— Para festas de universitários, sim. Vocês tem a energia de adolescentes de quinze anos quando se trata de beber até o amanhecer.
Rapidamente todas as memórias de festas que fui nos últimos meses passam pela minha cabeça e faço uma careta. Talvez ele tivesse razão.
Não muito tempo depois chegamos ao seu estúdio. Era engraçado pois não esperava voltar aqui tão rápido ou sequer pensei que fosse vir aqui outra vez.
— A propósito, você mora aqui no estúdio ou sua casa é separada?
Essa questão havia surgido em minha mente agora que percebi que ele provavelmente passa muito tempo aqui.
— Minha casa fica na parte de cima, lá se divide entre a segunda parte do estúdio e onde eu moro de verdade. – Ele disse já subindo as escadas comigo atrás dele, estas que não havia reparado na última vez que vim aqui.
Chegando na parte de cima reparei que ela estava praticamente vazia e disponibilizava de uma cozinha pequena. Uma porta de madeira no fundo indicava que ali sim era onde sua casa de fato começava.
Ok, talvez ele tenha muito mais dinheiro do que eu imaginava.
— Quer beber alguma coisa? Tenho vinho aqui. – Ele virou o vinho para o meu campo de visão e aceitei educadamente. Talvez eu precisasse relaxar se fosse estar sozinha em sua presença novamente.
— Sabe, suas pinturas são tão bonitas. Eu sou péssima na prática, já tentei pintar algumas vezes mas sou muito sem jeito.
— Eu posso te dar uma ajuda se quiser, podemos marcar para vir aqui qualquer dia e você me mostra no que tem dificuldade.
Bem, eu poderia fingir que não sei nem mesmo pegar num pincel apenas para ficar perto dele, seria muita maldade da minha parte?
— Olha, isso seria ótimo de verdade, mas não quero atrapalhar o seu trabalho aqui, Jiyong.
— Você não seria incômodo algum, gosto da sua companhia, você é minha primeira amizade desde que cheguei.
Não pude deixar de ficar envergonhada pelo seu comentário, é claro. Mais uma vez eu sentia um frio na barriga causado por este homem.
Ele serviu em duas taças e peguei uma das que ele me ofereceu. Sentamos em duas poltronas que estavam viradas de frente para uma enorme janela. Ele tinha toda a razão, a visão daqui era linda. Podíamos ver crianças brincando, pessoas se exercitando, carros andando no horário de pico e pessoas saindo do trabalho. As luzes da cidade, a tarde que caía e a noite que começava a aparecer no horizonte deixava tudo ainda mais bonito.
— Você realmente gosta de melancias, não é?
— O que? – Mudei meu olhar para ele com a pergunta repentina, ele encarava a vista. Entretanto, seu sorriso charmoso em minha direção quase me tirou de órbita.
Ele era tão bonito naquela luz que eu mal conseguia parar de olhá-lo.
— Naquele dia no restaurante indiano você estava com um vestido de melancias.
Não pode ser.
— Meu Deus, você se lembra desse dia? Por que não me falou nada?
Agora ele ria em minha direção, notando meu nervosismo. Oh, Deus, me tire agora daqui.
— É claro que lembro, como poderia ignorar quando você me olhava tão atentamente? Eu me senti muito intimidado, sabia? E você nunca me perguntou nada sobre isso, por isso nunca falei.
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Singular - Kwon Jiyong
FanfictionFlora nunca havia se sentido tão intrigada por alguém até pousar seus olhos sobre o homem que entrou naquele restaurante. A partir deste dia, o destino - se você for um dos que acredita nele - uniu estes dois indivíduos tão diferentes através de um...
Daisy.
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