Capítulo 24 - O controle das sensações

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"Cegueta, você vai me dar banho?", Hu Long questionou, confuso e com dor de cabeça, pensando seriamente se o que ele estava vendo seria algum tipo de brincadeira de sua mente já exausta por ter bebido demais.

"Não há ninguém melhor do que eu para fazer isso, já estou acostumado", o cultivador respondeu, com um tom de voz suave, mostrando que sabia o que estava fazendo.

"Acostumado? Com o que? Meu corpo? Bem, faz sentido. Você já tocou nele na primeira vez que nos encontramos, então não vejo problemas", o jovem assassino respondeu, abrindo um sorriso maroto e ansioso pela reação vinda do homem à sua frente, que gentilmente pegava o sabonete enquanto sentava em um outro banquinho próximo. "Hum... Cegueta..."

Fai Chen já estava pronto para ensaboar Hu Long, mas com seu chamado deteve sua mão esquerda de tocá-lo, pensando no que o mesmo poderia dizer. Mas não devia ter esperado tanto, pois o jeito de Hu Long era o mesmo até alterado. Audacioso e sem limites, querendo provocá-lo de todas as maneiras possíveis.

"YanYan não quis me lavar?"

"YanYan? Quem seria..."

"O Xiao Yan! YanYan é um jeito mais adorável de chamá-lo, não acha?", Hu Long manifestava uma expressão maliciosa e por mais que sua cabeça latejasse, ele queria continuar, a fim de ter reações vindas do cultivador que poderiam se tornar memoráveis, caso não as esquecesse no dia seguinte.

"Sim. Ótimo", Fai Chen se recusava a conversar sobre o jeito que Hu Long tratava seus conhecidos, pois se isso fosse prolongado, começaria a incomodá-lo e os pensamentos bagunçados iriam voltar. Então, mudou de assunto: "Não converse comigo, vai lhe cansar mais. Deixe-me lavá-lo e enquanto isso, descanse, está bem?"

Mesmo o cultivador dizendo para Hu Long focar em descansar, ele não iria obedecer tais sugestões. Graças a brecha de Fai Chen, o assassino retrucou sua frase, usando um tom de voz rouco, como se sua garganta estivesse queimando.

"Como posso descansar se você tocará em meu corpo?"

"Eu só irei te lavar, Hu Zhuang. Não pense besteiras."

"Eu disse alguma coisa assim? Apenas falei que você tocará meu corpo sedutor. Quem pensou em besteiras foi você, Cegueta."

Fai Chen paralisou.

Hu Long tinha razão.

Ele apenas tinha mencionado que iria ser tocado, mas quem pensou em outros sentidos foi o cultivador. Então, para que aquela situação não o deixasse um tanto frustrado por ter caído pela milésima vez nos joguinhos do outro rapaz, apenas inclinou sua mão esquerda e começou a ensaboar o braço esticado de Hu Long, iniciando os cuidados necessários para um banho agradável.

"Cegueta..."

"O que foi, Hu Zhuang?"

"Você está muito distante de mim. Consegue mesmo me ensaboar direito?"

"Consigo. Menos contato físico é...", antes de Fai Chen finalizar sua frase, sentiu a mão de Hu Long que segurava seu braço apertar e puxar seu corpo. Como estava sentado em um banco alto, seu equilíbrio foi rapidamente desfeito e um "splash" foi ouvido, junto com risadas gostosas do assassino sem vergonha.

Ele tinha conseguido puxar o cultivador para dentro da banheira comprida, arruinando a falta de muito contato físico que Fai Chen queria manter com essa ação nem um pouco justa, que trouxe um desespero interno no mais alto. Ele estava com as mãos em cada lado da banheira e de joelhos na frente do corpo de Hu Long. As respirações de ambos estavam próximas, mas ainda havia uma distância mínima entre eles, pela qual o cultivador agradeceu aos céus.

The Cultivation of the GazeWhere stories live. Discover now