Capítulo Setenta e Dois

886 113 3
                                    

Mia e Ethan tinham partido a menos de 24 horas e a princesa da família, já estava com saudades dos pais.

- Você ainda não comeu nada, amor. Que se passa? - pergunta Ana.

A mais nova dos cinco irmãos Grey foi a principal razão pela qual, Mia contratou Ana. Aquela menina tão especial merecia todos os cuidados, por causa da sua doença de não poder apanhar um raio de sol.

Mas Ana, entrou na vida dela, como um raio de sol, cheio de mágica, que iluminava o seu coraçãozinho. O problema é que, naquele dia, nem Ana conseguia com que ela sorrisse.

- Esta falta de apetite não é normal. - observa Gail, visivelmente preocupada.

A caixa de papelão dos remédios foi substituído por uma caixa cheia de borboletas e cores, que Ana agita diante Juju, numa tentativa de a animar; Júlia gosta de tomar os remédios.

- Antes eu era apenas uma caixa sem cor, sem vida, que apenas transportava objetos, mas agora também transporto outras coisas, como alegria.

A voz de Ana acompanha os movimentos da sua mão, ao abanar a caixa. Juju costuma adorar as ideias malucas de Ana, mas desta vez não solta nenhuma das suas habituais gargalhadas.

- A alegria tem um sabor esquisito e faz cócegas no céu da boca. Mas eu não a trocava por nada. Quer um pouquinho?

A falta de resposta deixa Ana alarmada. É então que ele repara na expressão de Juju, a apagar-se lentamente, até desmaiar.

- Júlia! - grita Ana.

O pediatra de Juju, Jack, era o contacto de emergência, o primeiro da lista detalhada que Mia tinha deixado a Anastásia. E, Apesar de Juju já ter recuperado a sua consciência, Ana escuta atentamente as indicações que o Dr. Jack lhe dá pelo telefone.

- Com certeza, Doutor. Sim, ela agora está mais calma, mas continua abatida.

Ana tenta controlar o medo que a invadiu momentos antes. Com uma mão no telefone e a outra em volta de Júlia, numa tentativa de lhe passar confiança.

- Não vou a deixar por um segundo, fique descansado, Doutor. - assegura Ana. - Até já.

- Então, o que disse o Doutro? Vamos ao hospital? - pergunta Gail, assim que Ana desliga a chamada.

- Hospital, só em último caso. Ainda para mais, durante o dia. O pediatra disse que vinha até cá. Vai tudo correr bem.

"Vai correr tudo bem", era a frase que Ana repete frequentemente, para se manter otimista.

De que vale sofrer por antecipação? Ana prefere sempre manter a esperança e acreditar.

- A nossa Juju é forte e nós vamos estar sempre ao lado dela, aconteça o que acontecer.

First Love (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now