Capítulo 5: Noah.

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Todo mundo estava apaixonado pelos seus presentes e eu me perguntava como nos conhecíamos tanto em tão pouco tempo. Não senti dificuldade nenhuma em comprar os presentes e eles aparentemente não sentiram também comigo.

- Cachinhos de ouro – Sadie apareceu atrás de mim segurando feliz da vida seus presentes, logo vi os bonecos que Isabela lhe deu. Peguei uma caixa vermelha e lhe entreguei. Ao abri-la, vi seus olhos arregalarem assustados. Fiquei pálido de nervoso. Merda, toda a teoria de que nos conhecíamos tinha ido por água abaixo. A morena mordeu rapidamente o lábio superior, deu um sorriso tímido, tapou a mão com a boca e me encarou. Então vi que não estava errado, realmente nos conhecíamos. – É lindo... – Estava boquiaberta ao ver o pingente de asas de anjo para sua pulseira. – Você ainda lembra?!

- Não tem como esquecer. – Respondi olhando para o chão e a morena sorriu para si do meu comentário.

- Este é o seu presente. - A garota me entregou um envelope azul. 

Não pude deixar de rir quando vi que era um livro de Cachinhos de Ouro, mas assim que abri vi que não se tratava da estória original, essa era a história do campeonato de natação que teve no colégio. Também tinha algumas partes extras de nós seis. O livro de umas trinta páginas fora escrito por Sadie e as ilustrações feitas por Arthur. No final do livro, tinha uma medalha de ouro.
Fiquei muito emocionado. Abraçamos-nos com força por um longo tempo. Ela era muito pequena, sempre tinha a sensação de que ia se quebrar, porém, me acostumava com isso pouco a pouco.

- Obrigado – Disse sincero.

Depois fui até Arthur que conversava animadamente com Lílian. Comentavam um com o outro o quanto estavam ansiosos para estrearem seus presentes. Ao me ver com o livro, o ruivo soltou uma gargalhada.

- Ficou incrível, não é?! - Falou depois que agradeci. Arthur era bizarramente talentoso, e isso ficava cada dia mais claro em nossas mentes. Ele e sua mãe eram os melhores artistas que já conheci. 

Inoportuna pulou entre a gente e começou a correr pela sala, isso era o que fazia quando queria deitar. Cada um pegou seus presentes e subiu para o quarto de Sadie, que por mais que tivesse quartos de hóspedes e que fosse muito mais confortável, nós acabávamos dormindo em sua cama e com Inoportuna sendo expulsa no meio da noite.

O filme sempre perdia para o nosso cansaço.

No dia seguinte acordamos com o primo de Jake, mordomo e amigo de Sadie, Maicon, entrando na casa. Ele que nos levaria para o colégio hoje.

Porque sim, estávamos de férias, mas sim, iríamos ao colégio.

Nós tentamos ir à nossa ação social, mas o diretor não nos permitiu entrar porque disse que já tínhamos feito muita coisa. Porém, ao ver nossas caras de decepção ao sermos barrados, ele permitiu que fôssemos nesta em que o colégio só cedia o espaço para uma ONG.

Assim que nos cadastramos como voluntários e fomos ajudar. Essa organização ajudava crianças e adolescentes que sofriam de abandono psicológico ou maus tratos no geral, também que poderiam possuir problemas com drogas ou morar com dependentes químicos, também ajudava famílias que viviam em área de risco.

Quando cheguei, primeiro ajudei na preparação do lanche, depois na organização dos presentes. O pessoal estava em outras áreas, como recepcionando as famílias ou brincando com as crianças.

Era muito bom fazer esse tipo de trabalho, era maravilhoso ver o sorriso nos rostos das crianças. Ao sair da cozinha dei de cara com Isabela batendo altos papos com várias adolescentes. Ela as ensinava como se maquiar e a como cuidar da pele de maneira que fosse acessível.

Festas em Seis.Where stories live. Discover now