One - Mihyun

six

Mina's pov

Hoje foi um ótimo dia

Eu fiz videochamada com meus pais pela manhã e fui cozinhar, foi muito engraçado minha mãe me dando bronca por ter colocado sal demais na comida. Foi tão bom, eu sinto tanta falta deles.

Sempre tive uma ótima relação com os meus pais, nunca tive medo ou receio de falar sobre tudo que acontece comigo para eles. Inclusive falei a eles sobre Dahyun, eles me aconselharam e disseram que independente de quem eu gostasse eles iriam estar ao meu lado me apoiando.

Me veio na cabeça que com Dahyun é completamente diferente, ela não pode tomar as decisões por si mesma pois mesmo ela sendo adulta os pais dela querem a dominar o tempo todo, realmente me sinto triste por ela.

Só queria poder cuidar dela.

Olhei no relógio e era 16:55, pensando nela saí de casa para passear um pouco, eu sentia falta dela então fui até o bosque onde nos encontramos pela primeira vez. Quando cheguei lá avistei Dahyun, ela aparentava estar chorando.

- Dahyun? Por que você está chorando?

- Mina? O que você tá fazendo aqui á essa hora?

- Imaginei que você estaria aqui. - Fui até ela e me sentei ao seu lado. - Me conte o que aconteceu.

- Lembra que no dia em que nos conhecemos eu falei que meus pais queriam arrumar um namorado para mim de qualquer jeito?

- Lembro sim.

- Nesse sábado eles me apresentaram para um rapaz chamado Eunwoo e para os pais dele também, então aí eu já imaginei que era ele o meu possível pretendente.

- Ah, e o que você achou dele?

- No começo eu não gostei muito dele, mas hoje meus pais chamaram ele e os pais dele para almoçar lá em casa, e nós conversamos ele é muito legal e muito bonito também.

- Você gosta dele?

- Não sei, eu gosto dele mas como amigo, não teria como eu já estar apaixonada eu conheço ele há 1 dia apenas. - Se bem que eu comecei a sentir coisas pela Dahyun no primeiro dia em que eu a vi.

- Mas por qual razão você está chorando?

- Eu queria que meus pais não fossem tão controladores, eu não posso nem respirar direito parece até que a qualquer momento eu vou quebrar, queria pelo menos por um dia ser livre e fazer tudo o que eu quiser, eu tenho 20 anos já sou adulta mas eles me tratam como se eu ainda fosse criança eles realmente não me levam a sério. - Ela deitou sua cabeça no meu ombro.

- Eu sinto muito. - Ficamos em silêncio por alguns minutos até que eu me levantei. - Vou te levar a um lugar que tenho certeza que você vai amar.

- Onde?

- Não se preocupe com o lugar, você confia em mim? - Eu estendi minha mão para ela.

- Confio. - Ela pegou a minha em minha mão.

Segurando na mão dela caminhamos por alguns minutos até chegarmos no lugar onde eu queria levá-la a praia, nos sentamos em uma grande pedra que havia ali e apenas ficamos em silêncio observando o mar e o pôr do sol.

- A praia é um lugar que eu sempre gostei pois aqui eu me sinto bem, me sinto em paz, quando estou aqui sinto como se meus problemas fossem embora, e esse pôr do sol também.

- Alguma coisa aconteceu para você gostar tanto da praia?

- Na verdade eu não sei, talvez tenha acontecido alguma coisa que me fez ficar muito feliz na minha vida passada.

- Você acredita em reencarnação?

- Há várias coisas em que eu acredito. - E depois ficamos em silêncio novamente, até que o celular de Dahyun tocou provavelmente era o pai ou a mãe dela, ela foi pegar o celular mas eu a impedi de abrir a bolsa colocando minha mão sobre a dela.

- Ei por que você não aproveita que a gente tá longe e esquece do resto do mundo? Curte esse momento, bom, se você quiser é claro. - Retirei minha mão de cima da mão dela, provavelmente ela já queria ir para casa e eu estava querendo a impedir, me surpreendi quando ela colocou sua mão sobre a minha e me olhou.

- Eu aprendo muito com você sabia? Você chegou e coloriu o meu mundo preto e branco, eu não sei o que seria da minha vida sem você.

- Eu também aprendo muito com você Dahyun.

- Sabe, quando eu te vi pela primeira vez confesso que fiquei muito assustada, e nos primeiros momentos para mim você era uma chata e invasiva. - Ela falou enquanto ria, o sorriso dela era tão lindo.

- E quem eu sou pra você agora?

- Agora você é só a Mina. - Eu coloquei minha mão sobre o seu rosto e comecei a acariciá-la, fiquei surpresa quando ela colocou a mão em meu rosto e fez a mesma coisa, ela estava correspondendo as minhas carícias.

- Eu olho pra você e sei o que você sente.

- E o que eu estou sentindo?

- O mesmo que eu.

Nossos sentimentos estavam á flor da pele enquanto nos aproximávamos cada vez mais, até que nossos lábios se tocaram. Começamos a nos beijar calmamente sem pressa e sem língua, estávamos conseguindo expressar tudo o que sentíamos naquele momento, ficamos nos beijando por minutos.

Dahyun's pov

Eu estava completando fora de si, os lábios de Mina eram mácios, a sua boca ia no mesmo ritmo que a minha. Por um momento mais uma vez Mina conseguiu me fazer esquecer de tudo, quando separamos o beijo nos olhamos.

- Eu tô confusa, estou com medo de estar confundindo as coisas.

- Como assim confundindo as coisas?

- Não sei o que está acontecendo comigo.

- Você não gostou do beijo?

- Não é isso, eu preciso de um tempo para poder processar tudo isso que está acontecendo porque eu não sei o que estou sentindo, minha cabeça está prestes a explodir

- Tudo bem, se precisa de um tempo para pensar eu vou te respeitar.

- Muito obrigada mas agora eu tenho que ir, já está anoitecendo e meus pais devem estar preocupados.

- Quer que eu te leve pelo menos até o bosque?

- Não precisa, vai descansar está bem? - Ela mexeu a cabeça positivamente e me ajudou a levantar, eu fui até a minha casa caminhando enquanto pensava em Mina e no beijo que havíamos acabado de dar.

- Onde estava e por que não atendeu quando sua mãe te ligou Kim Dahyun? - Quando abri a porta meus pais estavam sentados na sala sentados no sofá me esperando.

- Desculpa, eu estava tão distraída que não percebi o celular tocar.

- Da próxima fique mais atenta, estávamos preocupados. - Minha mãe falou.

- Está bem prometo que irei ficar mais atenta, agora vou pro meu quarto tomar um banho e ir deitar, estou exausta.

- Não vai querer jantar? Você não tem se alimentado direito. - Meu pai falou com um tom preocupado.

- Eu não estou com fome não se preocupem, só estou cansada e com sono.

Fui até o quarto tomei um breve banho e deitei na cama, fiquei pensando em Mina e sorrindo toda boba.

Acho que realmente estou apaixonada pela Mina.