Imperador Carmesim

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Shizuka (Ainda numa expressão imparcial)
- Já está feito e decidido.
Não vim fazer acordos,vim apenas trazer a mensagem dos deuses para você.
Nada do que fizer ou disser, irá mudar seu destino.
Uma opção lhe foi dada,e você a negou guerreiro.
Então agora irá sofrer as consequências (Lágrimas mornas rolam o rosto do guerreiro leão como cascatas).

Takeshi (Sua voz é pesada e embargada,seu corpo treme,e seu coração bate forte como nunca)
- Ela é meu único e verdadeiro amor,apenas lembrar de sua existência,faz meu estômago revirar de alegria e ansiedade.
Quando estou com Akemi,o mundo a minha volta torna-se uma explosão de corres magníficas.
Eu a amo com a força de minha alma.

Shizuka (Originando incandescencia,e inflamando por fim)
- Então aproveite cada segundo ao lado dela.
Sua amada tem dia e hora para deixar este mundo,ela está curada do que quer que estivesse a infectando.
Vocês tem dez longos anos,mas tenha cuidado,pois ela não está isenta de morrer antes do período estipulado pelos deuses.
Aproveite Takeshi.

A serva de Amaterasu, Shizuka,se foi após uma belíssima e abrasadora explosão de fogo dourado,e nunca mais foi vista no mundo.

Os dez anos se passaram como num piscar de olhos,e num crepúsculo outonal,Akemi se foi.

A serpente branca deu seu último suspiro no centro do pomar próximo a sua morada. Neste lugar, foi enterrada por Takeshi,e com uma semana de sua partida,de seu túmulo,quando os primeiros raios de Amaterasu banhou o pomar. Surgiu o primeiro broto de flor de cerejeira do mundo oriental.

Respondendo após anos,a pergunta de Takeshi,onde o guerreiro leão ainda jovem, com seus vinte e nove verões. Se perguntou se não havia como criar algo além das cores existentes,o tom forte e vibrante,porém delicado.

Não que Amaterasu estivesse perdoando os atos de Takeshi,ou aprovando o que fez,mas tal árvore é uma homenagem ao amor verdadeiro.
Eternizando a passagem da sofrida Akemi,o monstro que encontrou a paz ao conhecer um guerreiro humano.

O filho de Takeshi e Akemi, já tinha seus oito invernos, quando finalmente escalou até o ponto mais alto da árvore que mais amava,a cerejeira.

Mesmo sendo amante da beleza no pomar,a cerejeira lhe fascinava,e acalmava seus sentimentos. Takeshi nunca mais empunhou uma arma novamente,trocou a lâmina pelo arado,e dedicou-se ao seu filho.

Juntos,pai e filho deram origem a uma enorme plantação alagada de arroz, graças ao solo incrível,o cereal tornou-se um dos melhores da região onde habitavam, desde que o jovem nasceu.

Takeshi foi morto por seu filho,num dia em que decidiu empunhar novamente uma lâmina. Dada a sua falta de treinamento, foi descuidado,e foi golpeado em sua garganta,morrendo sufocado em seu próprio sangue.

Trinta e três gerações se passaram desde que guerreiros sem clã e mestre,se juntaram ao campo de Takeshi. Originando uma vila simples,assim como suas famílias.

Neste lugar tudo corria muito bem,até que certa vez uma tempestade avassaladora destruiu o pomar,e grande parte do plantio de arroz.

Neste dia terrivelmente triste,muitas famílias foram reclamadas pela fúria da natureza,a pobreza caiu neste povo com força,ficando a um passo da miséria.

Não havia caça,cereais ou frutos próximos,o que forçou parte da população rumar para longe.
No entanto, apenas um ano após o desastre,a plantação de arroz crescia novamente no solo revirado. Sem dúvida alguma,a graça da deusa da colheita Inari,caiu neste lugar.

Por nove anos,a pequena população do campo de arroz,sobreviveu se alimentando apenas do cereal,mas tudo mudou maravilhosamente.

Foi um forte som de explosão vinda do firmamento,que chamou a atenção de Ryouji,um distante descendente do guerreiro leão. O jovem vadeava pelo arrozal quando ouviu o estrondo. Junto ao curioso som,um forte barulho de queda surgiu numa direção não muito distante.

O Imperador DragãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora