Capítulo 07.

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Meu celular tocou no meu bolso. Peguei meus livros rapidamente e olhei o visor, a foto da minha mãe piscava na tela.

- Oi, mãe — atendi.

- Oi, meu amor — ela disse — Tudo bem com você?

- Sim — olhei o relógio perto da cama de Zayn. Eu tinha menos de dois minutos para chegar na sala de aula.

- Não esperava que fosse atender agora. Não era para estar em aula?

- Por que ligou, então? — perguntei.

- Para quando você saísse da aula visse minha ligação e a retornasse — ela fez uma pausa — Por que não está na sala? Ainda está tudo suspenso?

- Não — abri a porta com pressa e a fechei com o pé — Só esqueci alguns livros no meu quarto e tive que vir correndo buscar. A primeira aula vai começar em dois minutos — me dirigi rapidamente até o elevador — O que você queria me dizer?

- Acabei de ter boas notícias sobre o grupo de caça — ela disse.

- Acharam o animal?

- Não, querido.

- E como isso pode ser uma boa notícia?

- Me escuta, Harry — ela suspirou — O grupo de caça rodeou toda a extensão ao redor da escola e mais um pouco. Não encontraram nada. O que quer dizer que, fosse o que fosse, já foi embora.

- Ou está escondido em algum lugar — apertei o botão do elevador assim que cheguei lá.

- Não seja pessimista — eu podia imaginar ela revirando os olhos — Disseram que provavelmente ele estava só de passagem quando cruzou com a sua amiga.

- Ela não era minha amiga, mãe. Eu nem a conhecia — o elevador fez um barulho, indicando que havia chegado ao meu andar — Escuta, eu tenho que desligar agora.Te amo e te ligo depois — desliguei antes que ela protestasse e enfiei o celular no bolso novamente.

A porta do elevador se abriu e então eu estava cara a cara com o garoto que vinha assombrando meus pensamentos desde que havia chegado na escola.

Ele estava encostado na parede, as mãos no bolso e a cabeça baixa. Seus olhos se levantaram e me fitaram friamente enquanto eu continuava na porta, decidindo se entrava ou não.

Pensei em inventar uma desculpa e sair correndo, qualquer coisa que me impedisse de entrar naquele elevador com aquele psicopata. Nada me veio à cabeça e eu cheguei a conclusão de que, de qualquer forma, não iria importar o que eu dissesse.

Reprimi o desejo de engolir em seco e entrei de cabeça erguida. Ele não me assusta, não me assusta, fiquei repetindo isso para mim mesmo até quase me convencer disso. Afinal de contas, o que ele poderia fazer de ruim comigo? Me comer vivo?

Pensar isso foi tão ridículo que eu até tive vontade de rir. Por um momento eu esqueci que ele estava ali. No fim das contas ele não passava de um garoto carente que queria chamar a atenção para si como uma forma de suprir a sua necessidade de companhia.

Por um único momento eu me permiti zombar da cara dele. Mas então o elevador parou com um baque, fazendo meus livros caírem no chão, e as luzes se apagaram, me deixando sozinho com ele na completa escuridão.

Meu coração parou de bater por um segundo enquanto eu tentava enxergar alguma coisa no meio daquele breu. Mas era impossível. Eu não conseguia enxergar um palmo à minha frente.

Chamas da Ilusão -L.sOnde histórias criam vida. Descubra agora