XX - A New Denial

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Eu não quis responder sua pergunta verbalmente. Ele poderia simplesmente ser aquele Alpha controlado e equilibrado do qual sempre foi e querer parar com tudo ali mesmo. O caso era que eu não queria. Senti todo o meu corpo reagir ao dele por cima de mim, a lubrificação natural escorrendo por minha pele, o fogo consumindo minha derme e uma vontade inexplicável de tê-lo... Não, ele jamais poderia me negar aquilo... Por isso o agarrei de volta e o beijei.

Para a minha surpresa ele não se afastou e sim respondeu na mesma intensidade, apertando minha carne da cintura com a ponta de seus dedos de maneira forte, colando nossos corpos e fazendo as duas ereções se roçarem, me arrancando um gemido forte. Talvez ele não fosse negar pelo fato de saber que eu precisava me sentir amado por ele depois de tudo que passei, de tudo que descobri. Porém também havia o fator de que eu era seu Ômega predestinado, ele jamais esteve próximo de mim em tal situação, então ele não poderia resistir. Céus, como eu queria mesmo que ele não resistisse.

Me puxando pela cintura ele ergueu meu tronco e puxou-me para seu colo, onde entrelacei minhas pernas em volta de sua cintura no mesmo passo que ele explorava meu pescoço. Ah, como eu queria que ele me marcasse... Parecia ser o mais correto, o mais coerente, meu maior desejo.

Entrelacei os braços em volta do seu pescoço e senti sua mão trilhando um caminho tortuoso da minha cintura até minha entrada molhada, onde com um dos dedos ele acariciou me fazendo choramingar em seu colo. Ele brincava com movimentos de círculo, acariciava por vezes vagarosamente, por vezes rapidamente, mas era inevitável que eu não me sentisse completamente em êxtase naquela hora, deixando que minha garganta liberasse todos os gemidos guardados.

Então ele me penetrou com seu dedo de repente. Céus, aquilo só poderia ser a porta do paraíso. Meus dedos grudados em sua pele se fincaram marcando a derme bonita e provavelmente causando algum ardor, mas ele estava tão absorto em entrar e sair de mim com o dedo que sequer sentiu. Logo veio o segundo dedo e vi toda o resto de minha sanidade ir embora com seus toques.

- Você está pulsando, amor... - Ele sussurrou em meu ouvido com um timbre que eu jamais havia ouvido sair de sua garganta... Provocador - Me diz o que você quer.

- Eu quero você. - Choraminguei sentindo meu quadril remexendo-se no mesmo ritmo que seus dedos.

- E como me quer?

"Maldito provocadorzinho..."

Quero você dentro de mim. Agora. - Trinquei os dentes tentando conter a explosão dentro de mim.

E o maldito riu. Ele riu com aquela voz grave, baixinho em meu ouvido, minha resposta o agradando no mais alto nível. Eu não conhecia mesmo esse lado de Taehyung. Ele sempre foi gentil, doce, calmo e cuidadoso, mas agora ele parecia tão sedento quanto eu, disposto a me levar no mais difícil nível do querer, a me torturar com o prazer.

Me deitou novamente na cama, senti meu corpo quicando no colchão macio enquanto eu via o sorriso sacana em seus lábios. Que visão... Ele estava de joelhos em minha frente, a luz da lua refletindo no mosaico da janela e batendo em sua pele, os cabelos úmidos e levemente bagunçados. E para completar tudo e me deixar ainda mais fora de mim, os mesmos dedos que antes me penetravam deliciosamente agora iam para sua boca, fazendo-o provar de meu gosto.

- Você é doce, Jin. - Sussurrou sem desfazer aquele maldito sorriso do rosto.

Eu poderia xingar todos os palavrões de meu conhecimento naquela hora.

Devagar ele foi se inclinando até meu rosto, mas ao invés de agarrar meus lábios ferozmente enquanto estava perto, apenas deixou um selar rápido, riu mais uma vez e foi traçando um caminho que descia por meu pescoço, tronco, colo até chegar entre minhas pernas. Ele as separou com cuidado e instintivamente eu arqueei meu corpo, deixando-me ainda mais exposto para si. Podia sentir tanto o seu calor natural que estava emanando muito quanto o quente de sua respiração ali tão perto de minha entrada, mas o que me pegou desprevenido de verdade foi a textura molhada e quente de sua língua, explorando repentinamente, fazendo-me fechar os olhos tamanha era a intensidade.

A Brand New Day | TAEJINWhere stories live. Discover now