• A minha felicidade?- solto uma risada seca.- você quer a minha felicidade? Como você é cara de pau mesmo ein? Eu não irei voltar para você novamente! Você é idiota ou oque?

• meu querido. Você não entendeu...- Camila solta uma risada.- não estou querendo te fazer feliz... Estou querendo tirar-la de você. Assim como o seu pai sempre fez!

• tenta filha da puta, tenta!- digo rudemente.

• antes que eu desligue...- Camila começa.- pode dar um recadinho para sua namoradinha?- não respondo.- apenas diga para ela que a mamãezinha não está mais em casa.

Merda!

• Camila! Caralho!- rosno.

-- adeus querido.- antes que eu diga algo Camila encerra a ligação.

Merda!
Merda!
Merda!

Bato o celular com força no balcão.

Como eu irei dizer isso á ela?

Flashback off

Estou em meu carro, concentrado em olhar pelas calçadas, para ver se acho a garota que havia saído correndo do apartamento.

Uma chuva caía não tão forte lá fora, oque me deixa preocupado com a saúde de Hanna.

Me pergunto onde ela tenha ido.

Ela voltou para sua casa ou está correndo sem rumo pela cidade.

Já está de noite, é um perigo as ruas escuras da cidade a noite, principalmente para mulheres.

Assim que estaciono o carro na casa de Hanna, observo e percebo que a casa se encontrava no escuro e totalmente fechada, levando a conclusão de que a garota não estava lá.

Logo dou partida no carro para continuar a procura pela garota.

🌌

Suspiro pesadamente assim que a resposta da loira a minha frente é um "não".

-- obrigado Lizie.- digo a mesma que me olha confusa.

Eu estar batendo na porta de sua casa a procura de sua melhor amiga é um tanto estranho

-- aconteceu algo?- a loira pergunta.

-- não, apenas uma briguinha de casal.- é melhor que Lizie não saiba, provavelmente irá de oferecer pra procurar comigo, e eu não estou afim de ter uma pessoa tão falante em um momento como esse.

Entro no carro e suspiro pesadamente, batendo a cabeça levemente no banco e levando meus dedos até meus cabelos.

Onde você está Hanna?

Dirigindo meu carro sem rumo, apenas procurando, já havia ligado diversas vezes para a garota e a chuva ficava cada vez mais forte lá fora.

Paro o carro em uma calçada qualquer, pois estava difícil ver as ruas com tanta chuva.

Suspiro frustrado.

Eu realmente não sei mais oque fazer.

Eu realmente estou a ponto de ter um ataque de frustração.

Olho para o outro lado da rua e visualizo uma pequena pracinha.

Bancos de madeira e alguns brinquedos para crianças se divertirem.

Levanto a sobrancelha assim que percebo a presença de uma garota reconhecida por mim sentada em um banquinho.

Envolvendo seus braços em seus joelhos, toda encolhida.

Abro a porta do carro.

Não me importo com a chuva.

Corro em direção a garota.

-- eu te procurei em toda parte!- digo a garota que levanta sua cabeça para me olhar.

-- porque está aqui?- pergunta, consigo perceber sua expressão pálida e agora trêmula por conta do frio.

-- por favor Hanna deixa eu te levar pra casa.- tento convencer a garota assim que ela recua de meu toque.- por favor, você pode ficar doente.

-- me deixa em paz! Porque não me contou? É a minha mãe!- grita.

-- Hanna, eu só preciso que você entre no carro, por favor.- peço.

A garota se levanta e anda em passos duros até o carro, sigo a mesma.

Assim que entramos no carro ensopados.

Olho a garota ao meu lado abraçando o próprio corpo.

-- porque não contou?- ela quebra o silêncio.

-- eu ia te contar assim que chegamos na sala de tiros...

-- e porque desistiu?- pergunta.

-- eu não desisti, eu só queria que você relaxasse para que eu contasse, ou talvez eu iria resgata-la sozinho e você não precisaria se preocupar.- digo e Hanna me olha e solta uma risada seca.

-- ela é a minha mãe e eu tenho o direito de saber se ela estava bem ou não! Não importa a porra do meu estado.

-- eu sei... Eu sei.

-- não, não sabe!- ela diz alto e eu a olho.- não sabe o quanto é ruim ter a notícia de que a pessoa mais importante para você, está nas mãos de uma assassina, sabe Deus oque está acontecendo com ela agora! Eu estou me odiando por só ter descoberto agora e dói muito estar aqui sem poder fazer nada! Porque eu descubri AGORA! E você não sabe! Porque se soubesse, não teria escondido de mim.

-- eu cresci vendo minha mãe apanhar todos os dias por minha causa e eu simplesmente não poder fazer nada, você acha que eu não sei oque é uma dor Hanna? Não me julgue! Eu odeio ver as pessoas importantes pra mim sofrendo! E adivinha? Você está sofrendo agora e isso dói em mim também! Caralho, Hanna, uma coisa que eu aprendi com toda essa merda é que não adianta de nada ficar chorando! Tem que se manter forte! Se meter em uma chuva e ficar doente não é a salvação! Então por favor vamos pra casa agora e vamos cuidar da sua dor juntos caralho!

A garota me olha surpresa.

Suspiro cansado.

Agora um silêncio torturante se instalou no carro.

A garota começa a se mover e eu observo a mesma.

A olho confuso quando ela levanta de seu  banco e vem em minha direção.

Hanna logo está sentada em meu colo, com a cabeça em meu peito.

Mesmo através de roupas molhadas consigo sentir o seu calor.

Tudo era um completo silêncio até Hanna soltar a frase, que me tira um leve riso.

-- então vamos acabar com aquela vadia juntos

Provocative | Shawn MendesOnde histórias criam vida. Descubra agora