LET ME GO

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Acordei em um quarto totalmente escuro e com uma dor de cabeça muito forte, levantou-se procurando algo que pudesse iluminar aquela droga de quarto, mas provavelmente uma luz, e... sem sucesso. Consegui ouvir risos exagerados distantes, eram os filhas da puta, deduzi.

A porta se abriu e com ela veio uma claridade infernal, o tal de Krys acendeu a luz (a qual eu não tinha achado ali perto da porta porque estava totalmente escuro) e logo me avistou sentada na cama com uma cara tipo " Vai tomar no cu".

- Seu cabelo está horrível. - Ele disse.

- Ah,obrigada, mas você trabalha em algum salão de beleza ou algo do tipo? Bem que eu percebi seu jeito meio afeminado. - Falei com raiva.

- Se você quiser eu posso te mostrar o afeminado. - Ele disse sendo safado. Idiota.

- Cara, o que vocês querem comigo? Me deixem ir.

- Ah isso é com Joshua, e não sei se ele vai deixar você ir embora tão cedo, até porque... você sabe demais.

- Estou pouco me fodendo pra ganguezinha de vocês, se eu sei quem faz parte ou não, eu só quero ir embora. Caramba. - O garoto me olhou e apenas riu, o que me irritou totalmente, aproveitei que a porta estava aberta e sai batendo a perna, o ignorando totalmente e enquanto andava por aquele corredor enorme pude perceber que estava em um luxuoso apartamento. " Filhos da puta e ricos" pensei comigo, ao acabar o corredor eu me vi numa sala de estar enorme, onde havia dois babacas sentados no sofá e falando merda.

- Eu quero ir embora dessa droga. - Gritei, parando de frente da televisão que eles estavam assistindo, impedindo eles olharem. Avistei um troféu onde havia um bonequinho segurando uma bola de basquete e joguei-o no chão com força, como aquelas crianças cujo seus desejos não são concedidos. O garoto dos olhos castanhos levantou-se rapidamente como se fosse me matar.

- Sua vadia. Você é louca? - O outro garoto o segurava para eu não levar uns cascudos na cara. - Você quebrou o nosso troféu, esse troféu nós ganhamos no campeonato do ano passado contra os maiores times de basquete de L.A. Você sabe o quanto nosso time ralou pra conseguir isso? - Eu aprendi algo: nunca quebre troféus, você vai ouvir coisas desinteressantes e ainda vai ter a chance de levar uns tapas na cara.

- Esse troféu aí? Importante? Olha o jeito que ele se espedaçou ao cair no chão, pelo amor de Deus, garanto que até as medalhinhas de honra ao mérito são melhores, no próximo campeonato me volte com algo menos vagabundo. Obrigada. - Podia ver a raiva nos olhos do garoto, o troféu realmente era importante, eu percebi isso quando ele se desfez do outro garoto e me deu um tapa estalado no rosto, fazendo meu rosto quase fazer uma volta de 360° perfeita. Logo ele me jogou no sofá com força, senti meu corpo ficar meio dolorido, por mais que o sofá fosse confortável ele me jogou com tanta brutalidade. Fui dominada pelo medo, eu não tinha nem pra quem pedir ajuda. Maldita hora que eu fui sair casa, odeio minha vida.

- Você tem que saber quem manda, e quem obedece. - Ele disse friamente, apontando o dedo na minha cara, enquanto eu continuava jogada no sofá do mesmo jeito que ele me deixou. - Pelo visto, você não esta sabendo do que somos capazes,esta nos vendo como uma ganguezinha iniciante, porque se não, você não estaria tão afiada desse jeito... não concordam comigo dudes? Jae ? Krys? - Jae e Krys apenas balançam a cabeça, como se eles estivessem mais ou menos recriminando a tal atitude do garoto de olhos castanhos, o qual eu ainda não sabia o nome.

- Pegue leve May, é só uma garota, e não alguém da facção inimiga. - Jae disse, ele era bonitinho até.

- Voltem pro Canadá. - Tive coragem de falar. - Vocês pagam de macho, mas na  real são tudo uns putos. - Agora eu havia brincado com fogo, agora eu morreria.

- Putos? Te levo para um canto e vejo você mudar de ideia rapidinho. - Krys disse.

- Deixa, Krys... mal sabe ela que está brincando com a própria vida. - May tentou me colocar um certo medo, mas isso já não colava mais. Revirei os olhos.

Ouviu-se um barulho de porta se abrindo, eram 3:20 da madrugada pelo que mostrava em um rádio que havia ali. Quem poderia ser? Droga... Não podia piorar.

- E aí, Josh, pensei que iria voltar só quando o sol raiasse, cara... O que aconteceu? Seu pauzinho não deu conta da vadia? - Jae falou, Krys e May riram. Eu apenas observava tudo, Joshua nem tinha colocado os olhos em mim... ainda.

- Logo você, Beauchamp... Por essa eu não esperava hein?! - Krys falou.

- Cala a boca seus cuzões, a gatinha já está bem satisfeita, depois eu deixo vocês se ajoelharem pra mim também, mas agora o Drew aqui precisa de descanso... - Joshua ainda não havia me visto atirada no sofá.

- Então né... - Cocei a garganta. - Agora que você chegou eu posso ir embora? - Falei, trazendo os olhos de todos para mim.

- Ah, você... Acho que temos algo a resolver, não? - Joshua disse, totalmente sedutor e vindo em minha direção, e sentando-se ao meu lado naquele sofá. Senti seu forte ( e maravilhoso) perfume invadir minhas  narinas, e aquilo me deixou meio fora de si.

- Você sabe que eu poderia te matar facilmente Ne? - Ele disse colocando um dos seus braços ao meu redor.

- Não encosta em mim. - Disse seriamente.

- Ui, as bravas são as melhores. - Ele zombou. - Você não acha, Krys?

- Lógico, e você sabe né parceiro, onde come um, come dois... - Krys disse com segundas intenções.

- Calem a boca, vocês não vão encostar nenhum dedo em mim, e Joshua, se esse é seu medo, eu não vou contar pra ninguém quem são os membros dos The Canadians, vai continuar secreto. - Falei levantando-me daquela droga de sofá.

- Claro que não, se você contar... você morre. Simples. - Ele disse.

- Agora me deixem ir.

- Mas já? Eu ainda não aproveitei. - Joshua fez um sinal para os garotos saírem, ficando apenas eu e ele naquela enorme sala. Ele se aproximou, colocando as mãos na minha cintura e logo havia uma distância mínima entre a gente, podia sentir sua respiração e seu hálito enquanto ele sussurrava "eu sei que você quer".

- Me larga, Joshua. - Consegui me recompor. - Eu não quero saber de você nem da sua ganguezinha de merda. - Falei o empurrando. Sua expressão mudou, agora ele me olhava com raiva, poderia levar outro tapa a qualquer momento.















POSSESSIVE (ADAPTADA) JOSH BEUACHAMP Onde as histórias ganham vida. Descobre agora