CAPÍTULO 8 - PARTE 2

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Dez anos se passaram, e muita coisa havia mudado, e não é pra menos, afinal são dez anos, e isso é muito, muito tempo. Bom, Clarice tinha se formado, tinha comprado um enorme apartamento não muito longe do hospital, onde ela trabalha atualmente, no hospital Meneza é claro. E caso você esteja se perguntando se ela contou pra família sobre o Arthur, a resposta é não. Na verdade ela nunca teve coragem de dizer isso pra Carolaine e pro Félix, por mais que ela quisesse dizer, era muito difícil pra Clarice ter que contar esse lamentável episódio de sua vida.
Clarice ainda continuava amiga de Suzi apesar de tudo, Suzi ainda permanecia morando em Constana, só que agora ela mora com o Thomas, o marido dela, ele é juíz. E não, Suzi não casou com seu antigo namorado, o dublê, ela o deixou depois que ele sofreu uma lesão grave na perna esquerda no ambiente de trabalho, mas Suzi garantiu pra Julian que não terminara com ele por causa da lesão, e sim porque estava apaixonada por Thomas, que é muito lindo por sinal. E sua irmã morava com a tia, ela estudava teatro.
E Miguel havia se mudado com Hellen pra casa que comprara, que não era muito longe da casa de Nicolai e Samanta (eles insistiram muito para que Miguel comprasse essa casa) Miguel também dava aulas de física no colégio Montessorini, no turno da manhã, uma instituição particular de Greenópolis, e a tarde ia pra universidade, ele tinha um grupo de pesquisas com alguns físicos. Miguel ainda continuava fazendo alguns trabalhos como modelo, mas dedicava a maior parte do seu tempo a sua paixão (a física) do que a moda. E Hellen trabalhava quase o dia inteiro em outra cidade. E o maravilhoso Collin continua lindo como sempre, o tempo faz muito bem pra ele. Bom, atualmente Collin trabalha numa empresa muito famosa na cidade projetando aeronaves, e mora com Clarice, o amor da sua vida.
Já Anabela e Arthur passaram os últimos anos morando em Cinster, na casa dos pais de Ana, mais agora eles resolveram voltar pra Greenópolis novamente. Bom, não que Ana quisesse mas Arthur insistiu, e ela fazia tudo por ele. A mãe de Ana tinha acabado de morrer e eles estavam arrasados com isso, Ana também já tinha perdido seu pai há quatro anos atrás e isso foi um choque pra ela. Ela não queria mais continuar morando na casa, nem trabalhando na empresa de cosméticos que eles tinham, então, como Anabela havia herdado todos os bens dos seus pais, resolveu vender tudo e guardar o dinheiro pra investir em outra coisa e voltar pra sua antiga casa em Greenópolis. Os pais de Ana não sabiam da história de Arthur, achavam que ele tinha sido adotado, bom, foi isso que Ana contou pra eles, e era isso que Arthur achava também, ela nunca quis dizer a verdade pro seu filho, pensava que se ela contasse tudo, isso iria fazer ele sofrer muito mais. E Ana não ia querer isso, jamais. Ela amava Arthur mais que tudo no mundo, daria até sua alma se fosse preciso, sua atenção era toda voltada pra ele, qualquer tempo livre que ela tivesse, ela saia com ele em vez de qualquer outra pessoa, esse é um dos motivos por ela não ter ficado com mais ninguém depois do Conrado.

- Nem acredito que estamos indo embora daqui - diz Ana olhando em volta da casa - depois de tanto tempo morando aqui, tantas lembranças, tantos momentos juntos.
- Vai ficar tudo bem mãe, eu tô aqui com você - disse Arthur abraçando Ana - vai ficar tudo bem.
- Queria que ela ainda estivesse aqui - diz Ana se referindo a sua mãe.
- Eu também, mas a morte não avisa quando vem, e agora a gente precisa ser forte, e seguir em frente, era isso o que ela iria querer - Arthur diz tentando confortar sua mãe.
- Você tá certo, não adianta ficar chorando pra sempre, a perda faz parte da vida.
- É assim que se fala, não gosto de te ver triste.
- Nem eu, bom, então vamos arrumar nossas coisas pra voltar pra casa.
- Acho uma ótima ideia - Arthur sorri.
- Obrigada por tudo, filho, nem sei o que seria de mim agora nesse momento sem você, obrigada por me ajudar.
- Mãe, não precisa agradecer, só fiz o que qualquer filho faria por uma mãe.
- Você é tudo o que eu tenho agora, e eu quero que você saiba que eu te amo muito, muito mesmo - diz Ana olhando pra Arthur.
- Eu também te amo mãe, você foi a melhor coisa que me aconteceu, a melhor pessoa que eu conheço, você é incrível, e eu agradeço todos os dias por ter uma mãe como você ao meu lado, não poderia ter sido melhor - Arthur sorri gentilmente pra Ana, e ela o abraça forte.

Convivendo com o amorKde žijí příběhy. Začni objevovat