Capítulo V ❤ O dia em que fiz coquetéis para salvá-lo

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O LUGAR ESTAVA VAZIO, O QUE DEIXOU TODO MUNDO COM UMA PULGA ATRÁS DA ORELHA

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O LUGAR ESTAVA VAZIO, O QUE DEIXOU TODO MUNDO COM UMA PULGA ATRÁS DA ORELHA. E com razão. Caspian, Edmundo e Lúcia foram investigar a cidade, enquanto o resto de nós permaneceu no porto.

Eustáquio passou boa parte da noite reclamando, mas quando amanheceu e os três não haviam voltado, ele notou a gravidade da situação.

— Eles claramente estão com problemas. O que faremos? — perguntei para Ripchip e Drinian.

— Temos de ir atrás deles. — Ripchip respondeu e eu assenti. — Sabe usar uma espada, senhorita? — ao me ver negar, ele perguntou de forma esperançosa: — Sabe algo que pode ajudar em uma luta?

— Bem, sei fazer Coquetel Molotov. — eu respondi após pensar um pouco.

— E o que seria isso? — Drinian perguntou e eu ergui uma sobrancelha, estranhando, mas comecei uma explicação.

Ao final dela, Ripchip e o capitão entreolharam-se e então voltaram a me olhar.

— Está dizendo que sabe fazer uma espécie de bomba, que pode queimar pessoas vivas? — Ripchip perguntou, lentamente, e eu assenti. — Fantástico! Compramos as coisas no meio do caminho e a senhorita pode fazê-los.

Dessa forma, nós nos organizamos e seguimos caminho de forma discreta. Pegando informações aqui e ali, descobrimos que a cidade tinha sido tomada por mercadores de escravos e ninguém podia sair de casa após o Sol começar a se pôr, ou seria vendido como escravo. Bem, isso com certeza explicou a quietude do lugar quando chegamos lá.

Ficamos observando a venda de escravos, pois era muito provável que tivessem sido pegos. Durante duas horas vimos pessoas sendo vendidas, até que Lúcia foi colocada no palanque. Eu me segurei para não socar o mercador que estava anunciando ela. Então decidimos agir, já que soubemos que os mais fortes e velhos normalmente iam para as masmorras, então supomos que Caspian e Edmundo estavam lá.

Bem, a luta aconteceu de forma relativamente rápida. Os tripulantes atacavam os mercadores, os escravos vendidos eram soltos e Caspian e Edmundo entraram na luta, pois por sorte eles estavam fora das masmorras, sendo levados para serem sacrificados (sim, isso também estava acontecendo. As pessoas entravam em um barco e sumiam numa fumaça verde).

O que fiz foi jogar coquetéis em quem tentava fugir, assim os outros que estavam perto corriam na direção oposta, para onde estavam os tripulantes.

A luta acabou depois de cerca de uma hora e eu estava acabada, pra ser bem honesta. Mas valeu a pena quando consegui falar com Edmundo e Lúcia e constatar que estavam bem.

— É um alívio que estejam bem! — eu disse, após dar um abraço apertado nos dois.

— Fique tranquila, srta. Alley. Está meio pálida. — Lúcia me disse, encarando-me.

— É claro! Vocês sumiram! Fiquei extremamente preocupada! — eu disse. — Imaginem se algo pior tivesse acontecido!

Honestamente, passei o resto do caminho resmungando com os dois, dizendo como foram irresponsáveis por saírem por aí praticamente sem apoio, apenas eles e Caspian, e eles até tentaram argumentar que sabiam se virar, mas eu não tive medo de falar que foram pegos mesmo assim. Francamente, viu...

De qualquer forma, após juntar muita coragem, eu fui falar com Caspian, pois queria saber mais sobre ele. E, apesar de não contar a conversa agora, me pergunto se somos suficientemente compatíveis para que eu permaneça.


༶ °. ‧⁚ ◦ ❤ ༶ °. ‧⁚ ◦


Espero que tenham gostado.

Até a próxima.

16/09/2020.

Permaneça ❤  Crônicas de NárniaWhere stories live. Discover now