...
- Seu teimoso...
- Faz o que eu falei, eu cuido do resto.

Nessa hora Justin se posiciona na saída do beco, à vista dos demônios, que se posicionam entre ele e o ser caído, que apesar da queda, ainda se mexia. Os demônios rosnavam e rangiam os dentes, mas Justin não olhou pra eles.

- QUEM É VOCÊ?

Um relâmpago reluz e um trovão ressoa. Justin olha pras criaturas.

- Uma classe de demônios que não me conhece? Magoei...
- SAIA DAQUI MORTAL, A NÃO SER QUE ESTEJA PROCURANDO A MORTE!


Eles esperavam que Justin saísse correndo, mas em vez disso, ele estica o braço até a altura do ombro, e uma chama dourada de um metro e meio emerge da mão direita de Justin, que fecha o punho em torno da sua base; quando o fogo se apaga, revela uma espada de fio duplo; o guarda mão era de ouro, e seu cabo era carmesim, com uma peça redonda dourada e uma estrela de seis pontas gravada nela; o gume era repleto de letras gravadas em um idioma antigo ao longo dele. Ele brande a espada e uma lufada de vento poderosa é mandada na direção dos demônios, que apenas viram levemente seus rostos ferozes e cerram os dentes pontiagudo, partindo para o ataque; Dead Man faz o que Justin orientou, e provoca os dois seres das trevas restantes.

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⏰ Última atualização: Aug 08, 2020 ⏰

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