Capítulo 16

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Haenim, Reino da Luz. Arredores de Kodaeshi, Clã Arcano, 30-11-980.

Após dois dias de caminhada, finalmente cercaram o castelo dos anciãos. Era noite.

"Após isso, vamos comemorar como sempre?" Ryo Su sugeriu animada quando se colocaram em posição.

Os grupos ficaram divididos nas linhas de frente, comandadas por causa um dos generais, retaguarda, comandada por estrategistas e arqueiros, e o suporte.

Ao sul, Ryo Su seguiria com Seon Mi e um batalhão de quarenta soldados. Jo Han e Ik Tae pelo norte, também seguido de quarenta soldados. Hyun Seung e Woo Suk iria pelo oeste, com sessenta soldados, cercando as três direções do palácio por fora de Kodaeshi.

Seguiam com calma e cautela, sendo observados pelos celestiais na retaguarda quando, de súbito, ouviram galhos das folhas, que já cresciam verdes, se mexerem naquela noite silenciosa.

Um grito.

Um estava morto.

Ryo Su sobressaltou, sem perder a postura, olhou para Hyun Seung e rapidamente o batalhão de dividiu. Assim como todos os outros ataques, caíram numa armadilha.

Brados e o farfalhar de espadas se sucederam e mais dois corpos caíram mortos. A noite silenciosa começou a ser tomada pelos sons e faíscas dos metais colidindo.

Jo Han seguiu bravamente junto a Ik Tae, avançando em meio aos numerosos soldados que saiam aos montes do breu da floresta.

Era uma luta sem fim. Os números dos Vulpinos pressionavam os Imperiais que, mesmo combatendo cada um com eficiência, os imobilizando, ainda estavam sendo cercados.

Já fazia cerca de uma hora de combate quando Ryo Su viu uma abertura para atacar o castelo. Acompanhada de quinze soldados de linha de frente e sete atiradores, acenou para Hyun Seung em concordância, logo insinuando o caminho, e seguiu após a confirmação dele.

A floresta parecia mais escura quando se aproximava do castelo. Estranho, já que a cidade era iluminada.

Ryo Su seguia com cautela estranhando a falta de ataques no decorrer no caminho. Esgueirou-se do último galho antes de ter o vislumbre do alto muro que cercava o local, vendo as luzes tremeluzirem dentro dos cômodos. Mas Ryo Su se sentia incomodada.

Pé ante pé, seguiu até que encostasse no cercado, ainda suspeitando, mantendo seus sentidos mais aguçados que nunca, quando ouviu um estranho som e uma flecha voou na direção da guerreira, que prontamente defendeu-a com sua espada.

Todos em guarda quando a força vulpina deu emergiu do muro, apontando-lhes as flechas, Ryo Su pôs suas majestosas asas manchadas de vermelho e se abaixou, sendo seguida de pronto.

Mais uma flecha voou, mas vinda das florestas. Ryo Su conhecia aquela linda magia de cristais e sorriu.

"A pontaria dele é realmente algo." Pensou ao brandir a espada e saltar nas tropas que se esgueiraram pelos flancos do castelo.

Eram mais de cem.

Sem precisar do comando da general, seus quinze soldados prontamente se puseram ao ataque, indo de frente aos inimigos enquanto Ryo Su dispersava todas as flechas com suas chamas, brandindo o gládio e saltando entre um grupo inimigo.

A celestial explodiu em chamas antes que os Vulpinos fizessem qualquer movimento. O crepitar da labareda e a lamuria dos soldados arrulhavam a noite como um cântico demoníaco.

Como um puma furioso, Ryo Su corria entre os soldados e brandia sua lâmina, incapacitando os soldados pouco a pouco até que o último caísse ao chão.

Kingdom Of Light 2: Contos Dos EscolhidosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora