Capítulo 42.

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— Miguel e Azul venham aqui agora! — Gritei. Demora alguns minutos para os dois aparecem com cara de culpados. — O que vocês estão pensando? Pode limpar esse quintal, tem terra e folha para todos os lados!

— Estavamos plantando algumas flores para você! O Azul estava cavando e eu plantando. — Miguel explicou. — O que acha?

— Que as flores estão lindas. — Digo e ele me sorrir. — Mas o almoço em família é daqui a pouco. — o sorriso no rosto do Miguel se desfaz e dar lugar a uma expressão de espanto que me faz rir.

— Amo esse sorriso! — Miguel se derrete todo. — Vem Azul, vamos deixar esse quintal lindo ou a mamãe vai nos por de castigo. — Ele corre e como um filho obediente o Azul corre atrás dele.

Vou até a cozinha arrumar a mesa e pouco tempo depois Miguel e Azul aparecem cobertos de terra.

— O que aconteceu?

— O quintal está limpo! — Miguel disse convicto.

— Para o banho, os dois!

Os apressei. E voltei a me concentrar na cozinha, os legumes e saladas prontos e temperados. Coloquei tudo sobre a mesa e lavei a louça.

— Agora sim, limpos e arrumados! — Disse ao Miguel que estava entrando na cozinha seguido pelo Azul.

— Sei que me ama de qualquer jeito, né Azul? — Miguel me abraça. — Anne, aonde está a comida de verdade?

— Como assim?

— Aqui só tem salada e legumes. Se está começando algum tipo de dieta tudo bem, apesar de eu achar que não precisa. Mas vai ter de fazer sozinha! Preciso de comida de verdade! — Começo a rir de suas explicações. — Anne!

— Calma, eu vou explicar. É que você não para de falar e começo a rir. — Respiro fundo. — Combinamos de cada um fazer uma coisa. O restante vai chegar junto com a família.

— Entendi. Mas você sabe que está cozinhando bem não sabe?

— Diz isso porque me ama! — Sorrimos. — Eu faço comida aos pouquinhos, nunca todo mundo de uma vez. Sempre que tem almoço em família cada um faz um prato. Eu prefiro não arriscar, vai que eu deixo tudo queimar?

— Sabe que não teria problemas não é? — Miguel me encara. — A família te ama. A minha ama mais você do que eu! — Rimos.

Acho fofo esse ciúmes dele com a própria família.

— Tudo bem, se prefere assim. — Miguel me beija a bochecha. — Precisa de ajuda com alguma coisa?

— Apenas que durante o almoço você lembre de fechar o portaozinho para o jardim. Minha vó vai trazer o Gigante e não quero pensar no estrago que podem fazer lá sozinhos. Depois do almoço abrimos e eles ficam livres.

— Sim senhora. — Miguel faz continência. — Comprou almoço para eles também?

— Sim. — Rimos. — Mas tive que comprar de novo. Quando entrei com a comida em casa Azul ficou super feliz e quando eu fui guardar ele fez uma cara tão triste que dei para ele comer. — Miguel rir dos meus argumentos. — Pelo menos eu sei que é bom, ele comeu tudo.

— Eu atendo! — Miguel disse quando ouvimos o som da campainha e foi de encontro a porta. Quando voltou estava carregando algumas bolsas.

— Anne, cadê o Azul? Gigante veio visitar o amigo. — Minha vó diz com o cachorro ao seu lado. É quase um guarda costas.

— Ele deve estar lá na casinha dele, leva o gigante lá.

— Vou por o refrigerante na geladeira. — Helena diz.

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