Só, largada e despedaçada, mastigo uma parte de mim. Engulo meu medo enquanto torturo minha alma por algum motivo ridículo demais para ser escrito.
As unhas sujas e o orgulho corrompido, arranho e faço sangrar minha pele virgem e torpe.
Meus sentidos jamais estiveram tão sóbrios quanto agora, e nunca antes estive tão certa do risco que corro em minhas próprias mãos.
Mas seria covardia. Prefiro seguir vivendo com essa dúvida que me corrói e torna meu peito indeciso.
Não é uma escolha minha. Na verdade, é uma escolha que não existe.
Enquanto não sei, espero a resposta vir na forma de canções e do brilho das estrelas. E então, quando ela vier, não posso prometer que não terei medo do inevitável.
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Olhos de Vidro [COMPLETO]
PoetryPoesias sobre pessoas e todos os sentimentos que cabem na alma de alguém.