Teve um pesadelo horrível aquela noite, não como os que costumava ter, esse era um tipo confuso que misturava lembranças e medos, envolvia Savannah e uma dezena de coisas desconexas que tinham acontecido com eles desde que se conheceram. O fato é que acordou aterrorizado, o coração batia pesado e os pulmões simplesmente não conseguiam captar oxigênio nenhum. Não conseguia respirar sem ela.

Bateu na porta de Savannah as três da manhã e foi só dentro do abraço dela que conseguiu dormir de verdade...

Assim, virou rotina também, dormiam juntos em uma cama ou na outra, isso não importava. Mesmo que a cama de Savannah fosse de solteiro. Bucky até gostava, porque isso significava que ficariam colados a noite inteira.

E era assim que estavam naquele momento, o corpo feminino e quente encaixado no do Sargento, as costas no peitoral dele, as pernas entrelaçadas e partes muito especificas de suas anatomias grudadas que uma forma que Bucky era totalmente incapaz de ignorar.

Acordar do lado de Savannah era uma das melhores coisas que já tinha feito na vida, não só porque sempre tinha sonos tranquilos quanto estava envolvido pelo calor dela, mas também porque sua garota era adorável pela manhã, com o cabelo bagunçado e carinha de sonho...

Adorava acordá-la com um beijo para que tomassem café juntos, antes que ele saísse para ir trabalhar, ou então para fazerem yoga, o que no fim acabava sempre virando outro tipo de exercício...

E aquela era, com certeza, uma das coisas que Bucky mais gostava de fazer de manhã... Ou em qualquer horário, se fosse bem honesto...

Sorriu contra os fios ruivos, pensando no quanto Savannah Devenport lhe fazia bem. Claro que ainda era o mesmo Bucky Barnes de sempre, ainda ia nas reuniões, ainda tinha problemas, ainda tinha as coisas que não falava e as culpas que carregava, mas quando estava com a sua garota todo o resto deixava de ter tanta importância assim.

Ela o fazia feliz.

Suspirou, a claridade que vinha através da cortina entreaberta dizia que era quase hora de levantar. Bucky acompanhou o raio de sol intruso que cortava o quarto e passava exatamente sobre o corpo de Savannah, logo acima da raposa que ela tinha no quadril.

Correu os dedos metálicos por ali, bem de leve, uma caricia que quase não chegava a ser um toque de fato, mas que foi o suficiente para que o corpo dela arrepiasse diante dos olhos dele. Savannah era uma obra de arte em cada pequeno detalhe.

— Hum... — A voz sonolenta veio em um misto de gemido e lamúria. — Isso é tão bom...

Bucky sorriu, subindo a mão para afastar os fios ruivos e afundar o nariz na curva do pescoço de Savannah, totalmente beneficiado pela posição em que estavam. Se tinha um cheiro melhor que o dela no mundo, ele desconhecia.

— Bom dia, Boneca. — Murmurou baixinho, beijando a pele dela bem devagar.

— Bom dia, Sargento. — Ela ronronou se movendo contra o corpo dele, como se houvesse qualquer possibilidade de ficarem ainda mais próximos.

A mão de vibranium deslizou pela lateral do corpo feminino, até a coxa, para então voltar, parando na altura das costelas, os dedos quase roçando nos seios...

— Está com frio? — Perguntou, sentindo quando Savannah tremeu e novamente se arrepiou inteira.

— Frio? — Ela repetiu, deixando uma risadinha irônica sair pelo nariz. — É assim que chama agora?

Bucky riu da resposta, mas esse som morreu em sua garganta quando Savannah rebolou os quadris contra ele e um arrepio delicioso o pegou de surpresa.

— Você está muito animada pra quem acabou de acordar... — Ele murmurou, beijando o pescoço dela suavemente.

INVERNO ARDENTE | Bucky Barnes ✓Where stories live. Discover now