1. Primeiros versos de uma canção.

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Wonwoo se perguntava, incessantemente, qual o motivo de estar ali

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Wonwoo se perguntava, incessantemente, qual o motivo de estar ali.

Nunca gostou de festas, não se dava bem em lugares pequenos com muita gente. Se sentia enjoado e sufocado, talvez tivesse claustrofobia, ou, simplesmente, não tivesse grande apreço pela interação social. Era difícil saber. Wonwoo sempre pensava demais, e esse era apenas um de seus milhares problemas.

Estava sentado em uma cadeira branca de plástico, aquelas que nunca podem faltar em uma festa, principalmente, numa festa de faculdade. Ele observava as pessoas ali, a maioria estava bêbada, pulando e gritando, se roçando umas nas outras, como se fossem um bando de animais; porém, havia uma pequena parte mais civilizada. Wonwoo esperava se aproximar dessas pessoas no decorrer do semestre.

Wonwoo acabara de se mudar para a cidade. Talvez fora esse o motivo de ter ido à uma calourada em pleno domingo. Ele não conhecia ninguém, então esperava que, indo à essa festa, pudesse, pelo menos, encontrar uma pessoa para se apoiar durante os primeiros dias naquele lugar desconhecido. Era uma cidade pequena e litorânea, Wonwoo morria de medo do mar, mas, infelizmente, a faculdade mais próxima de sua antiga cidade ficava ali, então não tinha muita escolha.

Fora acordado de seus devaneios quando um casal, ambos totalmente bêbados, caiu no chão à sua frente, aos beijos. Wonwoo suspirou alto e decidiu que sua noite estava encerrada, precisava mesmo voltar mais cedo para organizar seus materiais para aula de amanhã. Entretanto, enquanto tentava achar a saída, se esbarrou com tudo em alguém, fazendo com que o líquido do copo alheio derramasse em toda sua roupa.

— Que maravilha... — Wonwoo resmungou baixinho, observando sua camisa que agora estava molhada e tinha um cheiro doce de alguma bebida alcoólica.

— Me desculpe, mas quem estava apressado aqui era você. — O desconhecido rebateu. Wonwoo ergueu os olhos até ele e o analisou. A primeira coisa que percebeu fora os óculos escuros. Ele tinha cabelos pretos que nem os seus e seu rosto era fino e muito bonito; talvez tivesse sua idade, ou talvez fosse mais velho, Wonwoo não conseguiu distinguir — Alô? Você ainda está aí ou me deixou falando sozinho?

— Não consegue me ver? — Wonwoo soltou sem pensar.

— Não, gênio. Não percebeu ainda que eu sou cego?

— Jeonghan! — Um outro desconhecido gritou, se espremendo contra os outros corpos para chegar até eles — Eu já disse para não sair correndo assim sem mim!

— Eu posso me virar muito bem sozinho, Joshua. — O cego respondeu, estalando a língua. Só naquele momento que Wonwoo percebeu uma bengala branca nas mãos daquele desconhecido — Claro, isso se ninguém resolver bancar uma de trator.

— Desculpe. — Wonwoo suspirou — Eu estava querendo sair logo daqui e não prestei atenção por onde andava.

— Não julgo você, essa festa está um horror. — O outro franziu o nariz — Qual o seu nome?

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