Capítulo 3 - Os Solos.

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Ele olha uma por uma, letra por letra, número por número.

Encontra.

Casa P24.

As batidas na velha porta de madeira soam como os gritos de Belial.

Senhora Matsui!?  — entoa.

Batidas.

Senhora Matsui, sou da polícia! — continua.

Batidas.

Batidas.

Batidas.

Uma velha mulher aparece.

Apoiada em sua bengala e com um carrinho de compras.

Voz falha. Voz de velho. Voz de sofrimento.

Senhora: Ela não mora mais aí, filho.

Erik confuso (óbvio).

Erik: ... à conhecia, senhora?

Senhora: Moro na casa ao lado...

Erik: Se incomodaria em responder algumas perguntas?

Senhora: Me acompanha?

Erik ajuda a velha dona com as sacolas.

Eles conversam, Erik aprecia uma xícara de chá. O bule apita; a fumaça do chá se envolve no espaço entre os dois.

Erik: Sabe algo sobre a irmã da Sra. Bria? Lana.

Senhora: Esteve por aqui algumas vezes quando a filha dela, Ellen, nasceu... Bria disse que Lana tinha problemas com drogas.

Erik: Ela se suicidou...

Senhora: É, eu soube. Depois disso, a garota veio morar aqui, cresceu e se tornou igual a mãe... eu vi Ellen com um rapaz algumas vezes...

Erik: Esse rapaz portava uma tatuagem?

Senhora: Sim, me lembro bem.

Erik: E como era o relacionamento entre eles?

Senhora: Pelo pouco que vi, era ótimo... ele a tratava muito bem... não acho que aquele rapaz cometeria mal à ela...

Erik: ... E Bria, tem ideia pra onde possa ter ido?

Senhora: Essa é a pior parte, filho... Bria desenvolveu pisco, não! psisco, não! ela desenvolveu...

Erik: Psicopatia!?

Senhora: É, isso mesmo... foi tirada daqui á força, levada para algum manicômio... é o que sei.

Erik: Obrigado, tenho que ir.


No carro, ele dirige até a região industrial, onde Azathoth disse que havia uma possível testemunha.

Lá, ele procura nas indústrias do centro. Em cada uma delas, Erik pergunta sobre Igraine, sem sucesso.

Quase desistindo, ele encontra um mulher com vestes de faxineira jogando lixo em uma caçamba; Ela fuma euforicamente.

Erik: Com licença, detetive Leminski.

Eles se cumprimentam com um aperto de mãos.

Mulher: Grande poeta...

Erik: Era meu avô.

Mulher: Sério?

WSUs: AzathothWhere stories live. Discover now