Chapter one

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"A escuridão é a mais bela das coisas criadas, você pode chorar e gritar, ninguém o verá e nem o julgará"

-Clarke Lins-

"Olhe bem o que está a sua frente e admire tudo o que está a sua volta, você não terá outra chance." Dizia minha mãe antes de falecer, sempre que eu pensava nela me desmanchava em lágrimas, criei esperanças quando vi ela sorrindo uma última vez, mas o meu coração dizia, "ela não está bem, não pode simplesmente a convencer disso".
O ano que minha vida mudou, queria falar tudo agora, mas estou prestes a cometer suicídio.

-Laura Seraph-

- Mãe? Estou indo para a escola, quer que eu compre algo na volta para o Jantar? Mãe? - Ela aparece na porta da cozinha levantando o dedo para que eu espere ela terminar a ligação.
- Está bem, certo, eu prometo conversar com ela, sim sra. Diretora, correto, obrigada. - ela olhava pra mim com um olhar de reprovação.
- Quê? Eu jura que não fiz nada. - já comecei a protestar contra qualquer crime, mas fiz uma longa pesquisa em meu consciente e que eu me lembre não fiz absolutamente nada de errado.
- Quer começar a me explicar mocinha? - parou em minha frente com a mão na cintura.
- Não sei do que se trata. - agora eu estava nervosa, e não era pouco, minha mão estava soando, meu estômago embrulhando e quase chorando - E-E-Eu juro - levantei mindinho fazendo gesto de promessa. - minha mãe chorava de tanto gargalhar, e falava coisas como "você precisa ver tua cara querida" e continuava a gargalhar, eu fiquei parada sem entender nada e esperei ela se recompor.
- Pronto mãe? A crise de riso passou? Não estou entendendo nada. - ela enxugava as lágrimas com um lenço que meu pai a dera antes de pedi-la em casamento.
- Não é nada demais filha, você tem uma entrevista com o representante da UR, hoje no horário de intervalo e se demorar muito a diretora informou que você não receberá falta nas aulas. - ela olha para mim agora com o orgulho estampado eu seus olhos. - Sei que você quer ir mais além do que eu fui filha, essa é sua oportunidade a Universidade fica a menos de dez minutos de ônibus, vai ser bom para nós duas, dê o seu melhor. - ela beijou minha testa e voltou a tomar seu café. - ah! E se você não gostar taca o foda-se, e vai procurar emprego, eu não quero minha filha se matando por algo que não goste, está bem meu amor? - eu arregalei ou olhos quando ela soltou o foda-se e comecei a rir.
- Certo mama, eu te amo, tenha um bom trabalho, hoje farei o jantar, se eu chegar muito tarde me espere tá, conto como foi a entrevista.
- Certo filha, acho que chegarei um pouco tarde também, beijos, mama te ama. - eu sai pela porta jogando um beijo para ela e fui caminhando até a escola.
Vinte minutos apenas, mas o caminho era agradável, um ambiente bem natural, só o que violava a natureza ali era a ponte sobre o rio, que estava quase seco nessa época do ano, e a estrada, mas nada de fábricas e veículos acumulados nas vias, dou graças por morar no interior.
Passei na casa do meu melhor amigo Erick Louis, um moreno, alto, olhos cor de mel, cabelo cortado baixinho e barba por fazer, se ele fosse hétero acho que já teríamos nos pegado.
- Hey bitch! - ele fala dando aquele sorriso brilhante, como em propagandas de creme dental.
- Hey Delícia, bom dia! - ele então para e leva a sua mão a boca fazendo o gesto de quem está fumando um cachimbo. - Erick, eu não aguento mais essa frase.
- Deixa eu falar eu amo isso. - ele desfaz a encenação para reclamar.
- Okay! Mas por favor quebre esse filme em vários pedaços e distribua pelo país, não suporto mais.
- tá, depois que eu reler os livros. - ele sorri e volta a encenar.
- "O que quer dizer? Você está me desejando um bom dia ou dizendo que este é um bom dia independente de minha vontade, ou talvez queira me dizer que se sente bem nesse dia ou então este é um bom dia para se estar bem?" - Eu reviro os olhos e ele faz um gesto com a mão para que eu prossiga.
- "Tudo isso de uma vez", pronto sr. Gandalf o cinzento?
- Que lindo, eu te amo deusa, ou melhor Galadriel? - eu abri um sorriso e segurei em seu braço.
- Galadriel por favor Gandalf, sabia que rola um clima entre eles?
- Nem fodendo garota, tu tem algum pinto ai no meio? Se tiver a gente conversa e marca. - ele me jogou para o lado com cara de nojo.
- Calma QUERIDO. - disse soletrando. - Deixa eu perguntar, como você sabia que era ... Uhm...
- Gay? Não faz mal falar essa palavra, você não vai para o inferno baby. - ele volta a segurar meu braço. - No dia em que meu primo, aquele lindo e gostoso, sem contar a inteligência dele que me fascina, falou que sentia atração por mim, a gente se pegou um verão inteiro, e meu encanto acabou, a gente marcou para ir a uma praça conversar e ele falou que não dava mais, que iria casar com uma mulher incrível, e eu fiquei, então tá né, fazer o que gato.
- Nossa que pesado amigo.
- Pesado era a jibóia dele, nossa. - falou abanando seu rosto.
- Menos por favor.
- Mas voltando ao assunto, eu sempre soube, eu até tentei ficar com umas meninas na adolescência, mas não ia, não encaixava, daí eu falei, uhm... Talvez eu seja gay e estou perdendo de pegar um monte de gente, pronto, virei uma puta a partir desse dia, sem ofender a classe. - eu parei olhando para o nada e pensando nas minhas frustadas experiências amorosa.
- Eu acho que sou... - interrompi minha fala ao ver alguém quase pulando da ponte. - Erick olha ali. - eu disparei a correr.
- O que? Onde? Espera não corre porra, sou sedentário. - ele reclamava enquanto tentava me alcançar
- Tem alguém tentando pular, vem logo. - eu cheguei lá a tempo de agarra-lá pelo braço. - Erick ajuda aqui, ela está escorregando. - falei quase entrando em desespero.
- Estou aqui, puxe Lau. - eu e ele estávamos fazendo um bom trabalho, conseguimos puxar a moça que aparentava está em choque e não parava de chorar ajoelhada, Erick levantou e se aproximou da moça.
- Oi linda, como você está e o que foi isso? - ele falava calmamente e com muita delicadeza para não assustá-lá.
- Sai daqui, não pedi ajuda, agora estou aqui me sentindo culpada pelo que eu estava preste a fazer, merda essa era minha última chance, sabe a quanto tempo estou criando a porra da coragem para vir aqui e pular, minha vida é uma droga, você quer que eu diga mais o que? Que eu fui expulsa de casa por ser lésbica? Que agora a única saída era pular? Me fala, você não entende as merdas que acontecem aqui, saiam daqui e espere a notícia correndo pela cidade que a filha e herdeira dos Lins cometeu suicídio. - ela gritava com o Eri, eu não sabia pelo que ele passou, mas pela leitura corporal dele, eu tinha certeza que não foi fácil, eu levantei e fui em direção a ela.
- Você pensa que é a única? Não é baby. - eu agarrei no braço dela e a balancei. - olha para ele, vê? Mesmo assim ele não pensou em suicídio e se pensou desistiu da ideia e lutou pela liberdade.
- Ela está certa, Lau, tiramos a liberdade de escolha dela, mas deixa eu te mostrar que você pode superar isso, eu sinto muito por ter ti salvado ou atrapalhado, mas eu lhe ofereço um lugar para morar e tentar reconstruir o que foi quebrado em você, não estou oferecendo sexo a você tá? I'm a unicorn - Ele levantou do chão limpando suas roupas e colocou aquele lindo sorriso em sua face, estendeu-a a mão e eu fiquei olhando para ela, por um momento parei de pensar no que estava acontecendo e vi a beleza daquela mulher, olhos pretos como a noite, cabelos castanhos e ondulados, seus lábios eram rosados, não pelo batom, aparentemente ela não usava maquiagem, e quem usaria na situação em que ela estava? Era mais alta que eu alguns centímetros, e tinha um excelente corpo, se estivéssemos em uma situação mais agradável eu pediria o número dela, mas... - Clarke? Gata sai desse transe princesa, vamos para minha casa. - fui pega, pensei.
- E a aula?
- Foda-se, nem queria ir mesmo. - ele gargalhava sustentando a moça em seu braço direito.

Alt Er LoveWhere stories live. Discover now