Meu "Babá"? (Completo)

Cap 22 - Compras

Achei que minha melhor amiga fosse imaginar exatamente do que se tratava, mas me enganei quando ela começou a conversar com o Max. Peguei meu celular e fui respondendo algumas mensagens dos meus pais, e de outras pessoas aleatórias da escola.

Até a voz que mais desejo finalmente ecoar por ali.

  - Hm, o cheiro está ótimo. - Sebastian chegou na cozinha de mãos dadas com a naja.

Eles sentaram lado a lado na mesa e já foram se servindo.

  - Quem é que fez? - Julie perguntou, levando uma torrada aos lábios.

  - Fui eu. Cuidado, pode ter veneno.

Ela me olhou com desdém e respirou fundo, decidindo ignorar meu comentário. Dei um sorriso sem mostrar os dentes e fui até a geladeira, pegando a jarra de suco e colocando ele no copo. Me sentei novamente.

  - Então, o que vamos fazer no ano novo? - Max puxou assunto.

  - Mesma coisa do Natal? - Sebastian deu de ombros.

  - Ah, vamos variar um pouco. - Minha melhor sentou ao meu lado. - Não podemos fazer lá fora por causa do frio, né? E que tal se cobrirmos a parte da piscina com uma lona e decorar tudo? Foi isso que os avós da Amber fizeram no Natal do ano passado. Ficou lindo daquela vez e abafou um pouco.

Para ser sincera, foi um dos melhores natais da minha vida. Eu gostei muito, e todos curtiram de mais. Ficou frio? Okay, sim. A questão é que abafou e deu para ficarmos lá sem problemas, e com agasalhos básicos.

  - Eu amei a ideia! - Julie sorriu.

  - Vamos todos separar as decorações ainda hoje então. - Max falou.

Neguei com a cabeça.

  - Hoje não posso, vou comprar minha roupa. Vocês podem separar sem mim já que a Lúcia sabe onde estão as coisas e a Jéssica já tem uma noção do que fazer.

  - O que tem eu?

Em seguida, minha prima entrou na cozinha meio descabelada e soltando um bocejo. Sentou ao lado de Max.

  - Bolo de cenoura? - Franziu o cenho com nojo e me olhou. - Você que preparou tudo?

  - Sim.

  - E meu bolo de laranja? - Ergueu uma sobrancelha.

Fiz cara de espanto.

  - Meu Deus, eu esqueci! - Antes que Lúcia pudesse abrir a boca para reclamar, apontei com a cabeça para o mesmo e ela abriu um sorriso quando viu. - De nada.

Voltamos a falar sobre essa suposta ideia do ano novo, e todos começaram a se empolgar com isso. Como não vão fazer grandes coisas hoje, subi para o meu quarto e tomei banho, colocando uma roupa qualquer. Pus uma calça pelo frio excessivo lá fora, mas como vou de carro, coloquei uma blusa de manga. Deixei o cabelo solto e pus um tênis branco.

Minha mãe me ligou para - como sempre - perguntar como estão as coisas, e eu disse que estão tranquilas, e que já estamos organizando as coisas para daqui há uns dias. Ela ficou feliz em saber disso, já que acha todos nós adolescentes irresponsáveis e despreparados.