Capítulo 5 - A Ordem Mágica dos Românticos

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Nora emergiu do lago pela segunda vez, agora completamente encharcada e cansada. O sol brilhava alto no céu, e o canto dos pássaros preenchia o ar. Era um dia radiante, mas seu coração estava pesado, pois não tinha ideia de como encontrar seu caminho de volta para casa.

Sentou-se na margem do lago, abraçando os joelhos e deixando as lágrimas escorrerem. Sua mente estava cheia de perguntas sem respostas, e a sensação de estar perdida em um mundo desconhecido era avassaladora.

Nora decidiu que precisava de um plano para sair daquele lugar estranho. Lembrou-se do encontro com Gonçalves Dias, o membro da Ordem dos Românticos, e isso lhe deu um lampejo de esperança. Talvez ele pudesse ajudá-la a entender o que estava acontecendo e como retornar ao seu mundo.

Com determinação renovada, Nora se levantou e começou a seguir a mesma trilha que havia percorrido com Ari em seu estranho sonho. Ela estava determinada a encontrar Gonçalves Dias e obter respostas.

Enquanto isso, no mundo real, Ari estava em sua casa, desesperadamente tentando reativar o portal que o havia levado a Poema. Ele sabia que precisava encontrar uma maneira de trazer Nora de volta, e o celular parecia ser a chave para isso.

Ao mexer no celular, Ari notou algo estranho na tela. Uma rachadura na película de proteção formava um símbolo misterioso. Intrigado, ele começou a pesquisar na internet o significado desse símbolo, passando por várias páginas.

Uma delas o levou a um e-book que explicava o significado de várias figuras mágicas. Quando Ari reconheceu o símbolo em seu celular, ficou chocado. Era um símbolo associado à magia negra.

Sua curiosidade o levou a continuar a pesquisa, e ele encontrou um site na deep web que revelava que o símbolo fazia parte de uma sociedade liderada por alguém chamado Aleister Crowley, conhecido por suas práticas de magia e bruxaria.

Ari, perplexo com o que havia descoberto, decidiu entrar em contato com seu amigo Guit, que tinha conhecimentos sobre bruxaria. Ele precisava entender o que estava acontecendo e como se livrar dessa maldição.

Enquanto isso, em Poema, Nora seguia em busca de respostas e encontrou um jovem chamado Guilherme de Almeida, que estava ferido e desesperado. Ele explicou que havia sido atacado por uma bruxa e que precisava da ajuda do mago.

Nora se ofereceu para ajudá-lo a encontrar o mago, e juntos seguiram uma trilha em direção a Pasárgada, a capital de Poema. Lá, encontraram a casa do mago, que se chamava Luiz Vaz de Camões.

O mago, vestido de forma peculiar e com um colar de ouro, os recebeu e explicou que Guilherme havia recitado em voz alta um poema sagrado, o que havia atraído a atenção de uma sociedade secreta chamada Sociedade do Bem Comum, formada por magos românticos. Eles haviam enviado batedores atrás de Guilherme.

Gonçalves Dias, o mago, explicou que a Sociedade do Bem Comum era uma sociedade secreta que havia surgido durante o período do Romantismo no Brasil, com o objetivo de proteger o conhecimento mágico e preservar a ordem. Ele também revelou que Nora já o conhecia de encontros anteriores.

Enquanto conversavam, Guilherme adormeceu, e Nora ficou preocupada, pensando que algo terrível havia acontecido com ele. No entanto, o mago e sua esposa explicaram que ele estava apenas dormindo.

Nora ainda tinha muitas perguntas e anseios, mas pelo menos agora ela tinha encontrado alguém que parecia ter conhecimento sobre o mundo estranho de Poema. Ela esperava que Gonçalves Dias pudesse ajudá-la a entender seu propósito ali e como encontrar Ari e voltar para casa.

Assim, a jornada de Nora em Poema continuava, agora com a orientação do mago e a esperança de desvendar os mistérios desse mundo mágico e perigoso. Enquanto isso, no mundo real, Ari buscava respostas sobre a misteriosa maldição que o afligia, na esperança de encontrar uma maneira de resgatar sua amiga perdida.

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