Capítulo 12

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Como raio Gustavo sabe que existe essa cidade? – Pensei – Mas talvez deva ser porque ele e Welder se conhecem.

Eu não podia surtar, então simplesmente o abracei. Ele e o cara que estava com ele. Mas aí gerou a maior confusão. Welder apareceu. Ele quase pegou no cara que andava com Gustavo, mas eu tive de mostrar para ele quem ele era, para que ele se recordasse e não fizesse nenhuma besteira.

Welder estava se acalmando convidou Gustavo e seu amigo para se sentar com a gente. Disse que eu era a propriedade dele e que ninguém me podia roubar dele e que pediu desculpas por não ter sido mais pacífico. Gustavo entendeu e nós começamos a beber. Eu estava ficando com a bexiga apertada e tive de ir ao banheiro. O banheiro estava vazio e eu era a única, eu estava me olhando para o espelho e lavando o rosto e me perguntando porque raio o Gustavo e Welder se conhecem. Não sabem eles que fica difícil para mim co-existir no meio deles?

Enquanto eu lavava o rosto, duas raparigas estavam na porta dando passos para entrar e eu entrei em um dos cubículos para pegar papel higiénico, já que tinha terminado os guardanapos para limpar as mãos. Não estava prestando atenção a conversa delas até ouvir o nome 'Welder'. Elas falavam que ele era bom demais para a namorada dele e que não ia tardar que ele voltaria para Alik, já que ela era a 'tal' da vida dele. Eu quis sair do banheiro para fomentar o assunto delas, mas algo em mim disse que eu não devia fazer tal coisa, então eu sequei as mãos e saí do banheiro sem que elas notassem que eu era a namorada de Welder. E fiquei me perguntando:  Porquê que eu tenho de ouvir sempre coisas do Welder no banheiro?

Quando voltei Gustavo já não estava, perguntei para Welder e ele simplesmente me respondeu – Nossas férias não são sobre ele. Ou são? – Fiquei aborrecida, revirei meus olhos e quis pegar a minha bolsa que se encontrava ao lado dele, mas ele puxou-me e prendeu-me no seu colo, do qual eu sabia que não teria escapatória.

Era 1 hora da manhã praticamente e eu estava falando por mensagem com Malia. Welder estava bebendo shots com Eneyr, e Ezak estava em um lugar em que eu não tinha ideia nenhuma. Malia estava me dizendo que as férias estavam sendo demais, em meu coração eu quis estar ao lado da minha família, mas do outro, eu só quis que as coisas com Welder ficassem bem e que pudéssemos resolver encontrar o fio do nosso relacionamento e começar a tricotar a partir daí sem parar. Welder me viu focada no telefone e veio pegar ele.

- Welder! – Gritei.

- Estamos de férias, precisamos dançar e nos divertir e não é isso que estás a fazer.

- Eu não danço muito bem! E você sabe.

- Vem! E eu te ensino a forma mais fácil.

Welder me ajudou a levantar e me levou para o meio das pessoas que estavam dançando e ficou me dando beijinhos no pescoço e eu agarrava ele enquanto todos se mexiam demasiado, mas como tudo que é bom dura pouco ou para vir o pior ou melhor, naquele dia o universo disse que seria o melhor a vir, tocou a música de Black Eyed Peas – I got a feeling – e nós começamos a pular junto com as pessoas da festa e eu me senti livre, me senti um pouco menos alterada, um pouco menos não-descontrolada. E aí ele grita - Hira Wild Edar. - Eu sorrio e beijo ele.

***

Saímos da festa e fomos a um lugar em que se parecia com o campo de corridas em que a gente vai na minha cidade. Ezak e Welder pegaram foguetes do carro e começaram a acender eles e mandá-los aos céus. No primeiro, eu tapei meus ouvidos e quis participar. E no segundo e nos posteriores, eu e Welder gritávamos correndo, enquanto Eneyr e Ezak olhavam para nós.

Choques da tempestade.Where stories live. Discover now