Capítulo 9

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Olá meus leitores. Como estão? Espero que bem. Não deixem de votar e comentar, ajude a autora.
Boa leitura.

          POV Rafaella Kalimann

Que diabos eu fiz? Você sabe o que fez. Permitiu-se baixar a guarda. Você perdeu o controle. Você fodeu com tudo. Eu tinha fodido com tudo. Seriamente.

Fui uma idiota completa com Bianca, e ela não merecia isso. Mexi com
uma mulher que estava trabalhando para mim. E traí a memória de Gizelly.

Me sentia culpada por tudo. Precisava conversar com alguém... alguém que
me conhecesse, alguém que me entendesse.

Eu não buscava perdão nunca teria isso  era mais uma necessidade de
me lembrar de quem eu era. Então, depois que terminei no celeiro, fui para casa, tomei banho, peguei algumas flores silvestres que cresceram em frente à cabana e
me dirigi para o cemitério.

Tínhamos enterrado Gizelly de acordo com o desejo da família. Ela e eu
nunca tínhamos sequer conversado sobre o que queríamos em termos de enterro quem pensa na morte quando se é jovem e recém-casado? E depois, eu fui tomado por tanta tristeza e pesar, que deixei seus pais e irmã tomarem as decisões sobre tudo. De onde ela seria enterrada a com que roupa ela seria enterrada.

A única coisa que pedi foi que a deixassem com suas botas.

— Ei, querida. — Eu me abaixei até a grama na frente da lápide e apoiei os
braços nos joelhos. — Trouxe estas flores para você. — Deixando as flores silvestres na frente do marcador de granito cor-de-rosa, e reservei um minuto para puxar algumas ervas daninhas que haviam brotado em torno dele desde a semana passada.

Aposto que Bianca gosta de rosas de estufa, não de flores silvestres.

Deixando as ervas daninhas de lado, fiz uma careta e afastei Bianca da
minha mente. Concentrei-me em imaginar Gizelly ali ao meu lado, em todas as coisas familiares que eu amava e sentia falta relacionadas a ela até que meu coração doeu.

— Estou passando por um momento difícil. Agosto é sempre difícil para
mim.

Se eu fechasse os olhos, poderia ouvir sua voz e sempre soube o que ela
diria.

Você está dormindo bem?

— Não muito.

E os remédios?

— Eu não estou tomando.

Ficaria exasperada.
Rafa.Você tem que tomar! Eles estavam ajudando! Você estava, finalmente, conseguindo dormir uma noite inteira com eles.

— Foda-se dormir.

Você veio aqui para discutir comigo? Nós já falamos sobre isso mil vezes.

— É minha culpa. Tudo é culpa minha.

Você não estava dirigindo o veículo que me atingiu.

Eu fechei os olhos e a vi caminhando pela estrada, faróis partindo na
direção dela na escuridão. Senti a culpa me tomar com a força de cinco mil quilos de metal e vidro.

Você não estava dirigindo o veículo que me atingiu, Rafaella.

Eu balancei a cabeça, com lágrimas nos olhos. — Não importa quantas vezes você diga isso. Sou a culpada.

Por que você pensa isso?

Na minha mente, outro carro passou pela escuridão  em minha direção
desta vez.

— Você sabe porquê. Você é a única que sabe o porquê.

Pare com isso.

— Assim como ele fez, farei com ele.

Depois Que Caímos #Rabia G!PWhere stories live. Discover now