66° capítulo

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Emily

Saímos do restaurante e eu vi o quanto Peter parecia afetado, eu estava do seu lado mas parecia que estávamos colados porque eu juro que conseguia sentir o quão rápido seu  coração batia.

Ele tirou as chaves do bolso e eu vi que suas mãos estavam tremendo um pouco, peguei no seu pulso e ele me encarou.

- Posso dirigir? -Pergunto.

Ele levantou uma sobrancelha.

- Definitivamente não.

- Você não está em condições de dirigir agora.

- Emily...é o meu Jaguar -ele diz e eu faço uma cara de deboche.

- As chances de você bater esse carro agora são maiores do que eu bate-lo -estendi a mão- Me dê a chave.

Peter olhou para o carro preto que parecia custar o preço dos meus rins ou até todos os meus órgãos e pôs as chaves pesadas na minha mão.

Suspirei e ele foi para o outro lado se sentar no banco do passageiro, abri a porta do carro e me sentei no banco de couro confortável.

Oh.meu.Deus.

Quando eu coloquei as mãos no volante quase gemo de prazer, que coisa macia da porra. Abri um sorriso enorme e depois olhei para Peter que me encarava com tédio, parei de sorrir e girei as chaves ligando o carro.

Coloquei o cinto vendo ele fazer o mesmo, saí da vaga e eu controlei meu pé para não acelerar de propósito. Estávamos em silêncio quando eu passei da entrada do seu condomínio.

- Você passou -fala o óbvio.

- Eu sei.

- Para onde estamos indo, Emy?

Saí um pouco das ruas movimentadas e não respondi sua pergunta, dirigi por uma estrada diferente que me levaria aonde eu quero.

- E agora que você me mata e depois desova meu corpo?

Sorri com sarcasmo para ele.

- Nunca mataria você -falei.

Que bom, né Brooks -meu subconsciente diz.

- Eu não seria tão burra -digo e ele franze o cenho.

- O que faria?

- Não mataria você, o prenderia no meu porão e iria usar quando eu bem entendesse -digo com um sorriso malicioso e ele sorri de lado.

- Ia me fazer ser seu escravo sexual?

- Que bom que entendeu -digo.

Peter sorriu pequeno dessa vez mas pelo menos vi uma expressão melhor do que antes, já é um avanço comparado como ele estava no restaurante.

Imagino que não será fácil ele me contar o que tanto o perturba, o que tanto faz ele perder o auto controle e o que nos fez ter um discussão e ficar separados por alguns dias, gosto do fato dele conseguir confiar em mim de verdade para me contar.

Dirigi mais um pouco e quando cheguei ao meu objetivo estacionei o carro deixando os faróis acesos.

- Onde estamos?

- Cantinho da Brooks -respondi e ele levantou as duas sobrancelhas.

Saí do carro depois que tirei o cinto e logo depois ele saiu, fui para frente do carro com as chaves na minha mão.

- Vamos subir um pouco, ok? -Pergunto e ele concorda.

Peguei na sua mão e ele a apertou enquanto eu o guiava, subimos um pouco o que era fácil porque o lugar não ficava longe. Passamos por algumas pedras e rápido chegamos, meus saltos nem foram um problema.

Um Problema Perfeito -Livro 3 Da Série: Babacas De TernoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora