"Ontem tomei chuva, e de certa forma, ela me tomou.
Me dissolveu em seus lábios molhados e eu nada pude fazer, além de me deixar ser consumido.
Encaro o desespero alheio com certa soberba, é como se só eu e ela soubéssemos um segredo.
Não adianta correr quando você pode dissolver tão facilmente na boca da chuva.
Caminhava sereno, como se não tocasse meu corpo.
Já estava entregue.
Me rendi muito antes dos primeiros pingos d'água começarem a cair. "
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Delírios De Uma Mente Lúcida
PoetryA mente exausta; O corpo exausto; A alma, em carne viva. Coletânea de poemas necessários para minha respiração mental.