- Gente, eu acho que deveríamos tirar uma foto em família. - James diz.

- Anne vai te matar porque ela não vai sair na foto. - Amy diz. - Mas vamos.

- E quem vai tirar a foto? - meu pai pergunta.

- James, ué. - Dylan diz rindo.

- Eu nada, vou chamar alguém. - ele vai até a porta e põe a cabeça no corredor. - Moça, vem aqui um instante fazendo favor? - ele fica em silêncio durante alguns segundos. - Você poderia entrar aqui e tirar uma foto nossa?

Segundos depois a mulher entra no quarto e tira nossa foto.

- Obrigado, você é maravilhosa. - ele diz e a mulher sai do quarto sorrindo. - Agora vou mandar para Anne. - rio.

******

Quando o horário de visita acabou, todos foram embora. Dylan foi com os meus pais para casa, para poder tomar um banho e trocar de roupa, enquanto ele não voltava, ficou só eu e Rose aqui.

- Até que dessa vez ela pegou o bico mais rápido. - diz a enfermeira enquanto eu amamento Rose.

- Deve ser a fome. - digo rindo e ela me acompanha.

- Se precisar de qualquer coisa é só apertar esse botão. - ela diz e eu afirmo com a cabeça.

Ela se retira do quarto deixando apenas eu e Rose. Filho lhe observando e acariciando seu rosto com a ponta do indicador. Sorrio automaticamente.

- Oi meu amor. - ela fica me observando. - O que você achou da sua família? Todo mundo maluco né? Você não tem noção do quanto vai amar esse povo, assim como eles já te amam, pode ter certeza que eles vão sempre estar do seu lado para o que você precisar. Isso também inclui eu e o seu pai, é claro. Sempre vamos te apoiar em tudo, pode ter certeza.

- Voltei, já trouxe até o bebê conforto. - Dylan diz quando entra no quarto e Rose fica procurando a voz dele com o olhar.

- Amor, ela está te procurando. - digo. - Senta aqui. - chego um pouco para o lado e ele se senta.

- Eu nem estou acreditando que ela já está aqui com a gente. - diz sorrindo.

- Parece até mentira né? - ele afirma com a cabeça.

- E agora? Como eu volto para trabalhar?

- Eles não te dão nenhum dia para você ficar aqui não? - pergunto.

- Não, eu não trabalho lá de carteira assinada. - diz e só pela sua voz sei que ele está triste. - Às vezes eu me arrependendo de ter aceitado, sabe? Eu nunca vou me perdoar se sei lá, eu voltar e ela não me conhecer, ficar me estranhando.

- Não pense assim, você não tem que se culpar por nada, além do mais, o dinheiro que você está recebendo está nos ajudando bastante, e é bem melhor você fazer uma coisa que está com vontade do que ficar se perguntando depois como seria se você tivesse feito.

- Mas pelo menos eu estaria aqui com vocês e iria te ajudar.

- O que você me falou ontem? Que quando eu menos esperasse, você estaria de volta, isso serve pra você também. Até lá, pode deixar que vou fazer de tudo para Rose não te estranhar quando você voltar, nem que eu tenha que colocar uma blusa sua no berço dela para a mesma sentir seu cheiro. - ele ri. - Ela sempre saberá o quão sortuda é de te ter como pai.

- Você é de longe a pessoa mais incrível que eu já conheci na minha vida, obrigado por ter me dado a oportunidade de viver junto contigo e formar a nossa família, se eu pudesse voltar no passado, eu faria tudo de novo, obrigado por tanto. - sorrio com lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

- Para de me fazer chorar, vou ficar com dor de cabeça, caramba. - ele ri. - Você não tem noção do quanto eu te amo. - lhe dou um selinho.

- Me ama a ponto de fazer algo por mim? - franzo a sobrancelha sem entender.

-Algo tipo o quê? Se for roubar um banco, me desculpe, mas não. - rimos.

- Você se casaria comigo? - sinto um frio na barriga e meu coração começa a desregular as batidas.

- Você está falando sério? - sorrio e ele afirma com a cabeça. - É claro que sim, mil vezes sim. - digo animada e ele sorri.

- Ainda não comprei a aliança porque queria saber sua resposta primeiro, então agora posso organizar tudo certinho.

- Não precisa correr com tudo, temos todo o tempo do mundo para isso, e além do mais, agora eu vou ter que me acostumar com a rotina desse serzinho aqui. - digo olhando para Rose.

- Sim, eu sei, também não quero correr com nada, mas pelo menos um pedido decente tem que ter.

- Pra mim, esse já foi o melhor pedido. - ele sorri e me dá um selinho. - E eu só quero começar a organizar as coisas quando você voltar de vez, quero que você participe de tudo, afinal, vai ser o nosso casamento.

- Sim senhora.

- Senhora é o teu passado. - rimos.

Quando Rose acabou de mamar entreguei ela para Dylan, coitado, ele quase não ficou com ela. E por um milagre divino, ela não dormiu no peito. Dylan ficou conversando com ela e eu fiquei "namorando" os dois.

Minutos depois a enfermeira entrou no quarto falando que estava na hora do banho de Rose. O medo de deixá-la cair foi grande, para ser sincera, eu nunca tinha dado banho em um bebê antes, quem dirá em um recém-nascido. Ela chorou durante todo o banho - até nisso puxou o pai. Rio sozinha. Em seguida a enfermeira me mostrou como cuidar do umbigo, o resto deixei tudo pro Dylan fazer.

- A pomada, Dylan. - digo antes dele fechar a fralda.

- Ah é, tinha me esquecido. - ele diz rindo e eu lhe acompanho. - Confia que vai dar certo, já fiz isso de olhos vendados. - rio lembrando do dia do chá de relevação.

- Coitada de você, filha. - ele ri.

Ele termina de vesti-la e lhe pega no colo. Pelo visto até que ele fez tudo certo, não me pediu ajuda com nada. Agora está em pé, balançando de um lado para o outro tentando fazê-la se acalmar.

- Filha, você está chorando por que, em? Não tem nem motivo para isso, que coisa feia. - ele fica falando com ela e eu acabo rindo. - É... muito feio, não pode chorar atoa. - ele diz enquanto Rose vai parando de chorar aos poucos. - Você já comeu, já tomou banho, agora é só dormir, não tem por que chorar. - ela fica lhe observando falar.

- Ela está reconhecendo sua voz. - digo e ele sorri.

Ele aproveita que ela se acalmou e fica cantarolando para a mesma dormir. Não custou muito e ela pegou no sono.

Quando foi 19:00hrs Patrick me ligou por vídeo para ver Rose, disse que não veio aqui porque estava gripado e ainda não está 100% bem, mas assim que estiver, vai me visitar lá em casa. Ficamos conversando durante um bom tempo, só desliguei na hora de dar mamar para Rose de novo e em seguida chegou a minha janta. Dylan também teve direto a janta por ser acompanhante, confesso que fiquei de olho na comida dele, parecia estar melhor do que a minha.

- Já estou caindo de sono. - Dylan diz.

- Vai dormir, você nem descansou hoje. Acho que eu também vou, meu olho já está começando a arder.

- Vou fazer isso mesmo, não estou aguentando. - ele se levanta e vai em direção ao banheiro.

Assim que ele sai, ele cisma de me ajudar a levantar e fica me esperando do lado de fora.

- Falei que não precisava esperar.

- Mas eu quero esperar, para de reclamar de tudo. - rio.

Me deito na cama e ele me cobre.

- Te amo, linduxo. - digo.

- Também te amo, chatice. - lhe dou um tapa de leve e ele ri. - Boa noite, durma com Deus e sonhe com a gente.
- ele me dá um selinho.

- Durma com Deus e sonhe com a gente. - sorrimos.

- Boa noite, filhota. - diz praticamente sussurrando e deposita um beijo na cabeça da Rose.

Ele se deita logo após de apagar a luz. Não demorou muito e eu peguei no sono.

O Professor - Volume 2Kde žijí příběhy. Začni objevovat