Ômega insolente! - Ele gritou enfurecido - Vou te mostrar como se portar na frente do seu Alpha!

- Você não é meu Alpha! - Gritei, no entanto ele pouco se importou, apenas me puxou com mais violência ainda, obrigando-me a ficar de pé para depois me arrastar.

Não adiantava nada eu me debater, por mais que eu usasse toda a força do meu corpo ele era mais forte e isso estava começando a me desesperar. O bolo se formando em minha garganta queria me fazer chorar de ódio, mas ainda sim segurei todas as lágrimas que eu poderia soltar. Nunca daria o gostinho a ele.

Senti meu corpo sendo jogado em um sofá e novamente minhas costas foram maltratadas por causa do impacto, no entanto eu mal tive tempo de reagir à dor, ele já estava em cima de mim outra vez, segurando meus pulsos juntos acima da cabeça com apenas uma das mãos. Com a outra ele abria a maldita calça, o desespero gritando dentro de mim por saber o que aquilo significava. Quanto mais eu tentava escapar, mais eu me machucava por baixo dele, era como estar preso de uma caixa, sem ar, sem ver a luz da saída.

Eu só queria que alguém aparecesse. Que alguém pudesse tirar aquele ser odioso de cima de mim, que o impedisse de me violar como ele queria, pois eu não merecia aquilo. Ninguém merecia. Nem o mais frio e asqueroso dos híbridos merecia ter seu corpo machucado e invadido assim como desculpa por sua conduta.

"Eu preciso sair daqui... Eu não quero, não posso deixar ele me humilhar desse jeito."

Num pensamento rápido consegui flexionar uma de minhas pernas, meu joelho indo de encontro com suas partes baixas num impacto forte que fez ele urrar e me soltar.

Era minha brecha.

Ao mesmo passo que Minho reclamava de dor e rosnava de ódio eu me esgueirei para longe dele, caindo de forma forte ao chão. Na queda acabei por machucar minha perna, mas não havia espaço para sentir dor naquela hora, tinha de me levantar, de ir embora, de fazer alguma coisa. Me salvar.

Mesmo com dor me impulsionei rapidamente e levantei, fitando a porta fechada. Estava há alguns passos dela, era só correr e sair, eu precisava. No entanto, antes que eu pudesse pensar em alcançá-la, senti meu braço sendo puxado outra vez e no lugar do tapa, um soco desferido em meu rosto.

O gosto de sangue era horrível... Ele invadia meu paladar, me deixava nauseado e mesclava-se com a tontura do golpe. Eu sentia como se fosse desmaiar... E se desmaiasse eu estaria perdido.

Toda a minha visão começou a ficar turva, confusa. Meus olhos estavam marejados e minha cabeça girava, mas algo estranho também começou a acontecer com todo meu corpo naquele momento. Um calor esquisito e repentino queimava minhas veias, fazia meu coração palpitar tão forte que eu era capaz de ouvir as batidas pesadas dentro do meu peito. Não fazia ideia do que era aquilo, mas algo dentro de mim acendeu, como uma raiva imensa que me consumia de forma rápida, selvagem.

Meu primeiro instinto foi rosnar alto, os dentes cerrando-se dentro da minha boca banhada em sangue. Meus olhos começaram a se focar novamente e eu podia ver Minho em minha frente, ainda segurando meu braço de forma bruta, mas vendo algo que provavelmente o deixou assustado.

Eu podia sentir todos os meus músculos contraídos, os da face, os dos braços, das pernas... Tudo. Eu podia comparar aquela sensação com uma enorme chama que me engolia, mas não havia fogo ali... Só minha raiva extrema.

Num movimento eu me desvencilhei dele, mas dessa vez não senti o ardor do machucado em minha pele... A queimação de dentro para fora era ainda maior, me cegava, me deixava completamente sem sentido algum.

- S-seus olhos... - Ele sussurrou atônito, mas eu não dei-lhe tempo para nada.

Meu rosnar foi mais alto ainda, pois naquela hora eu ouvi meu lobo rosnar junto comigo, em uníssono, como se fossemos apenas um de verdade.

A Brand New Day | TAEJINजहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें