Linhas traçadas (...E fiava fios de ouro...) - III

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(2209 Palavras)

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(2209 Palavras)

Tendo conseguido trocar a esmeralda por dinheiro, voltou para o hotel, banhou-se e saiu para encontrar o rapaz.

Este, já o esperava, em sua mão segurava uma bolsa, parecida com a dele.

– Aqui está, tome essa bolsa. Coloque tudo o que você comprou e pegou, dentro dela.

– Mas eu já tenho uma bolsa, para que outra?

– Pelo sangue das estrelas, você me cansa com essas perguntas! Só... Só pega essa bolsa e põe tudo aí dentro. Ele é a última moda em Madam. É de última geração nem mesmo saiu nas lojas.

– Espera, como pode ser moda se nem...

– Pelo amor... podemos pelo menos ter uma conversa civilizada sem parecer que estou no banco do réu?! – Retrucou o rapaz, sufocado. – Enfim, tudo que você conseguiu, você coloca dentro da Omla. Ah! Omla, é o tipo da bolsa. Então, volte para o quarto e pode pôr tudo aí dentro.

– Tudo bem, vou agora e te encontro nesse mesmo lugar e... Espera como você sabe onde eu... – O rapaz repreendeu-o com um olhar firme que o fez engolir a seco as palavras. – ...Sem perguntas, entendi. Já vou e até mais!

Após aquela 'conversa', o jovem retornou e quando arrumou todas as sacolas em cima da cama e olhou para a omla ao lado em sua mão, se perguntou como tudo aquilo caberia no.

– Ok, ok, ok, "sem perguntas, só pôr essas coisas aqui dentro", pareço está brincando de "o mestre mandou", mas vamos lá! – Ele pegou a primeira muda de roupa e contrariando seu ceticismo, a roupa entrou facilmente na bolsa. Ele lançou longe a bolsa assustado, deu voltas pelo quarto quase que abrindo um buraco no chão. Até que vc por fim, reuniu coragem e pôs todas as sete peças de roupa e a bolsa com as pedras, estavam todas dentro. 

– Última moda? Não pode ser tão fundo. – Meio inseguro, enfiou a mão dentro da bolsa – Hum! Pelo jeito está tudo aqui. Como pôde tudo caber? – Logo entrou seu antebraço, até que seu braço inteiro estivesse na bolsa. Seu corpo formigou em arrepios. Ele retirou o braço de dentro da bolsa, sentou-se na cama com ela ao seu lado e tentou entender (tentou, pelo menos.).

Ele aprontou-se antes do anoitecer. Após pagar a conta de sua hospedagem, caminhou despreocupado até o ponto de encontro, na entrada da floresta de Nam, onde o rapaz já o esperava (impaciente como sempre.).

– Se estivesse com grilhões nos pés teria vindomais rápido?! – Exasperou o rapaz.

– Ah! Não! Tenho certeza que teria chegado antes de você – retrucou sarcasticamente o jovem. O rapaz o olhou, sua língua coçava para lhe dizer algo, mas não o fez.

– Você parte essa noite... – e rapidamente complementou, antes que fosse tarde. – Sem perguntas, por favor! Pela pouca dignidade que lhe resta!

Foram para a entrada da cidade, para longe dos olhos curiosos e esperou até o crepúsculo. Quando já estava propício para saírem, ele acordou o jovem que havia dormido. Assim que despertou foi surpreendido. Ali, na calada da noite, o jovem não fazia ideia de como aquele vagão de via-trem chegara ali, já que não tinha trajeto — sem ser se aventurando deserto adentro — para aquele lugar.

O fim dos meiosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora