Prólogo

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Gente, esqueci de postar ontem! Socorro!!!! 

Vou postar dois agora, não me matem hahahahahha

Só lembrando que a história é leve, comédia romântica, não tem nada a ver com Fúria. 

Espero que gostem ♥ 

Amo vocês ♥ 

Votem e comentem, meu povo! 

♥♥

"Sofri um acidente de amor,

nem morri, eu só quebrei a cara!"

(Israel Novaes)

Esdras

Termino de fechar a lanchonete, amanhã venho mais cedo para limpar, hoje estou sem condições. Os funcionários saíram há mais de uma hora, eu precisava ficar para repassar os pedidos aos distribuidores. Agora, destruído de tão cansado, estou doido por um banho quente, daqueles de arrancar o couro.

Dizem que o país só começa a funcionar após o Carnaval, para mim o primeiro dia oficial do ano é dois de janeiro. O povo volta ao trabalho, com a rotina se estabelecendo, o comércio a todo vapor. Não vou reclamar, pois quem é empreendedor gosta de movimento, o que significa lucros.

Guardo as chaves no bolso do jeans e caminho até a picape que fica estacionada em frente à Dekker's.

— Boa noite, Es. — Olho para o outro lado da rua, onde encontro Cecilia, a dona da revistaria e uma das melhores amigas da minha avó.

— Noite, Ceci. — Sorrio para ela, que abana seu leque indispensável.

Essas senhoras da cidade são muito desinibidas. Ella diz que são todas safadas, não posso discordar. Falando nela, preciso me arrumar e zarpar até a sua casa. Estou ansioso para descobrir se minha meisje leu o bilhete. Ella trabalha comigo na lanchonete, mas pegou dez dias de férias para organizar sua formatura. Não a vejo desde ontem à noite quando tentei acalmá-la por causa de uma crise de ansiedade; vê-la chorando é algo que me tira dos trilhos. Gosto do seu sorriso doce, das suas piadas espertas, do bico emburrado. Não acho difícil admitir que sou completamente apaixonado pela garota que cresceu ao meu lado.

Destravo a porta da picape e me acomodo no assento, ligo o motor para deixá-lo aquecer alguns minutos, assim não fica falhando. Meu celular vibra no painel; como não parei hoje, acabei esquecendo do coitado aqui dentro, não sei como funciona ainda depois de horas no sol. Tem seis ligações perdidas do meu avô, fico instantaneamente tenso. Tento retornar, vai direto para a caixa postal. Diacho! Não deve ser nada ruim, do contrário já teria chegado aos meus ouvidos.

Puxo a barra de notificações, há mensagem de Ella ali. Clico em cima com o coração disparado, querendo saber sua reposta para a minha pergunta que pendurei na árvore de Natal e que lhe foi entregue na virada do ano. Tradição da dona Ane, avó dela. Contudo, o que leio não chega nem perto do que esperava. Não tive sequer tempo de amortecer a queda, foi em cheio mesmo.

Permaneço parado feito tonto, com o peito apertado e uma decepção enorme sobre os ombros. Fui tapeado da pior forma: um relacionamento de anos encerrado por mensagem, com uma desculpa fajuta e um adeus indiferente.

— Não pode ser, Ella não faria isso comigo — murmuro perdido.

Esfrego o rosto nervoso, respiro fundo, nada diminui minha agitação. Então, sem ter escapatória, releio sem parar o texto, até acreditar que é real. Inconformado acabo por criar várias teorias para o épico pé na bunda, uma mais dolorida que a outra. Não penso na possibilidade de elas serem quebradas num futuro nem tão longe, onde Perlla possa retornar munida das suas verdades mirabolantes.

Não cogito nenhuma hipótese, além a de que fui abandonado pela única mulher que amei.

♥♥

Amoras, a palavra meisje significa menina ou garota em holandês. 


Minhas teorias, suas verdades (DEGUSTAÇÃO)Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon