— Isso não é um filme — Flay insistiu, virando-se para Mariana. — É a
vida real, ele foi um idiota completo com ela.

— Mas as pessoas podem mudar — replicou Mariana. — Olhe para você e Fernando. Você jurou que nunca teria um namorado, muito menos ele, mas deu uma chance.

— É diferente — disse Flay, irritada.
— Além disso, Fernando é
insanamente bom na cama. Diogo era um desastre, não era, Bianca?

Eu estremeci. — Não sei se diria desastre. O sexo era apenas um pouco. sem inspiração. Talvez essa não seja a coisa mais importante, afinal. Talvez haja elementos mais importantes em um relacionamento do que um sexo quente.

Flay olhou para mim, incrédula.
— Como o quê?

— Como interesses em comum
— disse, endireitando as costas. — E laços familiares. Uma história compartilhada. E valores compartilhados.

Flay revirou os olhos. — Grande merda... Se você não quis rasgar as roupas dele quando ele entrou na sua casa ontem à noite, vocês não têm nenhuma química.

Pensei nisso por um momento. Então comecei a rir com a ideia de rasgar a
cueca de baleias e a camisa
cor-de-rosa. — Nós não somos assim — disse. — Nunca fomos assim. Nós dois somos... mais reservados Conversadores, talvez. Gostaria de um sexo melhor? Claro — dei de ombros. — Mas tenho quase 30 anos. E talvez precise me
preocupar menos com esse tipo de coisa.

— Você ter 30 anos não significa que está velha — Flay resmungou. — E
eu não quero ver você regredindo, Bianca. Um ano atrás você estava muito infeliz. Você fez tantos progressos.

— Concordo. Mas no fundo, eu ainda sou a mesma pessoa. Eu ainda quero
as mesmas coisas que antes. Sou tradicional, lembra? Quero uma vida tradicional, a vida com a qual cresci. casar, ter uma casa, uma família.

— E isso tudo é ótimo — Mariana disse, contemporizando, levando a mão ao colo de Flay para pegar minha mão. — Nós não estamos julgando você por querer esse tipo de coisas.

— E Diogo me pegou — eu disse irritada, porque era verdade. — A aliança que ele escolheu era perfeita. Ele conhece meu estilo, meu gosto. Tem educaçãonboa, um trabalho bom, uma família boa. Essas coisas importam mais para mim do que sexo.

Flay se recusou a desistir.
— Mas e a paixão? E a ligação física de enlouquecer? Você não quer
aquele frio na barriga quando ele chegar? Aquele batimento acelerado quando ele chegar perto?

— E seu eu não for assim? — Perguntei, expressando um medo que geralmente ficava no meu subconsciente. — E se eu nunca for tão apaixonada por uma pessoa? E se eu não for do tipo que mexe demais com alguém? Isso significa que tenho que ficar sozinha?

— Não — Mariana disse com firmeza, lançando um olhar para Flay. — E
se você quiser dar outra chance a Diogo, é uma escolha que só você pode fazer. Nós vamos ficar do seu lado, não importa o que aconteça.

— Você ficaria? — perguntei, olhando para Flay.

— Claro que sim — seu rosto se suavizou e ela inclinou a cabeça,
encostando-a em meu ombro. — Eu sinto muito. Você sabe que te amo. Eu
só quero que você seja feliz. Se você acha que Diogo é a pessoa certo, então fique com ele. Sempre estarei aqui por você.

— Obrigada. Eu ainda estou pensando nisso. — Olhei meu telefone e vi
que horas eram. — Ai, droga, é melhor eu ir para a festa do meu pai.

— Um jantar? — Flay disse pegando sua bebida.

— Não, apenas bebidas e sobremesas com alguns doadores que assinaram
cheques polpudos para a campanha.

— Como vai a campanha? — Mariana perguntou.

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