Prólogo

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  Carnaval de 2013 – Salvador, Bahia.

O barulho ensurdecedor do trio elétrico que passa bem à frente do camarote onde estou me impede de continuar conversando com uma loira gostosa que está bem ao meu lado. Durante um bom tempo essa garota me come com os olhos, quase não desgrudando seu olhar faminto de cadela, de cima de mim. Porra, precisa ser tão gostosa? Minha ereção não está ajudando ficando dura e aparente. Hoje vou terminar a noite com ela enfiada em alguma boceta desconhecida, isso se não houver imprevistos, mas tenho certeza que não haverá.

Tomo certa distância da garota e vou até o bar pegar outra bebida. Algumas pessoas me reconhecem e cumprimentam-me de maneira calorosa, e as mulheres – mesmo as acompanhadas –, insistem em me abraçar e apertar meus bíceps que estão à mostra por causa do abada que estou vestindo. Fiquei famoso desde que recebi minha herança e me tornei um dos mais jovens e milionários empresários no ramo de vinhos e ainda tenho outras empresas, como é o caso da "Donovan's Tecidos" que é uma das maiores, se não a maior do país.

Acho que estou por cima da carne seca desta vez. A loira que estava conversando comigo se aproxima mais uma vez e dá uma pegadinha de leve na minha bunda, toda se querendo!

— Então gato, o que vai ser? — esfrega as mãos em meu peito.

— O que você quiser minha linda — seguro seu queixo e dou um beijo no canto de sua boca que mais parece uma maçã madura de tão vermelho que está o seu batom.

— Você está hospedado em que hotel?

— No melhor da cidade. Você vai adorar a suíte presidencial que estou hospedado — digo em seu ouvido.

— Nossa! Suíte presidencial! — diz toda animada.

Bem, como eu previa, essa daí é só mais uma na minha lista das vaginas rotativas. Hoje vai ser ela, amanhã será outra e assim por diante. Comigo é desse jeito, eu como e depois descarto. Elas só servem para isso mesmo, serem comidas e tratadas com carinho só na cama. Depois de saciado não me interessam mais. Por isso não me apego e nem faço esforço em querer algo sério. Da última vez que tive um romance que achei estável e duradouro, levei um chifre que me deixou revoltado com toda essa merda de paixão e amor eterno. Não acredito que alguém possa amar sem interesse ou algo do tipo. Se for dinheiro e um pouco de fama que elas querem quando estão ao meu lado, darei com o maior prazer; só não irei prometer fidelidade muito menos jurar amor eterno a ninguém.

Depois de uma transa qualquer, sempre fica um vazio, tenho que admitir, mas mesmo assim não estou fadado a ter compromisso sério com mulher alguma, mesmo que seja a perfeita e a que vai roubar meu coração. Minha mãe sempre diz que a garota certa para mim vai roubar meu coração e eu sempre respondo que se ela roubar alguma coisa vai se arrepender disso. Coisa doida.

— Vamos sair daqui e ir logo. Quero sentir tudo isso dentro de mim — aperta meu pau por cima da bermuda e eu gemo ao toque.

Safada!

— Está bem apressada e eu não tenho pressa. Quero ver o resto dos shows deste fim de noite e depois iremos para qualquer lugar onde eu possa te dar o que quiser — passo os lábios entreabertos em seu pescoço.

Quando o último trio elétrico passou e deixou toda galera excitada por mais carnaval, decido que é hora de levar a loira gostosa para a cama. Estou tão enervado de tesão quanto ela. Pego as chaves do carro que aluguei e desço o elevador do camarote do Hotel Monte Pascoal. No estacionamento, jogo a loira gostosa contra a lateral do carro, agarro seus cabelos quimicamente tratados lhe dando um puxão de leve, e seu pescoço torneado e lindo fica amostra para o meu deleite. Com os lábios entreabertos, toco cada pedaço daquela maravilha feminina que está respirando ofegante e excitada. Seus olhos estão fechados e sinto suas pernas fraquejarem.

Meu Tipo de Amor (DEGUSTAÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora