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France, Paris — 10:30am

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France, Paris — 10:30am.

Ela queria a Itália, e então fomos, depois ela me pediu a Inglaterra, e novamente, nós fomos, não demorou muito para me implorar pra irmos na Grécia, e por alí, fomos outra vez. Viajamos por vários países diferentes depois que decidimos morar juntas, o que pra duas adolescente completamente apaixonadas, seria algo maravilhoso, e não nego, de fato foi. Mas tudo muda, os anos se passaram e nossas autencidades acabou pelo caminho, por toda trajetória, agora, nós apenas brigamos ou discutirmos por coisas absolutamente fúteis.

Três anos se passaram desde do nosso último capítulo juntas, e recriamos nossa história com aventuras e desafios inacreditáveis, eu amo as lembranças daqueles momentos. Eu amo o fato de como tudo era mágico e intenso, éramos extremamente apaixonadas, e hoje, simplesmente nos estranhamos pela casa como desconhecidas. No último minuto de nossas chamas de amor, os seus lábios desenharam o nome de outra pessoa e eu pude ter a certeza que não era a única, não era a única na sua vida ou o seu amor.

Nos machucamos com palavras e ações, Sahar jamais me libertou para ir e eu também não conseguir permitir sua partida, mas está tudo tão perdido, o desgaste da nossa relação estava por uma faísca solitária. Não nos amávamos mais, não como antes.

Suas fugas para baladas sem mim se tornaram bastante presentes, suas palavras românticas à outra pessoa também eram parte da nossa rotina, os olhares sem cor e sem vida sempre me direcionavam, os seus sorrisos se cessavam à cada comentário meu, a seu jeitinho de incomodada sempre era consignados com a minha presença.

Eu estava perdendo a pessoa que eu mais amava, que eu jurei amar pro resto da vida, e tudo isso foi em cercas de minutos. Nos perdemos uma da outra de forma covarde e bruta, eu não queria ver sua partida mas ela já tinha me deixado, simplesmente me abandonou.

Os dias na cidade mais romântica de toda França parecia até ironia, pois moramos aqui atualmente e a única coisa romântica que trocamos são frases prontas como: "te ligo quando sair do trabalho, querida" sim, é apenas isso.

Estava claro que eu me sentia solitaria e abandonada, e por deus, eu nunca pensei em trair a garota que acordo todos os dias, mas, eu só queria ser tocada novamente. Eu precisava do corpo humano, necessitava colar meus lábios em outros por míseros minutos, eu precisava sentir o suor e a onda de prazer me preencher por inteiro, eu precisava ser sentida por outro alguém.... Não pelo os meus próprios dedos.

Tudo isso era o que importava na altura desse campeonato, pois eu sabia que não era a única que Luna se deleitava de prazer, aposto eu ser com a melhor amiga que a chama de "amor". Engraçado, não? Parece filmes clichês de Hollywood com direito à pior comédia de todos os tempos. No final das contas, eu não passava de uma grande palhaça.

— Bom dia. — Luna, com o seu mal humor estampado na cara, me chama. — Já estou indo.

— Bom dia. — Remexo o meu corpo sonolento nos lençóis e a olho de lado, a observando bufar sem qualquer paciência. — Pode ir, tudo bem.

— Tchau. — A estrutura de média altura se vira e simplesmente some da minha vista. Como sempre.

Uma dor aguda facilmente aperta meu peito com aquilo, o que estávamos fazendo? Vivendo uma grande fantasia, era óbvio que aquilo não era amor, e talvez, nem mais amizade. Tínhamos partido por um caminho sem volta, e agora, seria difícil seguir em frente.

Eu deveria acabar com tudo pois sempre fui mais firme com essa relação, mas eu não conseguia, pois um preságio me alertava que seria pior sem ela. E talvez, realmente fosse.

Os meus olhos já se enchiam de lágrimas por toda aquela situação, o meu tronco facilmente se curvou para baixo e novamente me permitir chorar por mais um dia, me consolando internamente. "Isso vai passar" "É só uma fase ruim"

Apenas uma fase ruim.

[...]

Morar na cidade mais romântica do mundo tinha lá suas vantagens e seus privilégios, o dia todo tinha um perfume adocicado impregnando as ruas, as rosas e buquês de flores iluminavam as passarelas, e não podia faltar o cheiro do café sendo torrado nas cafeterias mais deliciosas do planeta.

Andar por Paris sempre foi um sonho, e graças à isso, eu sobrevivo todos os dias. Início o trajeto rotineiro à café de flore, o grande rival da outra deliciosa cafeteria chamada les deux magots — O café que eu mais adoro, sendo ainda pouco modificado desde da segunda guerra mundial, tem consigo cabines vermelhas, espelhos amplos e uma doce aparência romântica. Arrumei pela segunda vez os meus cachos caindo sobre meus ombros e alguns se espalhando por minhas bochechas, avalio a entrada com poucas pessoas, dou por de ombros e adentro na cafeteria já sentindo o café expresso entupir minhas narinas como sempre, gostoso como sempre. A minha sorte e da Sahar é que nem todos são parisiense de berço, alguns americanos são metade da população e muitos brasileiros também, a cidade é uma mistura de origens distintas.

— Bonjour, Louise — Digo a recepcionista maravilhosa, que por sorte, era inglesa. — Tudo bem?

— Tudo sim, mon amour e você? — A sua pronúncia me fez sorrir abertamente.

— Tudo sim, francesa. — Ironizei, lhe passando alguns  euros pelo café amanteigada com amêndoas. — O de sempre. — Afirmei, fechando a minha bolsa.

— Já já saí. — Sorrir para a morena enquanto a mesma digitava no caixa, guardando as notas que te passei.

— Louise, por favor, o mesmo dela. — Uma voz masculina e rouca se fez atrás de mim, alertando cada fibra do meu corpo em um arrepio elétrico. Um sorriso foi simultaneamente posto em meus lábios, me fazendo curvar os calcanheres e encarar os olhos adocicados turquesa, com o charme francês estampado no topo da sua cabeça, os míseros e lindos cachos escorridos.

— Você nem sabe o que eu pedi. — Respondi-o com um sorriso transcendente.

— Meus faros apontam que você tem um bom gosto. — O mesmo me olha de cima à baixo, parecendo varrer cada peça que usava. — A Louis Vuitton afirma isso.

— Ah, ok. — Um riso espontâneo escorre dos meus lábios enquanto cruzo os braços. — Espero que seus faros não te mostram que seja alérgico a amêndoas, porque o meu café é bastante recheado.

— Amêndoas? Eu amo. — Um sorriso se alastra em seus lábios, me mostrando a afiliação exata dos seus dentes brancos e bonitos. — Qual o seu nome, sra....?

— Zendaya. — Digo abaixando minha cabeça em comprimento enquanto tento fechar os meus lábios, que parecem pedras, e só me deixam sorrindo como boba. — E você, sr....?

— Thimothée, mas pode me chamar de Timmy. — Seu sorriso se alarga, me  encolhendo rapidamente para trás. — Dizem que é mais sexy o Timmy, sabe?

A seu tom de humor me conquistou de primeira, e eu nem precisei balançar minha cabeça negativamente para perceber que estava completamente envergonhada. Porra, ele me parecia tão interessante. Droga.



[...]

o primeiro já foi pessoal

e bem, esse é o ponto de vista da zendaya.

a sahar também sofre escondido

mais pra frente vai ter o pov do timmy.

votem e comentem, divulguem

beijos


↳ my guy. - timotheé chalamet Où les histoires vivent. Découvrez maintenant