Capítulo 26

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Cecília

— Cecília deixa de ser chata, vem comigo — revirei os olhos vencida.

— Ok Manu, Ok, mas juro que se você me deixar sozinha ou fizer algo que não me agrade pode me esquecer.

— Ahh, obrigada — faz uma pausa — passo na sua casa às 20h.

— Ok, vou desligar, até mais tarde.

— Tá, beijo.

Terminamos a ligação.
É sábado, não queria ir nessa bendita festa, mas Manuela não parava de me encher, foi assim a semana toda, acho que não conheço ninguém mais insistente que ela.

Além da Manuela me enchendo todos os dias, a semana não teve mais nada demais, Guilherme e eu estamos bem, ele me faz bem, mas ainda tenho medo, ainda estou indecisa.

Não tive coragem de fazer o teste de gravidez ainda, mas penso nisso a cada minuto.
Preferi esperar mais um pouco, para ganhar mais tempo, para passar mais tempo sem saber se estou ou não grávida. Todos os dias me olho no espelho, meu corpo não tem nenhum sinal diferente, não tenho nenhum sintoma nem nada do tipo.
Mas com certeza porque ainda é muito cedo.
Ou talvez, como diz Guilherme, porque eu não estou grávida.

Algo que está sendo muito difícil é esconder as coisas da minha mãe, ela sempre me incentivou a confiar nela e contar as coisas, sempre foi a primeira a saber das coisas mais importantes da minha vida.
Sempre achei que seria a primeira a saber quando eu conhecesse o amor da minha vida, não sei se esse é o Guilherme, mas com certeza o que sinto por ele (ainda não sei exactamente o quê) nunca senti por nenhum outro garoto.
Sempre achei que minha mãe seria a primeira a saber quando eu perdesse a virgindade, quando eu ficasse grávida, quando eu quisesse me casar, etc.

[...]

Finalmente estava arrumada, um vestido preto, salto vermelho, cabelo preso e maquiagem leve.

Olhei no espelho e sorri, inevitavelmente me virei para procurar algum volume anormal na minha barriga! Já estou enlouquecendo, amanhã eu faço essa droga de teste.

Recebi a mensagem da Manu informando que ela já está lá fora. Pequei minha bolsa pequena também preta e joguei no ombro saindo.

Me despedi da mamãe, já havia informado e ela adorou a ideia, segundo ela eu tenho que viver mais, experimentar as coisas dos jovens para não me arrepender depois! Só não exagerar, não usar drogas, não entrar no crime e não me envolver com homens casados!

Mal sabe ela que eu já cometi um desses erros! E o pior, não consigo sair.

— Que demora, você está linda — disse Manuela assim que me viu, impaciente, ela havia até descido do carro, pude analisá-la, ela usa um short jeans não muito curto mas muito fashion, um top é um casaco preto. Nos pés um salto preto.

— Você também, vamos logo, já quero voltar para casa!

— Chata!

Dei do ombro e entrei no seu carro, ela veio logo atrás.

Fomos o caminho conversando, ela estava animada contando que era aniversario de um amigo dela, até disse que era amigo do Guilherme também, e lembrei que não falei com ele hoje.

A Filha Da EmpregadaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora