let's play the dream game.

NINE

10h02.

Renjun correu, correu como nunca antes. Óbvio que pediu desculpas para Yangyang antes de deixá-lo para trás, o garoto não tinha a mínima culpa de ter acabado no meio do confuso rolo entre os três garotos. Faria questão de se desculpar melhor depois, mas no momento suas preocupações eram outras. O intervalo acabaria em exatamente oito minutos e ele precisava achar Jaemin e Jeno antes disso, precisava pelo menos tentar ter uma chance de explicar as coisas e saber o que os dois estavam fazendo lá. Os três estão no mesmo ano, mas os outros dois estudam em uma sala diferente e Renjun sabia que não iria achá-los na hora de irem embora; óbvio que eles o evitariam. 

Mas não adiantou de nada correr o máximo que podia, não conseguiu achar o garotos e precisou voltar para a sua sala.

Já o Na e o Lee, que choravam abraçadinhos no terraço abandonado da escola, resolveram não assistir as últimas aulas. Mandaram mensagem no grupo que tinham com Donghyuck ー este que não era usado desde que criaram o grupo com todos ー pedindo para que o garoto passasse na sala deles e pegasse seus materiais no fim da aula. Eles não podiam sair mais cedo, então ficariam ali até que as últimas aulas acabassem. Nada podia acalmá-los a não ser eles mesmos, sempre foram o refúgio um do outro e dessa vez também não seria diferente.

[...]

Assim que o sinal tocou, Jaemin e Jeno já se encontravam do lado de fora dos portões da escola. Agradeceram Donghyuck por pegar suas mochilas e ainda correr igual um doido pela escola para entregá-las antes que o Huang o seguisse; não precisaram contar nada ao amigo para este saber a causa do estado deles, estava óbvio e ele teve mais certeza ainda quando viu ambos os dois com as mesmas caras e olhos vermelhos que Renjun estava durante a aula.

Se despediram de Haechan e seguiram seu rumo para a casa de Jaemin, era normal passarem bastante tempo na casa um do outro e ambos precisavam muito ficar juntos nesse momento.

Eles só não esperavam encontrar Huang Renjun na sentado no degrau da pequena escada na entrada da casa do Na, esperando-os com o rosto molhado em lágrimas.