A Lua que rege o enfermiço

Daishi, o primeiro filho.

Em uma lua de crescente nova, onde o crepúsculo obtêm uma coloração azulada e clara como o peso daqueles sentimentos alvoroçados naquela fatídica madrugada, um corpo se estendia naquele pequeno lago, o barulho dos grilos e do forte vento naquela breu escondia a verdadeira tragédia que iria ser esquecida como tantas outras naquela noite.

Não se sabe bem se foi a lua, não se sabe bem se foi o acaso, só sabemos que a verdade era que um homem, com fortes sentimentos de fúria e raiva de uma batalha aonde ele foi covardemente atacado, se mostrou a beira da morte naquele local de transmitia uma certa paz, porém um contraste enorme com o vermelho vinho e quase seco daquele sangue que fazia uma trilha até aquele pequeno lago de carpas.

Podia se cheirar aquela cena, uma mistura de sentimentos com sensações variadas, medo, raiva, inconformidade, porém, nada alí realmente era mais chamativo que a expressão daquele homem, segurando sua espada mesmo que quase inconsciente, entrei em dúvida, como salvaria alguém nesse estado no meio da madrugada? a única coisa que pude fazer, foi conversar com o céu, as estrelas e sua maior julgadora e guardiã, a lua.

Tive minha resposta depois de um tempo, as cores daquele pequeno lago, humilde e simples, começavam a mudar, a atmosfera se tornou suave, lentamente a pele daquele homem se tornava azul, como a lua que estava diante de mim daquela noite, e naquele momento, eu pude presenciar não o milagre, mas o nascimento do primeiro filho e spectrum da lua, o mínimo que eu poderia fazer era rezar, porém eu não sabia o nome daquele homem, então ouvi dizer que ''Daishi'' significava o nome do primeiro filho, e que, nomes novos poderiam ser dados em um batismo, então rezei como pude em seu novo nome arranjado às pressas, e assim, por um instante, vi aquele corpo quase morto, se levantar perante minha visão, e tomar a forma de algo extraordinariamente aterrorizador, belo, e misterioso, assim como a lua, e por um estranho motivo, fui cercada por borboleta brilhantes com o despertar daquele ser que estava a alguns instante atrás inanimado.