Antes de mergulhar nesta narrativa, gostaríamos de esclarecer algo: essa história não vai assustar você. Você é convidado a explorar seus significados, traduzi-la, debatê-la nos comentários. Repita os trechos, retroceda capítulos quantas vezes quise...
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Fechei os olhos e amassei Zayn contra meu peitoral, impedindo que continuasse encarando o corpo de Louis. Aquele era seu melhor amigo, a única pessoa que ele confiava além de mim. Acariciei os cabelos rebeldes do meu namorado, prensando seu rosto ainda mais forte, depositando entre aquele abraço todo meu lamento, mesmo tendo o entendimento que aquilo não aniquilaria seu abalo — não chegava nem perto de confortá-lo.
Zayn não merecia viver com aquilo. Louis também não. Nenhum daqueles jovens merecia morrer de forma tão desumana, tão cruel. Sem explicação. O choque nos consolava, nos impedia de entender verdadeiramente o que estava acontecendo ali, em outras circunstâncias, não conseguiríamos prosseguir com aquela barbárie sem alucinar e enlouquecer, incapazes de concluir o ordenado enquanto os corpos dos nossos amigos decoravam os cômodos.
Grunhi quando o machucado em meu ombro aflorou as memórias que estávamos machucados, o sangramento causado pelo corte jorrando menos sangue que antes. Afastei o rosto para levantar a camisa de Zayn, conferindo se seus ferimentos eram sérios e precisariam de pontos, relaxando ao perceber que, por mais que estivesse inflamado e a fissura se estendesse em alguns centímetros, ele ficaria bem alguns dias — isso contando com nossa sobrevivência.
O luto nos foi roubado quando nossos celulares apitaram, alertando que estávamos longe do tormento chegar ao fim.
— O aplicativo enviou uma nova mensagem — disse, agarrando a mão de Zayn, evitando encarar o celular.
— Eu sou a próxima a morrer! — Amber hiperventilou, agarrando o peito com premência. — Eu sou depois de Louis.
— Não vamos deixar nada acontecer com você, prometo — asseverou Niall, abraçando-a pelos ombros.
Em parte, entendia a urgência de Niall em querer acalmá-la, mas não dispunha de tanta certeza quanto a deixá-la viva. Amber era luz, e eu a amava, mas estava preparado para perdê-la. O jogo era invencível, eximiamente calculista e esperto. Não havia nada que pudéssemos fazer para protegê-la, assim como aconteceu com nossos outros amigos.
Amargurado com meus próprios pensamentos, senti Zayn se desvencilhar dos meus braços para ler a notificação:
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