Horrível

2.6K 222 187
                                    

Passamos o dia tranquilos, bom, eu tentei ignorar quando Sina ficava voando nos seus pensamentos e ficava séria. De noite, quando íamos dormir, decidi perguntar à ela o motivo de quase matar a mãe.

- Hey- ela entrou no quarto e deitou me abraçando.

- É...será que a gente podia...conversar?- não sei se foi a melhor opção perguntar, ela podia voltar a chorar ou ficar brava.

- Ela é horrível- Sina disse com a voz falha.

- O que ela falou?- ela não respondeu- Sina, você sabe que pode me contar.

- Primeiro que ela me pediu dinheiro porquê ela quer casar- Sina riu sarcástica e sentou na cama, sentei ao seu lado- ela é ridícula.

- Ela é. Mas não foi isso que te fez querer matar a Alex.

- Ela veio saber se nós tínhamos conseguido algum documento para provar que a Eli é sua filha.

- Como ela sabe que não...- Sina abaixou a cabeça- foi ela!

- É ela! Eu acho que o Patrick é o namorado dela.

- Não acredito que ela teria coragem de fazer isso, tirar a nossa filha da gente? Isso é o horrível!- levanto da cama e vou até a janela- o exame é falso.

- Sei disso, mas como provar? E como provar que eles só querem tirar dinheiro da Eli?

- Que dinheiro, amor? Se a Carol tivesse deixado alguma coisa pra Eli ela teria falado.

- Noah, se a Alex entrou nisso é porquê tem dinheiro sim.

Voltei a sentar na cama e Sina segurou meu rosto, ela sorriu fechado e acariciou minha bochecha com o polegar.

Nada mudava, o tempo podia passar o quanto passasse, o toque dela ainda era a melhor coisa que podia acontecer comigo, só ela podia melhorar até o meu pior dia.

- Vamos dar um jeito, certo?- ela perguntou baixinho, sorri e beijei sua testa.

- Certo- respondi e ela me abraçou- vamos dormir meu amor.

Deitamos na cama e Sina se aninhou no meu peito, me abraçando com uma certa força.

- Tô com medo Noah, muito medo- ela falou e limpou o rosto.

- Não chora baby- sussurrei e beijei sua cabeça.

- Desculpa.

- Tá tudo bem.

- Está?

- Sim.

- Promete.

- Prometo.

- De dedinho?

- De dedinho- sorri e ela suspirou e beijou meu peito.

Mexi um pouco no cabelo dela até sua respiração ficar leve, Sina tinha dormido. Demorei um pouco para dormir, fiquei tentando controlar meu desespero, eu estava começando a tremer. Sina deu um jeito de me acalmar mesmo dormindo, sua respiração tão tranquila me deixou calmo. Acompanhei seu ritmo tranquilo e também dormi, ela me ajudava até quando não queria.

[...]

- Papai! Papai!- Eli entrou correndo no quarto, Sina e eu acordamos assustados.

- O que?- Sina sentou na cama.

- Aquele homem está lá embaixo com a tia Cath, papai não deixa ele me levar!- Eli sentou no meu colo e me abraçou.

- Eu vou lá- tirei ela do meu colo e Sina a abraçou.

O segundo lugarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora