CÁPITULO 03 - LIBERDADE

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Olho através da janela o tempo fechar e abraço o meu corpo, sentindo o vento gelado bater contra o meu corpo quente.

Passei a maior parte do dia na área da piscina e por um milagre muito estranho, não vi nenhum dos seguranças do Joe, nem mesmo o chefe da segurança que sempre me acompanha de longe com seus cães de guarda.

Já se passam das onze da noite e por agora nada do sinal de Joe ou qualquer outro empregado que viva na residência.

Volto para dentro da sala e fecho a porta da varanda, logo caminhando em direção ao meu quarto e fechando a porta atrás de mim.

Prendo o meu cabelo no topo da cabeça e me encaminho até o meu banheiro, fechando a porta atrás de mim e passando a chave.

Me dispo por completo e coloco o botão que carrego sempre comigo ao lado da saboneteira, onde não molha. Ligo a ducha, entrando debaixo da água aquecida.

Tento não ser muito demorada no meu banho e saio do box com a toalha em volta do meu corpo, indo para a frente do meu espelho. Faço a minha rotina de cuidados noturnos e pego o botão no box, logo o pendurando em meu pescoço.

Saio do banheiro e paro em meu closet, logo vestindo o meu pijama e seco os meus cabelos. Pego um dos meus livros de estudo em minha prateleira e saio do closet, fechando a porta atrás de mim.

— Pensei que não iria sair. — pulo de susto com a voz sobressaltada de Joe e dou dois passos para trás, já segurando contra o controle. — Nem pense. — ele avisa enquanto se levanta e ajeita o terno cinza.

Dou alguns passos em direção à porta da minha sacada e a todo momento o encaro nos olhos, vendo que dessa vez que suas pupilas estão mais dilatadas que o normal.

— O que você quer? Como entrou em meu quarto? — questiono sentindo a minha voz falhar a cada pergunta. Joe tem um sorriso doentio na boca, ele não parece o CEO que todos temem.

— Já disse a você o quão curiosa é? — ele pergunta enquanto acende um baseado e traga — Você deveria se aproximar para ver como me deixa. — fala e dá mais um passo em minha direção, enquanto tento chegar perto da porta que está entreaberta.

— Não tenho interesse em saber como se sente e muito menos saber o que você pensa sobre mim. — sou dura com minhas palavras, pois nesse tempo percebi que ele gosta de ver o medo estampado no rosto de seus interesses.

Ouço sua gargalhada e meus pelos arrepiam em terror, fazendo-me dar dois passos rápidos em direção à porta.

— Você é uma garota corajosa por falar comigo dessa forma. — ele diz soltando a fumaça para o alto e vem em minha direção, parando a menos de dois metros de mim. — Sua mãe era submissa, pensei que sua linda filha seria da mesma forma, mas vejo que puxou o jeitinho do seu pai. — ele menciona meus pais e o encaro, vendo o seu olhar diabólico.

Mamãe nunca falou sobre meu pai com Joe, e sei que os dois nunca tiveram negócios.

— O que sabe sobre meu pai? — questiono em um pico de coragem e dou um passo a frente, o encarando com raiva.

Vejo o homem em minha frente me encarar com seriedade e em seguida sorrir, enquanto retira seu terno, dobrando as mangas de sua camisa social.

— Não muita coisa. — debocha, enquanto passa as mãos por seus fios de cabelo revoltos — Além de que sei quem foi o mandante de seu assassinato, e que, por parte, contribui para isso — sorri como se sentisse orgulho disso.

— Por quê? Vocês não se conheciam. — divago, sentindo as lagrimas pinicarem em meus olhos.

— Você que pensa, Cristal. — fala, chamando-me pelo apelido que me deu assim que casou com minha mãe. — Seu pai e eu tínhamos negócios pendentes, mas infelizmente ele não o cumpriu e tirou coisas importantes de mim. — conta e vejo raiva em seus olhos.

Meu Anjo - Sendo reescritoWhere stories live. Discover now