Capítulo 8

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- Droga. - Resmundo baixinho.

Me sento na beirada da calçada, e então tiro os sapatos dos meus pés para aliviar um pouco do ardor dos calos que se formaram em meu calcanhar.

Algumas pessoas que andam pela rua me olham com curiosidade, mas não estou me importando com nada a não ser o fato de aliviar minha dor.

Já estou caminhando há algum tempo, e para falar a verdade não sei o que irei fazer agora.

Pensei em pedir ajuda da Nina apenas por hoje, mas eu não quero ser um incômodo para ela, por isso estou andando em círculos.

Também não quero que ela me veja com o rosto machucado, e como eu sei que ela fará milhões de perguntas terei que responder todas.

Nina acabará se sentindo culpada sendo que ela não tem culpa alguma das maldades do meu pai.

Tomei remédio para dor, mas como meu rosto começa a doer novamente percebo que o efeito do remédio está acabando. 

Sinto que meu rosto está cada vez mais inchado, por isso eu me levanto para procurar por algum hotel antes que fique feio demais, e as pessoas começam a fazer perguntas.

Calço meus sapatos novamente, e então coloco a alça da bolsa sobre meu ombro, em seguida recomeço a minha caminhada.

Meu pai me expulsou de casa sem pena alguma, mas se tratando dele eu não deveria ficar surpresa.

Arrumei todos meus pertences, e quando estava saindo de casa ele disse que tudo o que eu possuo foi ele quem me deu, e então pegou minha mala e me expulsou apenas com minha roupa do corpo.

Fiquei incrédula, mas ao mesmo tempo extremamente aliviada. Tudo o que eu possuo agora foi comprado com meu próprio dinheiro, porque faz muitos anos que ele não me dá nada, mas como eu quero recomeçar a minha vida longe dele, nem me importei com o fato de ter sido mandada embora sem nada.

Irei trabalhar com ainda mais força de vontade, e conquistarei tudo o que eu quero leve o tempo que precisar.

Se Jacob pensou que sua atitude faria eu ser a cachorrinha obediente novamente, ele se enganou profundamente.

Agora que estou livre das suas amarras e posso fazer o que eu quero, sem me preocupar com sua aprovação ou não.

- Merda.

Paro um pouco quando meus pés começam a doer novamente, e então eu faço o que estava adiando há algum tempo.

Tiro meus sapatos e então começo a caminhar novamente, e dessa vez aliviada por não estar esmagando meus pés.

Hoje não foi meu dia de sorte, porque desde a hora que sai de casa não passou um táxi por mim, e quando peguei meu celular para ligar para um uber, meu celular havia acabado a bateria.

Para piorar ainda mais a minha situação, acabo me assustando com um jato de água quando um carro passa correndo por mim.

- Desgraçado! - Grito.

No segundo seguinte jogo meus sapatos no carro, e dessa vez a sorte está ao meu lado, porque eu o acerto por incrível que pareça.

O carro para rapidamente, e então à porta é aberta é um homem pula para fora. A rua está um pouco escura então não dá para ver direito o desconhecido, mas quando ele começa a caminhar em minha direção começo a ficar com medo.

Ele errou ao jogar água em mim, mas esse homem pode ser um louco e queira me punir por acertar os sapatos em seu carro novo.

Quando ele chega mais perto meu coração salta no peito de nervoso, mas ao mesmo tempo fico aliviada por ser Heitor.

Um Criminoso Irresistível (Livro 9)Where stories live. Discover now